Christiane Samarco - Estadão
Setores do PMDB lulista deram a partida na operação de desembarque da candidatura de Dilma Rousseff.
Em meio à queda da petista nas pesquisas de intenção de voto, o diretório do PMDB do Rio Grande do Sul decidiu ontem, por maioria, depois de quatro horas de reunião, recomendar o voto no tucano José Serra.
Ao mesmo tempo em que algumas regionais do partido dão passos concretos em direção à Serra, líderes nacionais do PMDB que foram colocados de escanteio pela cúpula do PT na campanha de Dilma, ou atropelados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições estaduais, cruzam os braços no segundo turno.
Um deles foi o deputado Geddel Vieira Lima, que disputou o governo da Bahia.
Ele disse ter perdido a eleição para Lula, e não para o governador reeleito Jaques Wagner (PT).
Geddel já avisou que o rompimento entre PT e PMDB na Bahia não tem retorno e que não perderá "um minuto de seu tempo" pedindo votos para a petista.
No Pará, o PMDB local deve anunciar, nos próximos dias, que o partido está liberado para votar em quem quiser no segundo turno.
Um importante dirigente nacional do PMDB adverte que a situação de Dilma é grave porque a onda que afetou a popularidade da petista não é um problema de partidos nem de lideranças políticas, e sim de opinião pública.
Segundo ele, a cúpula peemedebista identifica uma onda a favor de Serra, que "nem mesmo Lula" tem poderes para conter,
Cerca de 500 peemedebistas gaúchos participaram da reunião que decidiu ontem pelo apoio da regional ao candidato a presidente do PSDB, José Serra.
Apesar de o vice de Dilma ser o presidente do partido, deputado Michel Temer (SP), a decisão não surpreendeu.
Já é tradição o PMDB gaúcho apoiar candidatos tucanos ao Palácio do Planalto.
Um peemedebista experiente que participou do debate avalia que a regional gaúcha abriu caminho para o "efeito manada", do PMDB rumo à candidatura tucana.
Segundo ele, a queda da petista nas pesquisas de intenção de voto é determinante na definição dos rumos do partido.
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