Lula reuniu nesta terça-feira, no Palácio da Alvorada, governadores e senadores eleitos e ministros para discutir a participação no segundo turno.
A campanha de desestabilização da candidatura de Dilma feita por setores das igrejas católicas e evangélicas por ela ser a favor do aborto foi chamada de "fascista" na reunião.
"Há uma campanha fascista, de calúnias, que lembra o século 19", afirmou o governador reeleito de Pernambuco, Eduardo Campos.
“Essa queda de Dilma e um crescimento de Marina Silva no final se deve ao recrudescimento do fundamentalismo religioso”, disse Marcelo Déda.
O primeiro contra-ataque, entretanto, partiu do secretário de Comunicação do PT, André Vargas.
"O Brasil verdadeiramente cristão não votará em quem introduziu a pílula do dia seguinte, que na prática estimula milhões de abortos: Serra", disse em seu Twitter.
A pílula do dia seguinte é um dos métodos contraceptivos criticado pela Igreja Católica e distribuída pelo Ministério de Saúde.
Diferentemente do que Vargas sugere, sua adoção foi decidida antes de o tucano José Serra ser titular da pasta.
E a legislação não pune o aborto em caso de risco de morte da mãe e de estupro desde 1940, dois anos antes do nascimento de José Serra.
Quanto à pílula do dia seguinte, inicialmente, a disponibilização estava concentrada apenas em serviços de atendimento a vítimas de violência sexual.
Em 2005, já no governo Lula, o ministério ampliou a distribuição a postos de saúde, para atender também a outras mulheres que tiveram relação sexual desprotegida.
Não tem como comparar com o Programa de governo apresentado pela candidata Dilma.
Antes de ser candidata, Dilma já defendia abertamente a descriminalização da prática do aborto.
Depois, ao longo da campanha, disse que pessoalmente era contra a proposta.
Hoje, diz que repassará a discussão ao Congresso.
Pensa que engana quem?
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Há um lugar, ao menos, em que os institutos de pesquisa não tiveram perda total: a cadeia.
ResponderExcluirDilma Rousseff venceu a primeira eleição nos 32 presídios paulistas: teve 832 votos, contra 274 de Marina e 184 de Serra.
Humm...