sábado, 4 de setembro de 2010

Reação dos Francenildos JÁ!

CHEGOU A HORA DE A CAMPANHA DA OPOSIÇÃO ENTRAR NO “MODO DA RESISTÊNCIA INSTITUCIONAL”.
É PRECISO CHAMAR LULA ÀS FALAS!


A gravidade das violações de sigilo na Receita Federal subiu estupidamente de patamar depois da fala de ontem de Lula, no Rio Grande do Sul.
Ela pede uma reação enérgica da oposição — e não cabe nem mesmo o cálculo se uma resposta à altura dá ou tira votos.
Estou convencido, sem prejuízo de o tucano José Serra continuar a apresentar suas propostas, de que a campanha da oposição entra no que eu chamaria “Modo de Resistência Institucional”.
Ontem, Lula usou a sua popularidade para pedir carta branca à sociedade para fazer o que bem entende.
É preciso dizer com todas as letras: ONTEM, LULA REIVINDICOU O DIREITO DE DAR UM GOLPE DE ESTADO, tendo, circunstancialmente, as urnas como arma.

É a Constituição da República Federativa do Brasil que está sendo fraudada com as invasões de sigilo.
Um órgão do Estado, a Receita Federal, converteu-se, como tem deixado claro o notável trabalho de reportagem do Estadão, em instrumento de luta de um partido político.
E tudo caminha para que mais esse crime reste impune.

Sim, agora é preciso entrar no MODO DE RESISTÊNCIA INSTITUCIONAL. E o próprio presidente Lula — pouco importa se sua popularidade atingiu 8795%, segundo a última medição Vox Diaboli — tem de ser chamado às falas.
Ele passou de todos os limites.
Ontem, comentando a questão da invasão de sigilos — e ele estava numa solenidade em que falava como presidente! — recomendou: “Na democracia, o senhor Serra que vá para rua, que melhore a qualidade de seu programa [de TV]“. Lula classificou ainda o episódio — a violação da Constituição — de “futrica menor”.

Método típico de uma ditadura é fraudar o sigilo fiscal e bancário de adversários.
Método típico de uma ditadura é organizar bunkers de bandidos para produzir dossiês.
Método típico de uma ditadura é querer criar constrangimentos morais para que as pessoas exerçam o direito, também ele constitucional, de recorrer à Justiça.
Método típico de ditadura é considerar a violação da Constituição mera “futrica”.

Se o custo de a oposição dizer o que tem de ser dito — QUE O PRESIDENTE LULA, NA PRÁTICA, PROTEGE CRIMINOSOS AO DAR DECLARAÇÕES COMO A DE ONTEM — for perder votos, que assim seja.

Com quantos a democracia e o estado de direito, VIVIDOS NA PRÁTICA, podem contar?
Pois que a causa siga com estes bons.

Bento 16 afirmou certa feita, não com estas palavras, mas o sentido era este, que a Igreja se fortalece recuperando a dimensão de sua fé, não condescendendo com valores que lhe são estranhos; a sua permanência está nos valores de sua doutrina, ainda que isso lhe custe perder os fiéis… infiéis.
Exato!

Indignidade
Hoje, os áulicos e candidatos a tanto contaminam o ambiente com sua tese da maximização da vontade popular: se o governante tem a maioria, então faz o que bem entende — e isso inclui esmagar a minoria.
Ora, tão importante na democracia quanto o governo da maioria é o respeito à minoria que lhe dá legitimidade.
Mas será mesmo isso o que quer o PT?

Hora de perceber a gravidade da questão e de ter uma reação correspondente — nem que seja, reitero, para mobilizar os poucos e bons.
Assim me expresso apenas para encarecer o momento já que, de fato, são milhões os brasileiros que não estão dispostos a ceder a Lula e ao PT os seus direitos constitucionais.
Fossem apenas os 300 de Esparta, então se deveria lutar com eles.
Mas há muito mais gente do que isso pronta para resistir.

CHEGOU A HORA DE A CAMPANHA DA OPOSIÇÃO ENTRAR NO “MODO DA RESISTÊNCIA INSTITUCIONAL”.
É PRECISO CHAMAR LULA ÀS FALAS.
TALVEZ ISSO CUSTE AINDA MAIS VOTOS.
PARA O VALOR QUE SE QUER E QUE SE TEM DE PRESERVAR, ELES NÃO FAZEM FALTA.


Perder a eleição é do jogo. Não dá é para perder a vergonha!

Brilhante reflexão do jornalista Reinaldo Azevedo.
Leiam na íntegra aqui e aqui.

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