O trabalho de intimidação feito pelos fascistóides da Al Qaeda eletrônica
“Trata-se, ao menos em parte, de um movimento organizado, digamos, organicamente. E que já atingiu minha família.”
“Detestaria me vitimizar, mas não tem sido fácil agüentar tantos ataques pessoais - e, sobretudo, a disseminação de mentiras sobre mim.”
Dois tuítes acima do twitter de Diego Escosteguy, autor, com o auxílio de colegas, da reportagem de capa da revista VEJA que noticia tráfico de influência na Casa Civil envolvendo a ministra Erenice Guerra e Israel Guerra, seu filho.
Como se nota, ele está sendo alvo de um ataque orquestrado, que não poupa nada e ninguém.
Diego continuará a fazer o seu trabalho.
Mas a onda que procura atingi-lo não é acidental, fortuita, ocasional: trata-se de um método.
Na segunda à noite, José Dirceu — chamado de “chefe de quadrilha” pela Procuradoria-Geral da República (eu até discordo um pouco porque acho que ele era só um gerentão; o chefe mesmo é outro ) — afirmou em uma palestra a sindicalistas na Bahia que “o problema do Brasil é o monopólio das grandes mídias, o excesso de liberdade e do direito de expressão e da imprensa”.
Depois o PT tentou negar.
Isso faz supor que, se eleita, Dilma tentará corrigir essas “falhas”, acabando com o que é chamado estupidamente de “monopólio” e, pois, o “excesso de liberdade e do direito de expressão”.
A história é conhecida: na oposição, os petistas consideravam o trabalho da imprensa essencial para o seu projeto.
No poder, ficaram indignados que fossem também eles submetidos à investigação jornalística e que reportagens denunciassem desmandos, irregularidades e incompetências.
O que antes era visto como um serviço de utilidade pública passou a ser considerado um trabalho de sabotagem a mando de supostos golpistas.
Não se enganem: os petistas estão organizados para criar mecanismos “legais” para limitar o que Dirceu chama “excesso de liberdade”.
Também mobilizam a fabulosa máquina de recursos publicitários para evidenciar seus amores e ódios, comprando consciências e mantendo uma vasta rede de delinqüência a soldo.
Muitos repórteres ainda não perceberam que há o mundo real e há esse mundo paralelo criado pela delinqüência; muita gente não percebeu que algumas das coisas escritas nesses ambientes não têm a menor importância.
E há, evidentemente, todos sabemos, uma outra categoria, que nada tem a ver com esses honestos, eventualmente assustados e intimidados pela patrulha.
Há os jornalistas cujo trabalho se confunde mesmo com o de um apparatchik: ainda que na redação de um grande veículo.
Caso Dilma vença a eleição, haverá, sim, a tentativa de controlar a imprensa pela via legal e econômica.
E essa patrulha vai se exacerbar.
Ela tem sido eficiente e tem intimidado muita gente.
Hoje eles atacam o Diego, o José e a Maria.
E amanhã?
Há gente que começa a perceber que é melhor ser livre para poder bater em tucano do que ser livre para só poder elogiar petista.
Acompanhe todo o esquema de terror contra a imprensa livre no blog do jornalista Reinaldo Azevedo.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário