terça-feira, 5 de outubro de 2010

Desmascarando a propaganda mentirosa

Lula avisa que o Plano Real vai desabar.



Em 1996, no intervalo das duas derrotas no primeiro turno para Fernando Henrique Cardoso, Lula foi fazer um comício no programa Altas Horas, de Serginho Groismann.

1:06. O candidato crônico acusa o ex-presidente José Sarney e, claro, FHC de negociarem o apoio de deputados e senadores.
O que andou fazendo nos últimos oito anos instalou os antecessores num monastério.

2:45. Lula afirma que o governo federal instalou no Congresso um balcão de negócios.
Não avisou que, se virasse presidente, substituiria o balcão por um supermercado.

5:46. O palanqueiro diz que o presidente da República deve compensar cada viagem ao Exterior com uma temporada de igual duração em algum Estado brasileiro.
Se a sugestão fosse transformada em lei, Lula teria de ficar mais alguns anos no Planalto para zerar a conta.

6:09. Lula diz que o Plano Real “está montado numa base falsa”, desanca a altitude da taxa de juros e exige a implantação de uma política tributária.
O Real acaba de comemorar 16 anos de sucesso esbanjando saúde, os juros estão na estratosfera e a reforma tributária continua à espera de um minuto da preciosa atenção do presidente que abandonou o emprego.

7:45. Uma jovem da plateia pergunta o que tem a dizer sobre a briga de foice com Fernando Collor na campanha de 1989.
Lula primeiro se gaba de ter antecipado o naufrágio do adversário.
“O passado político de Collor era um passado político tenebroso”, recita.
E então vem o fecho glorioso: “Peço a Deus que nunca mais o povo brasileiro esqueça essa lição”.

O resultado da eleição em Alagoas mostra que o povo não esqueceu.
Quem esqueceu foi Lula.
Passados 14 anos, ele e Collor descobriram que existem entre ambos muito mais semelhanças que diferenças.
E viraram amigos de infância.
Coluna do Augusto Nunes.

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