Ou seja, o presidente escolheu Fernando Henrique como saco de pancada, no qual descarrega todo seu estoque de raiva.
Estranho que não se vê ninguém indignado contra a maneira injusta e cruel com que Lula se dirige ao seu antecessor.
FHC usou o seu prestígio junto a organismos multilaterais para garantir a Lula uma transição tranqüila.
Os partidos de oposição ao atual governo, especialmente o PSDB, votaram a favor das reformas que o próprio PT tanto criticava no passado.
Em especial, como escreveu a Economist, deveria ser grato a FHC, que lhe entregou um país com reformas essenciais já feitas — algumas, inclusive, custaram popularidade, sempre lembrando que o PT torcia para que tudo desse errado, como fez quando o Plano Real foi lançado.
Não importa se é simplesmente um sentimento de ódio ou vingança, talvez pelo fato de FHC ter vencido as eleições presidenciais duas vezes seguidas, no primeiro turno, ou se é um caso de inveja sem limites e ele gostaria mesmo era de ser FHC.
Nada disso, porém, justifica a falta de respeito e a insistência em tentar eliminar o outro da história do Brasil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário