O efeito da artilharia petista, que atirava contra tudo e contra todos, agora vai e volta, prejudicando muito mais a sua candidata do que o adversário.
Vejam na matéria de O Globo.
Munição anti-Dilma é do próprio lulismo (Editorial)
O Globo
Para usar uma imagem do boxe, é como se, numa luta de dois rounds, uma esmagadora maioria previsse a vitória de um dos lutadores por nocaute.
Porém, um golpe inesperado daquele marcado para perder jogou o adversário favorito, zonzo, nas cordas, enquanto soava o gongo do intervalo.
É assim que parece a candidata Dilma Rousseff, que tenta se refazer do susto de não ter acabado com a eleição no primeiro turno, e parte para o ataque, na campanha do segundo, aposentando o manual de boas maneiras usado no início da luta.
Se vai funcionar, não se sabe.
A primeira pesquisa do segundo turno, do Datafolha, registrou grande estreitamento na vantagem que Dilma ostentava em relação a Serra.
A julgar pelo primeiro debate do segundo turno, domingo na TV Bandeirantes, uma das armas sacadas pela candidata oficial, como fizera Lula no segundo turno de 2006, o “fantasma” das privatizações, encontra um candidato tucano rápido no gatilho da réplica, ao contrário de Geraldo Alckmin naquela ocasião.
Além disso, os quatro anos de governo lulopetista concedidos a mais pelo eleitorado demonstraram que sacrossantas estatais terminaram PRIVATIZADAS, mas de maneira deletéria: privatizadas pelo fisiologismo político, caso do setor elétrico; pelo aparelha-mento, em que se destaca a Petrobras; e para a criação de dificuldades a fim de se venderem facilidades, como ocorrido nos Correios sob a influência de Erenice Guerra e herdeiros.
Dilma Rousseff e o PT se apresentam como vítimas de torpes acusações espalhadas pela internet.
O ponto nevrálgico dos ataques tem sido a lembrança de que a candidata já defendeu a legalização do aborto.
Outro aspecto de todo este tiroteio é que parte da munição de que se valem grupos para atacar Dilma Rousseff é obtida em documentos oficiais.
Neste sentido, não se pode, a rigor, entender como calúnias algumas mensagens que circulam na rede de computadores.
Quem consultar a terceira versão do “Plano Nacional de Direitos Humanos”, assinado pelo próprio Lula, encontrará muito daquilo de que a candidata quer manter distância: descriminalização do aborto, censura à imprensa, ataque ao direito constitucional de propriedade etc.
A própria Dilma chegou a encaminhar à Justiça eleitoral parte desse plano como programa de seu governo. Diante da má repercussão, voltou atrás.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário