sábado, 3 de julho de 2010

Quando 3% conscientes "Podem Mais" do que a maioria de mente cativa

Cidadãos com noção de realidade e visão do futuro somam apenas três por cento nos índices dos institutos de pesquisa.
Isso significa que, de acordo com a margem de erro, podem chegar ao índice Zero.
Portanto, são ninguém, não existem.

Esse fato tem sido a grande manchete alardeada pela imprensa, o fato mais importante dos últimos tempos.
Quanta grandeza!
A imprensa que alimenta essa ideia já foi considerada o quarto poder.
Não é à toa que sua influência tem favorecido o acontecimento de situações absurdas, que, muitas vezes, ignoram completamente o bom senso e a justiça.
É capaz de incensar ou destruir a carreira ou a vida pessoal de alguém de acordo com seus interesses ideológicos ou financeiros.
Essa força, porém, vem se desintegrando com os ataques promovidos pelo presidente da República, tão favorecido por essas circunstâncias, e pela série de abordagens comprovadamente tendenciosas, mas que não são confirmadas pelos leitores, cidadãos esclarecidos e que costumam buscar outras fontes de informação. Decepcionados, acabam cancelando assinaturas e comprometendo ainda mais a sobrevivência desses veículos.

Tentam, agora, transferir o poder de influência aos institutos de pesquisas, que já sentenciaram resultados sobre as próximas eleições.
Afinal, são analistas políticos ou videntes?

A política é dinâmica, a cada instante surge um fato novo que dá um baile nessa dança dos números.
Portanto, a eleição não será decidida por juízes da vontade alheia nem pelos que se consideram os donos da verdade.
O conceito do pensamento único ainda não se tornou obrigatório por decreto e ainda não chegamos ao ponto de permitir que aquele que foi eleito para administrar a fortuna arrecadada com os impostos que pagamos se comporte como dono do país.
O Brasil precisa de alguém que governe para “CADA” cidadão, sem a tendência autoritária de tratar o povo como "MASSA" sem identidade, aquela do logotipo "Um Brasil de Todos".

O cidadão que manifesta a sua opinião tem o direito de ser incluído e chamado de povo.
Quem participa com suas próprias ideias e é responsável por suas decisões também pertence à sociedade organizada. Seria injusto tentar excluir ou desprezar sua importância.
Quem comanda a vontade desses 3% que resistem aos apelos da propaganda governamental é a consciência de cada um, jamais a imposição de lideranças que iludem inocentes oferecendo alguns trocados, tapeando seus estômagos, corrompendo suas almas.
Fiquei comovida quando a representante de um grupo importante, que merece todo o nosso respeito, foi indagada por um jornalista, num programa de debates na TV, sobre o apoio incondicional de certos movimentos e instituições ao presidente lula, mesmo nos momentos em que foi envolvido em sérios escândalos, até hoje mal resolvidos, se esse apoio era correspondido.
Tentou desconversar, mas teve a honestidade de confirmar que não eram recebidos pelo presidente, apenas acreditavam em suas convicções.
Portanto, podemos notar o grau de dificuldade que as pessoas têm de lidar com as mudanças de rumo e com a possibilidade de terem sido usados como instrumentos de manobra para objetivos muito distintos dos seus.
Por isso os 3% incomodam e, ultimamente, ganharam destaque em reportagens e editoriais de jornais.
Relembrando Toquinho e Vinícius, alguém abusou da regra três, onde menos vale mais.

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