De Miriam Leitão:
Durante mais de dois anos o governo soltou balões de ensaio, fez declarações, desmentidos, informações contraditórias sobre Telebrás, apesar de ser uma empresa com ações em bolsa. O resultado foi o que se viu: as especulações produziram uma violenta volatilidade, uma alta espetacular das ações. Altas e quedas produziram ganhos aos mais espertos.
A notícia que saiu aos pedaços foi confirmada: a Telebrás será a gestora do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL). A forma correta de fazer isso era o governo decidir primeiro e anunciar depois. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) deveria ter visto isso. Manipular o mercado dessa forma é crime.
O governo Lula nada fez em matéria de telecomunicação. Tudo o que aconteceu foi decorrente da privatização. A telefonia estatal tinha 20 milhões de clientes dos serviços de telecomunicações. Agora, 12 anos depois, são 235 milhões.
O número é maior do que a população porque alguns são consumidores de diversos produtos. As empresas, como disseram ontem em nota, investiram R$ 180 bilhões nestes 12 anos. Nada disso seria possível se o setor permanecesse estatal.
O governo Lula não conseguiu sequer usar o fundo criado na venda das empresas, o Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações, que tem hoje R$ 10 bilhões depositado lá pelas empresas do setor. Esse fundo era exatamente para ampliar serviços como a banda larga.
Depois de sete anos sem fazer coisa alguma, o governo Lula, a sete meses do seu fim, lança um plano para investir R$ 13 bilhões em cinco anos e reintroduzir o Estado no setor. E o faz com óbvias fanfarras eleitoreiras.
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Fonte: http://oglobo.globo.com/pais/noblat/
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