"Era para levantar tudo, inclusive coisas pessoais"
Policarpo Junior e Daniel Pereira
Moreira Mariz
Na semana passada, VEJA revelou a existência de um grupo que se reunia dentro do comitê eleitoral do PT, em Brasília, com a missão de espionar adversários e integrantes do próprio partido.
Na sexta-feira passada, em entrevista a VEJA, o delegado aposentado da Polícia Federal Onézimo Sousa revelou detalhes que ajudam a dimensionar com maior exatidão o que se planejou nos subterrâneos do comitê petista.
O que foi proposto, segundo ele, era inaceitável.
Em carta a VEJA, ele reafirmou que divergia "cabalmente quanto à metodologia e ao direcionamento dos trabalhos a ser ali executados".
Além de investigar possível traidor, a outra missão era ainda mais explosiva: monitorar o ex-governador José Serra, candidato à Presidência pelo PSDB, e o deputado tucano Marcelo Itagiba, seus familiares e amigos. Os aloprados do comitê queriam saber tudo o que os dois faziam e falavam.
O material não era para informação apenas. Era para ser usado na campanha.
O pagamento - 1,6 milhão de reais, o equivalente a 160 000 por mês - seria feito pelo empresário Benedito de Oliveira Neto, um prestador de serviços que enriqueceu durante o governo Lula e estava presente à reunião, da qual participou também o ex-jornalista e agora escritor Amaury Ribeiro.
Vejam matéria e entrevista: http://coturnonoturno.blogspot.com/2010/06/veja-e-o-dossie-da-dilma.html
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