De Marco Antônio Villa, na Folha de São Paulo:
A soberba faz mal a política.
A eleição não está decidida.
A onda vermelha, parece, não passou de uma marolinha.
A avidez dos apoiadores, que já estavam dividindo os cargos do futuro governo, foi contida.
A comemoração da vitória, antes do apito final do juiz, pode explicar a violência dos ataques à liberdade de imprensa e à oposição em geral.
Para a estratégia do governo é essencial despolitizar a eleição.
Daí que não causa estranheza a aliança oficial combinar o apoio do empresariado, com os beneficiados pelos programas assistencialistas e os dirigentes sindicais amarelos.
Nesse coquetel infernal deve ser acrescentado o apoio dos oligarcas estaduais. Barbalho, Sarney, Calheiros e Collor servem para obter votos nos burgos podres.
Mas é o típico apoio envergonhado: nos grandes centros seriam hostilizados.
Uma campanha sem ideologia sempre foi o desejo do governo.
Até este momento conseguiu o seu intento.
Caso ocorra um segundo turno, o artifício deverá ter vida curta.
A polarização, com a apresentação de dois projetos para o país, é tudo o que Lula não quer.
Os candidatos terão tempos iguais na televisão.
E nos debates o confronto será inevitável.
Leiam na íntegra aqui.
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