O WikiLeaks e o terrorismo no Brasil
A Folha de S. Paulo publicou nesta segunda-feira uma reportagem de Fernando Rodrigues onde se lê:
“A Polícia Federal do Brasil ‘frequentemente prende pessoas ligadas ao terrorismo, mas os acusa de uma variedade de crimes não relacionados a terrorismo para evitar chamar a atenção da imprensa e dos altos escalões do governo’, relatou de maneira secreta em 8 de janeiro de 2008 o então embaixador dos Estados Unidos em Brasília, Clifford Sobel.
Essa informação faz parte de um lote de 1.947 telegramas produzidos pela diplomacia norte-americana durante a última década, em Brasília.
A organização WikiLeaks teve acesso a eles.
Vai divulgá-los gradualmente a partir desta semana no site www.wikileaks.org."
Pois bem, no mesmo texto, relata-se o caso de um libanês preso no Brasil, ligado à rede Al Qaeda.
E se informa também que o governo americano considera que Dilma era uma das pessoas no Brasil que faziam pressão para que o país não tivesse uma lei especial contra o terrorismo.
Em maio de 2009, o jornalista Janio de Freitas, da Folha, tratou do assunto em sua coluna .
Leiam trecho:
“Está preso no Brasil, sob sigilo rigoroso, um integrante da alta hierarquia da Al Qaeda.
A prisão foi feita pela Polícia Federal em São Paulo, onde o terrorista estava fixado e em operações de âmbito internacional.
Não consta, porém, que desenvolvesse alguma atividade relacionada a ações de terror no Brasil.
A importância do preso se revela no grau de sua responsabilidade operacional: o setor de comunicações internacionais da Al Qaeda.
Tal atividade sugere provável relação entre recentes êxitos do FBI e a prisão aparentemente anterior feita em São Paulo.
Há cinco dias, o FBI prendeu por antecipação os incumbidos de vários atentados iminentes nos Estados Unidos, inclusive em Nova York.”
Sabem o que então ministro da Justiça, Tarso Genro, afirmou sobre o caso?
“Se esse cidadão tem ou não relações políticas e ideológicas com países ou com correntes de opinião no mundo, isso, para nós, não é uma questão institucional ou legal.”
Para Tarso, a Al Qaeda era uma “corrente de opinião”.
Se havia um terrorista da Al Qaeda no Brasil e se a desculpa singela para estar solto era a de que a sua situação por aqui era estável, casado com uma brasileira, nem por isso o país deixava de desrespeitar uma resolução da Organização das Nações Unidas, a Resolução 1373, — mais precisamente, de seu Conselho de Segurança.
Não é o único vexame para o governo Lula revelado pelo WikiLeaks.
Aqui mais informações e uma seqüência de links sobre o caso do libanês da Al Qaeda.
terça-feira, 30 de novembro de 2010
O Problema com as UPPs
“Mas qual é o seu problema com as UPPs, afinal?”
Por Reinaldo Azevedo
A pergunta do título já me foi feita mais de uma vez.
Se a “unidade pacificadora” chega ao morro, impõe ali algumas regras básicas do estado de direito — e isso, em si, é bom —, mas condescende com o tráfico, e isso está acontecendo em pelo menos 11 das 13 favelas já “pacificadas, O QUE SE TEM É A LEGALIZAÇÃO DO TRÁFICO DE DROGAS, QUE PASSA A SER EXERCIDO SOB A PROTEÇÃO DO ESTADO.
E é por isso que os pés-de-chinelo do tráfico, os soldadinhos baratos do crime, perderam emprego.
Mudou a logística da operação.
Antes, os traficantes respondiam pela segurança do seu negócio — pagando, inclusive, propina à polícia.
Esse custo foi agora estatizado.
E o que a bandidagem oferece em troca?
Acaba aquela folia de ficar desfilando com fuzil pra cima e pra baixo.
Isso ofende o decoro e passa a impressão de que a cidade está fora do controle.
Para a capital que vai sediar as Olimpíadas de 2016 e que será centro operacional da Copa do Mundo de 2014, é muito ruim.
Uma objeção razoável ao que escrevo poderia lembrar que existe tráfico de drogas no Brasil inteiro, mesmo em pequenos e aprazíveis municípios do interior; nem por isso os traficantes andam de fuzil na mão e se tornam o poder local.
É verdade.
Se os morros do Rio, pois, passarem a gozar dessa condição, dizem, igualam-se ao Brasil: existirá o tráfico, mas com estado de direito.
A objeção é razoável, mas é contestável.
Não se deslocam unidades especiais de polícia para tomar conta de “comunidades específicas”, como é a UPP.
Mais: exceção feita aos casos de corrupção policial, o tráfico é reprimido.
As UPPs, como estão, deveriam se chamar UPTs: Unidades de Pacificação do Tráfico — ou até de proteção.
Ele passou a ser, na prática, tolerado e protegido, ainda que os policias que lá estejam sejam anjos, sem qualquer compromisso com a bandidagem.
O Rio entrou em transe porque a bandidagem barata do tráfico foi sendo desalojada. No melhor dos mundos, todos os morros do Rio serão ocupados por UPPs, e o tráfico passará a empregar, sei lá, 2 mil pessoas em vez das estimadas 16 mil.
Como o governo do Rio não gosta de prender bandido, pergunto: aquela gente vai pra onde?
Uma alternativa é oferecer o Bolsa Traficante.
A outra é despachar a bandidagem para São Paulo, Espírito Santo e Minas Gerais…
É claro que eu sou favorável a favelas pacificadas.
Mas acho que o tráfico de droga tem de ser combatido em vez de ser submetido a uma espécie de regulamentação informal, protegido por homens que envergam o uniforme das forças de segurança do estado.
Por Reinaldo Azevedo
A pergunta do título já me foi feita mais de uma vez.
Se a “unidade pacificadora” chega ao morro, impõe ali algumas regras básicas do estado de direito — e isso, em si, é bom —, mas condescende com o tráfico, e isso está acontecendo em pelo menos 11 das 13 favelas já “pacificadas, O QUE SE TEM É A LEGALIZAÇÃO DO TRÁFICO DE DROGAS, QUE PASSA A SER EXERCIDO SOB A PROTEÇÃO DO ESTADO.
E é por isso que os pés-de-chinelo do tráfico, os soldadinhos baratos do crime, perderam emprego.
Mudou a logística da operação.
Antes, os traficantes respondiam pela segurança do seu negócio — pagando, inclusive, propina à polícia.
Esse custo foi agora estatizado.
E o que a bandidagem oferece em troca?
Acaba aquela folia de ficar desfilando com fuzil pra cima e pra baixo.
Isso ofende o decoro e passa a impressão de que a cidade está fora do controle.
Para a capital que vai sediar as Olimpíadas de 2016 e que será centro operacional da Copa do Mundo de 2014, é muito ruim.
Uma objeção razoável ao que escrevo poderia lembrar que existe tráfico de drogas no Brasil inteiro, mesmo em pequenos e aprazíveis municípios do interior; nem por isso os traficantes andam de fuzil na mão e se tornam o poder local.
É verdade.
Se os morros do Rio, pois, passarem a gozar dessa condição, dizem, igualam-se ao Brasil: existirá o tráfico, mas com estado de direito.
A objeção é razoável, mas é contestável.
Não se deslocam unidades especiais de polícia para tomar conta de “comunidades específicas”, como é a UPP.
Mais: exceção feita aos casos de corrupção policial, o tráfico é reprimido.
As UPPs, como estão, deveriam se chamar UPTs: Unidades de Pacificação do Tráfico — ou até de proteção.
Ele passou a ser, na prática, tolerado e protegido, ainda que os policias que lá estejam sejam anjos, sem qualquer compromisso com a bandidagem.
O Rio entrou em transe porque a bandidagem barata do tráfico foi sendo desalojada. No melhor dos mundos, todos os morros do Rio serão ocupados por UPPs, e o tráfico passará a empregar, sei lá, 2 mil pessoas em vez das estimadas 16 mil.
Como o governo do Rio não gosta de prender bandido, pergunto: aquela gente vai pra onde?
Uma alternativa é oferecer o Bolsa Traficante.
A outra é despachar a bandidagem para São Paulo, Espírito Santo e Minas Gerais…
É claro que eu sou favorável a favelas pacificadas.
Mas acho que o tráfico de droga tem de ser combatido em vez de ser submetido a uma espécie de regulamentação informal, protegido por homens que envergam o uniforme das forças de segurança do estado.
"Tem gente" que mente demais, pior que isso, tem gente que acredita
65 milhões de brasileiros não têm alimentos suficientes
Cerca de 65,5 milhões de pessoas em todo o Brasil vivem em situação de insegurança alimentar, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2009 sobre Segurança Alimentar, divulgada pelo IBGE.
Esse número corresponde a 34,2% da população.
A pesquisa abrangeu 58,6 milhões de domicílios.
E em 17,7 milhões de domicílios particulares (30,2%) foi registrado algum grau de insegurança alimentar, o que significa restrição quantitativa ou privação de alimentos.
Por Álvaro Dias
Cerca de 65,5 milhões de pessoas em todo o Brasil vivem em situação de insegurança alimentar, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2009 sobre Segurança Alimentar, divulgada pelo IBGE.
Esse número corresponde a 34,2% da população.
A pesquisa abrangeu 58,6 milhões de domicílios.
E em 17,7 milhões de domicílios particulares (30,2%) foi registrado algum grau de insegurança alimentar, o que significa restrição quantitativa ou privação de alimentos.
Por Álvaro Dias
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Fatos e números sobre o Rio
Não desisti da verdade: fatos e números sobre o Rio.
Ou: Querem matar o sentido das palavras, mas sou teimoso!
Por Reinaldo Azevedo
No tempo em que o sentido das palavras já dava sinais de fraqueza, escrevi muitos textos neste blog defendendo que as Forças Armadas ajudassem a recuperar o território tomado pelo narcotráfico.
Por alguma razão, muitos dos que agora aplaudem a ação das Forças Armadas achavam, então, que aquelas eram idéias autoritárias, coisa, como eles gostam de dizer sobre seus inimigos, de “fascistas”.
Eu sou efetivamente favorável a um plano organizado, pensado, planejado no detalhe, de recuperação dos territórios brasileiros perdidos para o narcotráfico — sempre considerando que a cocaína e as armas dos morros não foram produzidas no Brasil; passaram por nossas fronteiras, e vigiá-las é responsabilidade do governo Federal.
As UPPs vêm sendo implantadas há dois anos.
Estima-se em 200 mil o número de moradores sob a influência dessas unidades.
A Polícia foi avançando sem prender ninguém.
Em dezembro de 2009, são dados oficiais, a população carcerária no país era de 474.626 pessoas.
Do total, 34.6% estavam em São Paulo (399,79 por 100 mil habitantes), que tem apenas 22% da população.
O Rio — apenas 166,56 por 100 mil — vinha em quinto, com menos presos do que Minas, Paraná e Rio Grande do Sul.
Querem um número que se casa bem com esse?
Segundo o Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Universidade Cândido Mendes, em 2009, a taxa de homicídios esclarecidos no Rio foi de, ATENÇÃO!, 2,8%!!!
A média nacional, que já é escandalosa, é de 25%.
Em São Paulo e no Rio Grande do Sul, por exemplo, chega a 60%.
E, agora, o dado não é de ninguém, mas uma conclusão de um ser lógico: quem prende pouco acaba resolvendo pouco, não é mesmo?
Bandidagem solta e impunidade se alimentam.
Mais uns numerozinhos?
Pois não!
No ano passado, a taxa de homicídios dolosos em São Paulo foi de 10,95 por 100 mil habitantes — hoje está em 9, a mais baixa do Brasil; no Rio, chegou a 34,36 — e olhem que é difícil saber quantos morrem onde a polícia não entra.
Mas atenção!
Está longe de ser a maior.
Muito bem: dada essa realidade, a política de segurança pública do Rio — aplaudida em jornalismo, prosa e verso —, era qual?
Ora, instalar as UPPs, orgulhar-se de não enfrentar resistência, não prender ninguém, não apreender droga e acomodar o narcotráfico, numa espécie de legalização oficiosa da prática, desde, é claro, que seu comportamento seja mais discreto e que não tente impor às “comunidades” a sua própria lei.
Acho positivo que as Forças Armadas tenham entrado para auxiliar a Polícia — escrevo a favor dessa colaboração há pelo menos 15 anos!
Mais: todos aqueles bandidos que se acoitaram no Complexo do Alemão têm de ser presos.
Não só isso: o arsenal tem de ser apreendido.
Se as armas não aparecerem às centenas, será um péssimo sinal.
Mas atenção!
Como se diz por aí, “nem vem que não tem!”
Não chamarei as escolhas de agora de Sérgio Cabral e José Mariano Beltrame de continuidade ou desdobramento da política que vinha sendo executada.
Uma ova!
O cerco que se arma no Rio, curiosamente, foi uma escolha estúpida dos próprios traficantes.
E, como já apontei aqui há quase dois meses, se as comunidades eram libertadas sem prisões, um dos riscos possíveis, então, era o Rio exportar bandidos.
População
Compreendo o ânimo de boa parte da população do Rio. Tem mais é de aplaudir mesmo a polícia e as Forças Armadas.
É gente que já cansou de viver sitiada; que não agüenta mais tiroteios, arrastões, violência; que não compreende por que o estado brasileiro permite que áreas do território nacional sejam dominadas por marginais.
Vislumbra a possibilidade de se livrar de um jugo.
Ora, esse sempre foi o sentimento dominante!
Quem estava acomodado era o poder público.
A maioria dos cariocas e dos brasileiros sempre achou que lugar de bandido é mesmo na cadeia.
Não aplaudiu à toa o primeiro Capitão Nascimento, o que socava bandido.
Não aplaudiu à toa o segundo Capitão Nascimento, o que soca político corrupto.
Mas a vida não é filme, e o roteiro da realidade é um pouco mais complexo.
Vamos ver quantos serão os bandidos presos e como vai se estruturar a libertação das outras áreas do Rio dominadas, sim, pelo narcotráfico e pelas milícias.
As palavras fazem sentido, ainda que agonizem.
Eu sempre defendi o enfrentamento.
O que eu criticava era a “liberação de território” sem “prisioneiros”.
Eu torço para que Cabral transforme o seu fracasso de antes num sucesso.
Se acontecer, beneficiada será a população do Rio.
Mas continuarei a chamar as coisas pelo nome que elas têm.
Como sempre fiz — desde que defendia quase isolado, tadinho de mim!!!, que as Forças Armadas fizessem valer o Artigo 142 da Constituição.
Aplaudo as medidas de agora (e por enquanto), não o governante que transformou em ação de emergência o que deveria ser fruto da escolha política correta e do planejamento: enfrentar o crime e prender os criminosos, submetendo-os ao devido processo legal.
Sem isso, a polícia não pacifica, mas mistifica.
Ou: Querem matar o sentido das palavras, mas sou teimoso!
Por Reinaldo Azevedo
No tempo em que o sentido das palavras já dava sinais de fraqueza, escrevi muitos textos neste blog defendendo que as Forças Armadas ajudassem a recuperar o território tomado pelo narcotráfico.
Por alguma razão, muitos dos que agora aplaudem a ação das Forças Armadas achavam, então, que aquelas eram idéias autoritárias, coisa, como eles gostam de dizer sobre seus inimigos, de “fascistas”.
Eu sou efetivamente favorável a um plano organizado, pensado, planejado no detalhe, de recuperação dos territórios brasileiros perdidos para o narcotráfico — sempre considerando que a cocaína e as armas dos morros não foram produzidas no Brasil; passaram por nossas fronteiras, e vigiá-las é responsabilidade do governo Federal.
As UPPs vêm sendo implantadas há dois anos.
Estima-se em 200 mil o número de moradores sob a influência dessas unidades.
A Polícia foi avançando sem prender ninguém.
Em dezembro de 2009, são dados oficiais, a população carcerária no país era de 474.626 pessoas.
Do total, 34.6% estavam em São Paulo (399,79 por 100 mil habitantes), que tem apenas 22% da população.
O Rio — apenas 166,56 por 100 mil — vinha em quinto, com menos presos do que Minas, Paraná e Rio Grande do Sul.
Querem um número que se casa bem com esse?
Segundo o Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Universidade Cândido Mendes, em 2009, a taxa de homicídios esclarecidos no Rio foi de, ATENÇÃO!, 2,8%!!!
A média nacional, que já é escandalosa, é de 25%.
Em São Paulo e no Rio Grande do Sul, por exemplo, chega a 60%.
E, agora, o dado não é de ninguém, mas uma conclusão de um ser lógico: quem prende pouco acaba resolvendo pouco, não é mesmo?
Bandidagem solta e impunidade se alimentam.
Mais uns numerozinhos?
Pois não!
No ano passado, a taxa de homicídios dolosos em São Paulo foi de 10,95 por 100 mil habitantes — hoje está em 9, a mais baixa do Brasil; no Rio, chegou a 34,36 — e olhem que é difícil saber quantos morrem onde a polícia não entra.
Mas atenção!
Está longe de ser a maior.
Muito bem: dada essa realidade, a política de segurança pública do Rio — aplaudida em jornalismo, prosa e verso —, era qual?
Ora, instalar as UPPs, orgulhar-se de não enfrentar resistência, não prender ninguém, não apreender droga e acomodar o narcotráfico, numa espécie de legalização oficiosa da prática, desde, é claro, que seu comportamento seja mais discreto e que não tente impor às “comunidades” a sua própria lei.
Acho positivo que as Forças Armadas tenham entrado para auxiliar a Polícia — escrevo a favor dessa colaboração há pelo menos 15 anos!
Mais: todos aqueles bandidos que se acoitaram no Complexo do Alemão têm de ser presos.
Não só isso: o arsenal tem de ser apreendido.
Se as armas não aparecerem às centenas, será um péssimo sinal.
Mas atenção!
Como se diz por aí, “nem vem que não tem!”
Não chamarei as escolhas de agora de Sérgio Cabral e José Mariano Beltrame de continuidade ou desdobramento da política que vinha sendo executada.
Uma ova!
O cerco que se arma no Rio, curiosamente, foi uma escolha estúpida dos próprios traficantes.
E, como já apontei aqui há quase dois meses, se as comunidades eram libertadas sem prisões, um dos riscos possíveis, então, era o Rio exportar bandidos.
População
Compreendo o ânimo de boa parte da população do Rio. Tem mais é de aplaudir mesmo a polícia e as Forças Armadas.
É gente que já cansou de viver sitiada; que não agüenta mais tiroteios, arrastões, violência; que não compreende por que o estado brasileiro permite que áreas do território nacional sejam dominadas por marginais.
Vislumbra a possibilidade de se livrar de um jugo.
Ora, esse sempre foi o sentimento dominante!
Quem estava acomodado era o poder público.
A maioria dos cariocas e dos brasileiros sempre achou que lugar de bandido é mesmo na cadeia.
Não aplaudiu à toa o primeiro Capitão Nascimento, o que socava bandido.
Não aplaudiu à toa o segundo Capitão Nascimento, o que soca político corrupto.
Mas a vida não é filme, e o roteiro da realidade é um pouco mais complexo.
Vamos ver quantos serão os bandidos presos e como vai se estruturar a libertação das outras áreas do Rio dominadas, sim, pelo narcotráfico e pelas milícias.
As palavras fazem sentido, ainda que agonizem.
Eu sempre defendi o enfrentamento.
O que eu criticava era a “liberação de território” sem “prisioneiros”.
Eu torço para que Cabral transforme o seu fracasso de antes num sucesso.
Se acontecer, beneficiada será a população do Rio.
Mas continuarei a chamar as coisas pelo nome que elas têm.
Como sempre fiz — desde que defendia quase isolado, tadinho de mim!!!, que as Forças Armadas fizessem valer o Artigo 142 da Constituição.
Aplaudo as medidas de agora (e por enquanto), não o governante que transformou em ação de emergência o que deveria ser fruto da escolha política correta e do planejamento: enfrentar o crime e prender os criminosos, submetendo-os ao devido processo legal.
Sem isso, a polícia não pacifica, mas mistifica.
Considerações Importantes
Para onde eles estão indo?
A ação das forças de segurança no Rio tem sido exemplar, com a retomada de territórios ocupados pelo tráfico e farta apreensão de drogas e potentes armas em mãos dos criminosos pela polícia.
Mas há um senão: não se vê a prisão em massa de bandidos nem notícia sobre quais medidas estão sendo tomadas para quebrar sua força econômica.
É preciso que o governo federal, numa operação conjunta com os estados, impeça que o crime organizado mude apenas de endereço, além de continuar financeiramente robusto. Violência não é produto de exportação.
O ex-titular da Secretaria Nacional Antidrogas (Senad), Wálter Maierovitch, disse neste domingo, num debate na TV Gazeta, que o importante não é tanto conter o envio de drogas, mas o dinheiro que financia os traficantes e a entrada de armas, que vêm de fora para dentro.
É preciso dar estrutura aos governadores para que atuem com eficiência nas fronteiras brasileiras.
As Forças Armadas poderiam auxiliar os estados neste esforço de guerra.
Bons salários, já!
O companheiro Nenê, um dos fundadores do Movimento Jovem do PTB no Rio Grande do Sul, fez um alerta, no Twitter, sobre um necessário desdobramento da vitoriosa ação das forças de segurança no combate ao tráfico no Rio de Janeiro.
Nenê lembra que é hora de se retomar o debate sobre a PEC 300, que define um piso salarial nacional para policiais civis e militares e bombeiros.
O governo vem empurrando com a barriga a votação desta proposição, apesar de ter feito um acordo com representantes da categoria de que a matéria entraria em pauta após o 2º turno das eleições.
Fim da inversão de valores?
A vitoriosa ação das forças de segurança na retomada da Vila Cruzeiro e no Complexo do Alemão deixa uma mensagem simbólica importante para as crianças.
A histórica omissão do poder público no combate ao crime nas comunidades carentes causou estragos na formação de milhares de crianças, que passaram a ver os malfeitores como seus "patronos".
Estava mais do que na hora de se acabar com essa brutal inversão de valores que faz um bandido ser visto como um "Robin Hood das favelas".
A ação da polícia nos morros do Rio está deixando claro para as crianças quem são os verdadeiros patronos, as pessoas que verdadeiramente agem pelo bem comum.
Hora de passar o rodo
Um dado ficou patente para quem assistiu, via satélite, a bem-sucedida operação policial tanto na Vila Cruzeiro como no Complexo do Alemão: houve pouca resistência dos bandidos, e nenhuma baixa foi anotada entre os policiais.
Conclusão: se era assim tão fácil, por que o poder público não se mobilizou antes para recuperar áreas conflagradas da cidade?
Consolidado o domínio nas áreas conflagradas, agora é hora de invadir a Rocinha e o Vidigal, expandindo as fronteiras do Estado sobre as áreas antes dominadas por traficantes.
Para alívio da população, a guerra está só começando.
No blog do Jefferson
A ação das forças de segurança no Rio tem sido exemplar, com a retomada de territórios ocupados pelo tráfico e farta apreensão de drogas e potentes armas em mãos dos criminosos pela polícia.
Mas há um senão: não se vê a prisão em massa de bandidos nem notícia sobre quais medidas estão sendo tomadas para quebrar sua força econômica.
É preciso que o governo federal, numa operação conjunta com os estados, impeça que o crime organizado mude apenas de endereço, além de continuar financeiramente robusto. Violência não é produto de exportação.
O ex-titular da Secretaria Nacional Antidrogas (Senad), Wálter Maierovitch, disse neste domingo, num debate na TV Gazeta, que o importante não é tanto conter o envio de drogas, mas o dinheiro que financia os traficantes e a entrada de armas, que vêm de fora para dentro.
É preciso dar estrutura aos governadores para que atuem com eficiência nas fronteiras brasileiras.
As Forças Armadas poderiam auxiliar os estados neste esforço de guerra.
Bons salários, já!
O companheiro Nenê, um dos fundadores do Movimento Jovem do PTB no Rio Grande do Sul, fez um alerta, no Twitter, sobre um necessário desdobramento da vitoriosa ação das forças de segurança no combate ao tráfico no Rio de Janeiro.
Nenê lembra que é hora de se retomar o debate sobre a PEC 300, que define um piso salarial nacional para policiais civis e militares e bombeiros.
O governo vem empurrando com a barriga a votação desta proposição, apesar de ter feito um acordo com representantes da categoria de que a matéria entraria em pauta após o 2º turno das eleições.
Fim da inversão de valores?
A vitoriosa ação das forças de segurança na retomada da Vila Cruzeiro e no Complexo do Alemão deixa uma mensagem simbólica importante para as crianças.
A histórica omissão do poder público no combate ao crime nas comunidades carentes causou estragos na formação de milhares de crianças, que passaram a ver os malfeitores como seus "patronos".
Estava mais do que na hora de se acabar com essa brutal inversão de valores que faz um bandido ser visto como um "Robin Hood das favelas".
A ação da polícia nos morros do Rio está deixando claro para as crianças quem são os verdadeiros patronos, as pessoas que verdadeiramente agem pelo bem comum.
Hora de passar o rodo
Um dado ficou patente para quem assistiu, via satélite, a bem-sucedida operação policial tanto na Vila Cruzeiro como no Complexo do Alemão: houve pouca resistência dos bandidos, e nenhuma baixa foi anotada entre os policiais.
Conclusão: se era assim tão fácil, por que o poder público não se mobilizou antes para recuperar áreas conflagradas da cidade?
Consolidado o domínio nas áreas conflagradas, agora é hora de invadir a Rocinha e o Vidigal, expandindo as fronteiras do Estado sobre as áreas antes dominadas por traficantes.
Para alívio da população, a guerra está só começando.
No blog do Jefferson
O GPS do Lula
“Afinal, de que adiantou eleger uma mulher se o homem vai continuar mandando?”
(Roberto Jefferson, presidente do PTB)
* * *
Inédito! Extraordinário! Fantástico! Inacreditável!
Nunca antes na história deste país um presidente da República indicou tantos nomes para posições estratégicas do governo que sucederá ao seu.
O caso de Tancredo Neves foi diferente.
Eleito, ele nomeou o ministério e morreu sem tomar posse.
José Sarney, seu vice, assumiu o governo alheio.
Os presidentes costumam dispor de uma cota pessoal de cargos para preenchê-los com gente de sua estrita confiança.
Ora são pessoas a quem devem favores.
Ora pessoas que admiram e que gostariam de ter ao seu lado.
Lula deixou Pernambuco ainda menino na companhia da mãe e dos irmãos com destino a São Paulo, onde reencontraria o pai.
Mas deve ter lido a respeito dos “coronéis” nordestinos que mandavam na vontade dos seus dependentes.
No processo de escolha de Dilma para candidata à sua sucessão, Lula atuou como se fosse um desses coronéis de antigamente.
E pelo menos 10 partidos políticos se renderam à sua indicação.
E em seguida se renderam quase 56 milhões de eleitores.
A maioria desses elegeu Dilma porque ela era “a mulher de Lula”.
Se precisassem, os “coronéis” nordestinos ameaçavam com a força aqueles que hesitavam em obedecer às suas ordens.
No início da administração Dilma e - sabe-se lá até quando -, o Palácio do Planalto funcionará como uma espécie de bunker lulista.
Se Lula quiser, Dilma não dará um suspiro sem que ele seja informado, não discutirá uma idéia sem que ele fique sabendo na hora.
Acaba de ser inventado o GPS presidencial – e Lula foi seu inventor.
A poderosa ex-chefe da Casa Civil, que infundia terror até entre seus colegas, está sendo fraca ou apenas hábil e realista ao se curvar aos desígnios do seu mestre?
Só o futuro dirá.
Noblat
(Roberto Jefferson, presidente do PTB)
* * *
Inédito! Extraordinário! Fantástico! Inacreditável!
Nunca antes na história deste país um presidente da República indicou tantos nomes para posições estratégicas do governo que sucederá ao seu.
O caso de Tancredo Neves foi diferente.
Eleito, ele nomeou o ministério e morreu sem tomar posse.
José Sarney, seu vice, assumiu o governo alheio.
Os presidentes costumam dispor de uma cota pessoal de cargos para preenchê-los com gente de sua estrita confiança.
Ora são pessoas a quem devem favores.
Ora pessoas que admiram e que gostariam de ter ao seu lado.
Lula deixou Pernambuco ainda menino na companhia da mãe e dos irmãos com destino a São Paulo, onde reencontraria o pai.
Mas deve ter lido a respeito dos “coronéis” nordestinos que mandavam na vontade dos seus dependentes.
No processo de escolha de Dilma para candidata à sua sucessão, Lula atuou como se fosse um desses coronéis de antigamente.
E pelo menos 10 partidos políticos se renderam à sua indicação.
E em seguida se renderam quase 56 milhões de eleitores.
A maioria desses elegeu Dilma porque ela era “a mulher de Lula”.
Se precisassem, os “coronéis” nordestinos ameaçavam com a força aqueles que hesitavam em obedecer às suas ordens.
No início da administração Dilma e - sabe-se lá até quando -, o Palácio do Planalto funcionará como uma espécie de bunker lulista.
Se Lula quiser, Dilma não dará um suspiro sem que ele seja informado, não discutirá uma idéia sem que ele fique sabendo na hora.
Acaba de ser inventado o GPS presidencial – e Lula foi seu inventor.
A poderosa ex-chefe da Casa Civil, que infundia terror até entre seus colegas, está sendo fraca ou apenas hábil e realista ao se curvar aos desígnios do seu mestre?
Só o futuro dirá.
Noblat
Renascer das Cinzas - muitos querem ajudar, poucos aceitam.
Quem é realmente vítima, quem escolhe essa vida ou quem não tem escolha quando é agredido ou assaltado?
Charge - Amarildo
Esse é o momento do Brasil se mobilizar para ações efetivas. que visem reduzir os índices alarmantes de violência e criminalidade em nosso país.
A situação do Rio de Janeiro não pode voltar à "normalidade", como aconteceram outras vezes.
Devemos ficar atentos e pressionarmos para que as autoridades não recuem e desmoralizem o brilhante trabalho da polícia.
A população está abandonada à própria sorte, as pessoas das comunidades entenderam que devem confiar naqueles que estão presentes, os militares.
Os poderosos, que só enrolam com discursos e promessas, estão escondidos, talvez observando se a repercussão se manterá positiva, como tem sido, tanto da parte da imprensa, como da população.
Nesse caso, logo aparecem.
Se ocorresse um banho de sangue, como supunha o presidente fujão, seriam os primeiros a bombardear a ação dos militares.
Apesar de que, no balanço divulgado pela PM, foram registradas 37 mortes.
Isso não pode ser considerado um banho de sangue?
Mesmo assim, a sociedade organizada deve se posicionar, principalmente as ONGs que recebem fortunas do governo, e adotar imediatamente uma série de medidas para tentar resgatar muitos dos que se perderam nessa vida de drogas e criminalidade.
Há muitas iniciativas louváveis que devem ser fortalecidas e apoiadas, como o projeto Fênix.
Em Santos, SP, a possibilidade de readquirir uma vida digna, recuperar a auto-estima, o emprego e ser incluído novamente na sociedade está muito próxima das pessoas que, por qualquer razão, acabam em situação de rua.
Para atender esta parcela da população, a Prefeitura dispõe de ampla rede social, formada pelas unidades da Secretaria de Assistência Social (Seas) e pelas organizações não-governamentais conveniadas com a Administração Municipal.
Dentre os programas, destaca-se o Inclusão Cidadã- Fênix, que emprega o munícipe em uma instituição da rede, pagando-lhe um salário mínimo e oferecendo-lhe cursos de qualificação profissional e cesta básica.
Reportagem recente do jornal A Tribuna revela que o número de pessoas que aceitam ajuda ainda é reduzido se comparado a um universo de 507 moradores de rua da Cidade.
Os dados são do censo realizado pela SEAS com essa população, em maio de 2009.
Desse total, 119 estavam abrigados e 388 moravam nas ruas.
Atualmente, só 25 participam do projeto Fênix e outros 15 estão em processo de inserção.
A tentação das drogas
A grande dificuldade é conseguir manter os participantes no programa.
A maioria dos casos envolve algum tipo de dependência.
Segundo a psicóloga do programa, Daniela Buciano do Rosário, a inclusão é alta, mas o processo de permanência é baixo, principalmente por conta da dependência química.
Além disso, a maior parte não quer ficar em abrigos, para não ter que obedecer regras.
De dez inscrições realizadas todos os meses, apenas um ou dois realmente ficam no projeto.
"Trabalhamos com vidas destruídas, que não têm sentido.
Mas mostramos que vale a pena continuar", ressalta Cláudia Caldeira, técnica administrativa do programa.
Leiam sobre o projeto e relatos de pessoas assistidas aqui e aqui.
Charge - Amarildo
Esse é o momento do Brasil se mobilizar para ações efetivas. que visem reduzir os índices alarmantes de violência e criminalidade em nosso país.
A situação do Rio de Janeiro não pode voltar à "normalidade", como aconteceram outras vezes.
Devemos ficar atentos e pressionarmos para que as autoridades não recuem e desmoralizem o brilhante trabalho da polícia.
A população está abandonada à própria sorte, as pessoas das comunidades entenderam que devem confiar naqueles que estão presentes, os militares.
Os poderosos, que só enrolam com discursos e promessas, estão escondidos, talvez observando se a repercussão se manterá positiva, como tem sido, tanto da parte da imprensa, como da população.
Nesse caso, logo aparecem.
Se ocorresse um banho de sangue, como supunha o presidente fujão, seriam os primeiros a bombardear a ação dos militares.
Apesar de que, no balanço divulgado pela PM, foram registradas 37 mortes.
Isso não pode ser considerado um banho de sangue?
Mesmo assim, a sociedade organizada deve se posicionar, principalmente as ONGs que recebem fortunas do governo, e adotar imediatamente uma série de medidas para tentar resgatar muitos dos que se perderam nessa vida de drogas e criminalidade.
Há muitas iniciativas louváveis que devem ser fortalecidas e apoiadas, como o projeto Fênix.
Em Santos, SP, a possibilidade de readquirir uma vida digna, recuperar a auto-estima, o emprego e ser incluído novamente na sociedade está muito próxima das pessoas que, por qualquer razão, acabam em situação de rua.
Para atender esta parcela da população, a Prefeitura dispõe de ampla rede social, formada pelas unidades da Secretaria de Assistência Social (Seas) e pelas organizações não-governamentais conveniadas com a Administração Municipal.
Dentre os programas, destaca-se o Inclusão Cidadã- Fênix, que emprega o munícipe em uma instituição da rede, pagando-lhe um salário mínimo e oferecendo-lhe cursos de qualificação profissional e cesta básica.
Reportagem recente do jornal A Tribuna revela que o número de pessoas que aceitam ajuda ainda é reduzido se comparado a um universo de 507 moradores de rua da Cidade.
Os dados são do censo realizado pela SEAS com essa população, em maio de 2009.
Desse total, 119 estavam abrigados e 388 moravam nas ruas.
Atualmente, só 25 participam do projeto Fênix e outros 15 estão em processo de inserção.
A tentação das drogas
A grande dificuldade é conseguir manter os participantes no programa.
A maioria dos casos envolve algum tipo de dependência.
Segundo a psicóloga do programa, Daniela Buciano do Rosário, a inclusão é alta, mas o processo de permanência é baixo, principalmente por conta da dependência química.
Além disso, a maior parte não quer ficar em abrigos, para não ter que obedecer regras.
De dez inscrições realizadas todos os meses, apenas um ou dois realmente ficam no projeto.
"Trabalhamos com vidas destruídas, que não têm sentido.
Mas mostramos que vale a pena continuar", ressalta Cláudia Caldeira, técnica administrativa do programa.
Leiam sobre o projeto e relatos de pessoas assistidas aqui e aqui.
Tecnologia no combate ao crime
A Tribuna Santos
A Polícia Militar de São Paulo vai reforçar seu arsenal tecnológico para combater o crime.
Ampliação do uso da informática, recursos de transmissão de imagens em tempo real, sistemas de localização de policiais e viaturas por satélite fazem parte de projetos para dar à corporação mais poder de prevenção ao Estado de São Paulo.
Parte dos novos recursos chegará à Baixada Santista, revela o coronel Sérgio Del Bel, titular do Comando de Policiamento do Interior.
Aparelhos de GPS darão fim à sobrecarga do sistema de radiofrequência da PM.
Outra novidade: alguns oficiais de patrulhamento também receberão netbooks.
De onde estiverem, eles poderão pesquisar placas de veículos e antecedentes criminais de suspeitos.
MAIS AÇÕES
Operação Verão
Cerca de 1,5 mil policiais fortalecerão a vigilância e, além do helicóptero fixo, destinado a salvar banhistas, outros dois virão para ajudar no patrulhamento geral.
SIM Ativo
A prefeitura de Santos mantém, juntamente com a PM, o Sistema Informativo de Monitoramento por câmeras de video.
Neste ano, a polícia fez cerca de mil abordagens com base nas imagens.
A Polícia Militar de São Paulo vai reforçar seu arsenal tecnológico para combater o crime.
Ampliação do uso da informática, recursos de transmissão de imagens em tempo real, sistemas de localização de policiais e viaturas por satélite fazem parte de projetos para dar à corporação mais poder de prevenção ao Estado de São Paulo.
Parte dos novos recursos chegará à Baixada Santista, revela o coronel Sérgio Del Bel, titular do Comando de Policiamento do Interior.
Aparelhos de GPS darão fim à sobrecarga do sistema de radiofrequência da PM.
Outra novidade: alguns oficiais de patrulhamento também receberão netbooks.
De onde estiverem, eles poderão pesquisar placas de veículos e antecedentes criminais de suspeitos.
MAIS AÇÕES
Operação Verão
Cerca de 1,5 mil policiais fortalecerão a vigilância e, além do helicóptero fixo, destinado a salvar banhistas, outros dois virão para ajudar no patrulhamento geral.
SIM Ativo
A prefeitura de Santos mantém, juntamente com a PM, o Sistema Informativo de Monitoramento por câmeras de video.
Neste ano, a polícia fez cerca de mil abordagens com base nas imagens.
A responsabilidade intransferível do Indivíduo
Viciados em crack ignoram operação da força-tarefa no Castelinho
A Tribuna
Reportagem Ronaldo Abreu Vaio
Parecia um jogo de esconde-esconde, de faz de conta.
Agentes da Prefeitura e soldados da PM chegam para inibir os consumidores de crack.
Só que, duas horas depois da operação, os dependentes já estavam de volta às imediações do Castelinho – onde será a futura sede da Câmara Municipal de Santos – no bairro do Centro.
Não só estavam de volta, como consumiam a droga livremente – a não mais do que 100 metros do Palácio da Polícia.
Foi assim o segundo dia de atuação da força-tarefa conjunta da Prefeitura e PM de combate ao uso de crack.
A operação é multidisciplinar.
Da parte da Prefeitura, envolve a Guarda Municipal e a Secretaria de Assistência Social (Seas).
Mas tudo começa com a abordagem da Polícia Militar, em busca de drogas.
Se o crack é encontrado, o portador é encaminhado à delegacia, onde será enquadrado por uso ou tráfico.
Caso contrário, sai de cena a abordagem policial, entra a assistencial, ao ser oferecido aos dependentes tratamento para a recuperação.
Além do entorno do Castelinho, a força-tarefa também vai ao sopé do Morro do São Bento.
Um foragido da Justiça é preso.
No total, 15 pessoas são abordadas, mas nenhuma quer ser encaminhada a tratamento.
*****************
Mesmo com a resistência dos cidadãos que decidiram viver à margem da sociedade, sem respeito às leis e às regras de convivência, a reportagem do jornal A Tribuna de Santos informa que as estatísticas mostram criminalidade em queda na Baixada Santista.
Ao analisar só os crimes contra a vida, o comandante local vê melhoras significativas.
"De cinco anos para cá, todos os índices criminais estão caindo porque as polícias investem em inteligência e fazemos campanha para que aumentem as notificações", diz Sérgio Del Bel.
O coronel ressalta episódios ligados ao crime organizado e as manchetes que colaboram negativamente.
"Quando morre um traficante, os comparsas têm de dar notoriedade a ele.
A imprensa vai publicar seu nome."
Reação semelhante é manifestada pelo Secretário de Segurança Pública de Santos, Renato Perrenoud, que negou categoricamente qualquer agressão durante as ações da força-tarefa na região, como alegam os usuários de drogas.
"Nego categoricamente tudo isso.
E desafio a me acompanhar nessa operação pra ver que isso não acontece."
São signigficativas tanto a contundência desse grande servidor quanto a mudança de enfoque à ação policial no Rio de Janeiro, que passou de inimigo número um da população, até então envolvida pelos discursos de políticos revanchistas, ao que realmente representa o serviço de segurança pública para a sociedade, ou seja, a disposição de correr todos os riscos para proteger o cidadão e salvar vidas.
Que a midia repense e o leitor decida em quem deve acreditar.
Assim conclui a voz da realidade, representada por Renato Perrenoud, sem os artifícios daqueles que querem apenas se safar de seu compromisso com sua própria vida e a de terceiros.
"Se você quer colocar o que o bandido fala no jornal, você põe.
Se não quiser você vai comigo e faz a operação.
Agora, quer dar voz pra bandido, você põe o que quiser no jornal.
A polícia faz a abordagem, faz o porte de arma, de droga.
Nós estamos jogando limpo aqui.
Estamos fazendo uma coisa que evita o que aconteceu no Rio de Janeiro, dentro daquele processo histórico.
Estamos resgatando a autoridade, resgatando, dentro da lei, o encaminhamento deles pra tratamento.
Eles se recusam a ir e continuam consumindo drogas.
Você quer dar voz pra eles, você dá.
Nossa operação é transparente.
Pode acompanhar, independente de marcar ou não."
A Tribuna
Reportagem Ronaldo Abreu Vaio
Parecia um jogo de esconde-esconde, de faz de conta.
Agentes da Prefeitura e soldados da PM chegam para inibir os consumidores de crack.
Só que, duas horas depois da operação, os dependentes já estavam de volta às imediações do Castelinho – onde será a futura sede da Câmara Municipal de Santos – no bairro do Centro.
Não só estavam de volta, como consumiam a droga livremente – a não mais do que 100 metros do Palácio da Polícia.
Foi assim o segundo dia de atuação da força-tarefa conjunta da Prefeitura e PM de combate ao uso de crack.
A operação é multidisciplinar.
Da parte da Prefeitura, envolve a Guarda Municipal e a Secretaria de Assistência Social (Seas).
Mas tudo começa com a abordagem da Polícia Militar, em busca de drogas.
Se o crack é encontrado, o portador é encaminhado à delegacia, onde será enquadrado por uso ou tráfico.
