Por mais que os brasileiros estejam insatisfeitos com a saúde pública, temos que reconhecer que no caso de São Paulo há diferenças gritantes em realação aos demais estados.
Para ilustrar um dos cenários que o diferencia, o estado é responsável pelos cuidados de brasileiros de todos os cantos do país onde não há disponibilidade a uma série de procedimentos que temos aqui. Para cá vem gente até de outros países.
Aproveitando-se de um medida democrática e transparente, pela qual o governo mantém um canal direto com toda a população a fim de garantir a qualidade do atendimento, pessoas mal intencionadas estão espalhando as respostas de uma pesquisa realizada pelo governo estadual, que dá espaço também para sugestões, e tentam usá-las para prejudicar a candidatura de José Serra.
Antes de tudo, questiono o que a rede de boataria chama de "privataria", que nada mais são do que parcerias que estão oferecendo serviços de primeiro mundo aos usuários do SUS.
Afinal, os brasileiros pobres não merecem ser atendidos pelos mesmos médicos que atendem a elite endinheirada, por exemplo, no Sírio Libanês?
Ou será que os que criticam a tal "privataria" condenam também a possibilidade de um brasileiro pobre passar por um procedimento cirúrgico no Einstein? Acham que hospital bacana é só para os ricos?
No caso das bem-sucedidas parcerias do governo do estado de São Paulo, há diversos aspectos a serem considerados.
Os resultados obtidos na pesquisa foram amplamente satisfatórios e quanto às solicitações e reclamações, os pacientes foram prontamente atendidos.
Eu sou testemunha em dois casos importantes.
Meu sogro foi internado num desses hospitais que têm parceria com o setor privado, porém, sem nenhum custo para o paciente. Teve atendimento de primeiro mundo.
Bendita "privataria".
Outro serviço que passou por uma transformação mágica foi a distribuição de medicamentos de alto custo.
Até o início da década passávamos a madrugada na fila para garantir o atendimento, pois havia limite na entrega das senhas.
Nem banco tínhamos para que pudéssemos aguardar sentados horas intermináveis de espera.
Nessa época, a fila era única.
Tempos depois, organizaram várias filas de acordo com o tipo de medicamento e, no meu caso, havia apenas uma pessoa para atender. Essa pessoa chegava às oito para distribuir as senhas e começava a atender somente depois das dez horas da manhã.
Com o tempo foi melhorando um pouquinho, mas a mudança radical aconteceu a partir da gestão Serra.
A tal carta-resposta, divulgada pela imprensa, tem levado nossos apelos e reclamações ao conhecimento dos responsáveis pelo setor e somos ouvidos e atendidos da melhor maneira possível.
Agora temos centenas de poltronas confortáveis, ar condicionado, diversos aparelhos de TV de LCD em todos os ambientes e não há limite de senhas.
No posto de Santos (SP) temos 14 atendentes que trabalham a todo vapor, sem fazer corpo mole.
Antes era a metade, mas a maioria dos funcionários costumava largar o atendimento, sem se importar com as centenas de pessoas que passavam praticamente um período inteiro aguardando sua vez.
Algumas alterações têm acontecido, as que dão certo continuam, as que não funcionam são abandonadas.
Por exemplo, uma gestante exigiu atendimento preferencial no momento em que eu estava sendo atendida.
No mês seguinte, adotaram o que foi solicitado, porém, praticamente todos eram preferenciais, pois a maioria dos usuários é composta por idosos.
Muitos começaram a levar criancinhas para ter a preferência.
Ficamos cerca de meia dúzia, os não preferenciais, até o final do dia, foi horrível.
Tentaram dividir o atendimento entre preferenciais e os demais.
Os idosos não gostaram, quem não faz parte desse grupo levou vantagem, pois somos poucos e nosso atendimento passou a ser muito mais rápido.
Agora nem há necessidade disso, tem dias que chegamos e somos atendidos imediatamente.
Enfim, por esses e outros motivos, eu lanço o desafio.
Que a "Pesquisa" que querem polemizar seja feita com pacientes do Brasil inteiro.
Quero ver quem tem a coragem de José Serra.
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O SUS existe nas telas dos computadore, não tem saúde no Brasil e ninguém faz e não fala nada, os ocupantes dos cargos públicos, deputados e senadores, o negocio deles para enganar ao eleitorado mais uma vez é aumentar salários, é só o que eles fazem ultimamente todos pensando en continuar mais quatro anos, todos eles sabem que no Ceara por exemplo para se fazer uma sirurgía simples se espera dois anos e as vezes não consegue, quem falou que um doente pode esperar dois anos por um tratamento, e na maioria dos minicipios não tem nada nem material para um curativo nos postos de saúde, e eu pergunto que saúde é essa, onde esta essa saude. Alguem que eu não vou dizer o nome agora, viajando e dizendo esta tudo muito bom, e eu pergunto esta bom onde,se não tem saude publica para o povo pobre. Para mim o português falho não importa e sim o recado de indiguinação.
ResponderExcluirNão tem saúde no Brasil inteiro, por isso todo mundo vai para São Paulo, único lugar do país onde os governantes se preocupam com a saúde das pessoas.
ResponderExcluirNão é somente o Lula, o vice José Alencar, a Dilma e demais membros da elite que moram em outros estados que vão se tratar em São Paulo quando precisam.
Muitas pessoas humildes também só conseguem se salvar quando procuram atendimento em São Paulo, que é o estado que atende a todos, ricos e pobres.
Eu gostei da proposta.
ResponderExcluirQuero ver se o governo federal tem coragem de propor uma Pesquisa de Satisfação dos serviços públicos de seu governo.
Não é somente na saúde.
Quero ver uma pesquisa de satisfação, com notas de zero a dez, para saúde, educação, segurança, estradas, etc.
A média dessas notas significaria o verdadeiro índice de aprovação do governo Lula e não essa pesquisa mentirosa que querem enfiar goela abaixo.