Vejam matéria de Dora Kramer, no Estadão:
Os dois discursos de despedida de Dilma Roussef e José Serra desmentem a versão de que ambos são praticamente iguais. Pois nas cerimônias de adeus aos cargos duas pessoas absolutamente diferentes se apresentaram ao público. A começar pelo sujeito das cerimônias.
Dilma mais uma vez preferiu exaltar a figura do presidente, Não falou de si, a não ser de forma genérica, não abre o coração, não se dá a conhecer, como se nada a seu respeito houvesse para ser revelado além da já conhecida fidelidade ao presidente da República.
Mas o adversário, José Serra, aproveitou o momento inicial para expor não um programa de governo, mas um rol de valores pessoais. Para que? Marcar a diferença e se dar a conhecer no detalhe. Falou a respeito de coisas que há muito não se fala: valorização do caráter, condenação de malfeitorias, coerência, índole, brio, solidariedade, austeridade nos gastos, sensibilidade, mérito e aproveitou para discorrer sobre alguns aspectos de sua personalidade que ao longo de sua carreira formaram uma imagem nem sempre positiva.
“Sou sério, não sisudo; realista, não pesimista; monitor, não centralizador”.
No segundo momento, quando do lançamento da candidatura, será apresentado o esboço sobre o programa de governo e aí as ideias para novo escrutínio da população.
Dilma poderá continuar sustentando seu discurso apenas na repetição do orgulho de ser aprendiz do mestre?
E não se trata de currículo, mas de pensamento a respeito da vida e de suas circunstâncias. Por exemplo, daqueles valores como índole, solidariedade, brio, austeridade. Ou defendê-los é crime de lesa-PT, como já foi coisa de direita defender a estabilidade da moeda?
Fonte: http://www.estadao.com.br/
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