terça-feira, 14 de setembro de 2010

Fascistóides!


Transcrevo a fala de José Dirceu:
“E nós vamos dar a eles esta reposta: mais e mais mobilização, mais e mais greve, mais e mais movimento de rua, e vamos derrotar eles nas urnas também porque eles têm de apanhar nas ruas e nas urnas”.

O ex-ministro e atual assessor de Dilma Rousseff fez esse discurso em 2000, durante uma assembléia de professores em greve.
O sindicato era presidido por Bebel — sim, aquela da greve eleitoreira deste ano, que foi até multada pelo TSE.
Dias depois, em 1º de junho daquele ano, seguindo as ordens do chefão, os trogloditas agrediram covardemente o governador Mário Covas, agressão física mesmo, como vocês vêem acima!
Já bastante debilitado pelo câncer — morreu nove meses depois —, ele chegou a ter um ponto de sangramento no lábio e outro na cabeça.

Voltemos a 2010 e vamos para Santa Catarina.

Lula participou ontem de um comício em Joinville em apoio à candidatura de Dilma Rousseff à Presidência e de Ideli Salvatti (PT) ao governo do estado.
E petralhou: “Nós precisamos extirpar o DEM da política brasileira”.

Lula é o presidente da República.
Imaginem se, em qualquer democracia do mundo, um chefe de governo e de estado fala em “extirpar” um partido da oposição.
É absolutamente inconcebível!

Bornhausen respondeu: “É triste ter um presidente sem compromisso com a verdade e sem respeito pelo cargo.
Pior ainda é que ele venha a Santa Catarina só para destilar ódio, o que é próprio dos embriagados”.


O presidente do DEM, Rodrigo Maia (RJ), disse que Lula agiu de forma "desequilibrada" e "autoritária".
"O caminho para extirpar o adversário é na linha da Alemanha nazista.
O presidente age de forma autoritária ao invés de deixar o eleitor decidir.
Ele teve coragem, numa forma absurda, de sugerir isso em um momento eleitoral."


César Maia, adotou o mesmo discurso contra Lula.
"Essa é uma expressão muito comum entre os nazistas contra os judeus, extirpar os judeus.
Hitler dizia isso cada vez que ia ao palanque".


Para arrematar
Notem que o estilo de Dirceu em 2000, quando o partido era oposição, e o de Lula em 2010, quando é governo, são idênticos.
Nos dois casos, o objetivo é um só: A ELIMINAÇÃO DO OUTRO.
E foi com ações dessa natureza que ele foram seqüestrando ou minando a reputação alheia.
É claro que essa gente, no melhor de sua forma, deveria ser exibida no horário eleitoral da oposição.
Hoje, a população só tem acesso à história do PT contada pelo próprio PT.
Eu defendo que ela passe a ser exibida contada pelos próprios petistas — entenderam a sutileza?
Sugestão de Reinaldo Azevedo que deveria ser levada em consideração.

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