A Espanha dá um show de bola e não é somente no futebol.
Finalista da Copa do Mundo de 2010, a Espanha age com sucesso nas negociações para a libertação de presos políticos em Cuba, aqueles que Lula comparou com bandidos comuns e que nada poderia fazer para tentar salvar suas vidas.
Um deles morreu durante uma das visitas de Lula ao ditador Fidel Castro.
Nem ao menos um gesto de pesar e solidariedade à família foi oferecido pelo presidente brasileiro.
Vejam aqui trechos de matéria de O Globo.
De Merval Pereira
Chega a ser patética a tentativa das autoridades brasileiras de se livrarem do vexame que protagonizaram diante da atuação exitosa do governo espanhol para liberar presos políticos de Cuba.
Trabalhando junto à Igreja Católica de Cuba, o governo da Espanha, representado por seu ministro das Relações Exteriores, Miguel Ángel Moratinos, conseguiu obter do governo ditatorial cubano o compromisso de libertar 52 dos 167 presos políticos do país, figura que o presidente Lula dizia que não existia na sua ilha caribenha preferida.
Na primeira visita de Lula a Cuba como presidente, logo após a crise em que alguns dissidentes que tentaram fugir da ilha foram fuzilados, houve muitas queixas de que Lula não tocara no assunto em seus encontros.
O fato é que Lula e todos os membros do governo que têm uma relação pessoal com Cuba consideram que não devem fazer críticas públicas ao governo cubano.
É uma tática de quem trata com um amigo, e não de Estado para Estado. E os resultados, até o momento, têm sido nulos.
Essa atitude já produziu fatos não condizentes com o Estado democrático, como a entrega ao governo cubano — que os resgatou em território nacional, à noite, em um avião venezuelano — dos pugilistas cubanos Guillermo Rigondeaux e Erislandy Lara, que haviam fugido da concentração durante os jogos do campeonato Panamericano no Rio em 2007, e queriam ficar no Brasil asilados.
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