quinta-feira, 1 de julho de 2010

Quando o adversário chegou com a farinha envenenada, José Serra já estava com o bolo pronto!


Se o partido do governo sofreu para encontrar uma candidata que não estivesse diretamente envolvida nos inúmeros escândalos desses últimos anos, na oposição há opções de sobra.

Articulação de Lula minou chapa idealizada por Serra
Lula Marques/Folha

Sob desatenção de Guerra e Maia, nas pontas, Serra 'celebra' Índio, 'seu' vice

Em articulação subterrânea, Lula imprimiu suas digitais na crise que levou à desmontagem da chapa puro-sangue do PSDB.
O presidente telefonou na terça-feira (29) para o senador Osmar Dias (PDT-PR).
Fez um apelo para que ele retomasse o projeto de disputar o governo do Paraná.
Osmar é irmão de Álvaro Dias (PSDB-PR), o senador que o presidenciável tucano José Serra escolhera para seu vice.

Osmar, que protagonizava um vaivém entre Serra e Dilma, sentiu-se como que liberado para se render aos apelos de Lula.
Com seu gesto, ofereceu ao DEM o derradeiro argumento para encostar Serra contra a parede.
Virara pó a principal alegação de Serra –a de que a opção por Álvaro atrairia Osmar e dinamitaria o palanque paranaense de Dilma.

Lula foi dormir, na noite de terça, celebrando dois feitos: ressuscitara a candidatura governamental de Osmar e ajudara a envenenar as relações de Serra com o DEM.
Serra, porém, parecia dar de ombros para um relato que ouvira de Fernando Henrique Cardoso, que passara a tarde recolhendo, a portas fechadas, as queixas da cúpula 'demo'.
Estava em jogo a aliança com o DEM e, sobretudo, os três minutos de propaganda televisiva que a legenda agrega à campanha tucana.

Serra pensou em Índio da Costa, o nome que Bornhausen lhe sugerira.
Encantara-se com o fato de o deputado ter relatado o projeto da Ficha Limpa.

Fonte: blog do Josias

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