Caso contrário, sai de cena a abordagem policial, entra a assistencial, ao ser oferecido aos dependentes tratamento para a recuperação.
Além do entorno do Castelinho, a força-tarefa também vai ao sopé do Morro do São Bento.
Um foragido da Justiça é preso.
No total, 15 pessoas são abordadas, mas nenhuma quer ser encaminhada a tratamento.
*****************
Mesmo com a resistência dos cidadãos que decidiram viver à margem da sociedade, sem respeito às leis e às regras de convivência, a reportagem do jornal A Tribuna de Santos informa que as estatísticas mostram criminalidade em queda na Baixada Santista.
Ao analisar só os crimes contra a vida, o comandante local vê melhoras significativas.
"De cinco anos para cá, todos os índices criminais estão caindo porque as polícias investem em inteligência e fazemos campanha para que aumentem as notificações", diz Sérgio Del Bel.
O coronel ressalta episódios ligados ao crime organizado e as manchetes que colaboram negativamente.
"Quando morre um traficante, os comparsas têm de dar notoriedade a ele.
A imprensa vai publicar seu nome."
Reação semelhante é manifestada pelo Secretário de Segurança Pública de Santos, Renato Perrenoud, que negou categoricamente qualquer agressão durante as ações da força-tarefa na região, como alegam os usuários de drogas.
"Nego categoricamente tudo isso.
E desafio a me acompanhar nessa operação pra ver que isso não acontece."
São signigficativas tanto a contundência desse grande servidor quanto a mudança de enfoque à ação policial no Rio de Janeiro, que passou de inimigo número um da população, até então envolvida pelos discursos de políticos revanchistas, ao que realmente representa o serviço de segurança pública para a sociedade, ou seja, a disposição de correr todos os riscos para proteger o cidadão e salvar vidas.
Que a midia repense e o leitor decida em quem deve acreditar.
Assim conclui a voz da realidade, representada por Renato Perrenoud, sem os artifícios daqueles que querem apenas se safar de seu compromisso com sua própria vida e a de terceiros.
"Se você quer colocar o que o bandido fala no jornal, você põe.
Se não quiser você vai comigo e faz a operação.
Agora, quer dar voz pra bandido, você põe o que quiser no jornal.
A polícia faz a abordagem, faz o porte de arma, de droga.
Nós estamos jogando limpo aqui.
Estamos fazendo uma coisa que evita o que aconteceu no Rio de Janeiro, dentro daquele processo histórico.
Estamos resgatando a autoridade, resgatando, dentro da lei, o encaminhamento deles pra tratamento.
Eles se recusam a ir e continuam consumindo drogas.
Você quer dar voz pra eles, você dá.
Nossa operação é transparente.
Pode acompanhar, independente de marcar ou não."
Força-tarefa contra o tráfico
A Tribuna de Santos
PM e Prefeitura realizam na região
Para tentar diminuir o avanço do tráfico e do consumo de drogas, a Prefeitura de Santos começou uma ação para combater e tentar tirar das ruas os consumidores de crack.
Nesta segunda-feira, a ação ocorreu em um terreno abandonado na Avenida Martins Fontes, no Valongo.
No local, havia 15 pessoas.
Todas eram usuárias de drogas.
De acordo com o secretário de segurança pública de Santos, coronel Renato Perrenoud, este já é o terceiro dia de trabalho em Santos.
"Nós estamos propondo encaminhamento via ação social para os órgãos de saúde.
Todos eles estão doentes e com vários problemas de ordem médica, principalmente relacionado ao consumo de crack”.
Ainda segundo Perrenoud, a situação no Valongo é bastante degradante.
“Já estamos intimando o proprietário para reocupar o imóvel para que não exista mais este tipo de problema na região”.
PM e Prefeitura realizam na região
Para tentar diminuir o avanço do tráfico e do consumo de drogas, a Prefeitura de Santos começou uma ação para combater e tentar tirar das ruas os consumidores de crack.
Nesta segunda-feira, a ação ocorreu em um terreno abandonado na Avenida Martins Fontes, no Valongo.
No local, havia 15 pessoas.
Todas eram usuárias de drogas.
De acordo com o secretário de segurança pública de Santos, coronel Renato Perrenoud, este já é o terceiro dia de trabalho em Santos.
"Nós estamos propondo encaminhamento via ação social para os órgãos de saúde.
Todos eles estão doentes e com vários problemas de ordem médica, principalmente relacionado ao consumo de crack”.
Ainda segundo Perrenoud, a situação no Valongo é bastante degradante.
“Já estamos intimando o proprietário para reocupar o imóvel para que não exista mais este tipo de problema na região”.
A Arte - grande Mestre da Sociedade que não lê!!! Salve Tropa de Elite que despertou a população à luz dos fatos
“O tráfico continua em favelas pacificadas”
A capa da VEJA desta semana traz a foto de um policial do Bope, um local, uma data e um título:
“Rio de Janeiro, 25 de novembro de 2010 - O DIA EM QUE O BRASIL COMEÇOU A VENCER O CRIME“.
A revista sempre achou que o crime tinha de ser enfrentado, e os criminosos, presos.
E saúda isso!
Não deixem de ler a reportagem de Ronaldo Soares e Roberta de Abreu Lima, acompanhada de um notável trabalho de edição.
Leiam um trecho que demonstra que se pode fazer jornalismo maiúsculo, saudando a determinação do Estado de restaurar a ordem no Rio, mas sem cair no oba-oba!
E, sobretudo, sem fugir aos fatos:
(…)
Ninguém de bom-senso discorda de que a iniciativa de libertar territórios controlados por criminosos seja um avanço e tanto.
A experiência internacional mostra que eliminar a presença de traficantes armados, que impõem suas regras na base da coerção e da violência, é o primeiro movimento a ser feito no combate ao crime organizado.
Nas colombianas Bogotá, Medellín e Cali, essa estratégia funcionou bem.
As UPPs seguiram o modelo da Colômbia, mas guardam uma diferença em relação a ele.
Nas cidades daquele país, os quartéis-generais dos chefões do tráfico foram tomados logo nas primeiras operações, a partir de 2002, e os criminosos acabaram presos.
No Rio, as principais trincheiras dos facínoras ficaram intocadas, enquanto o estado empreendia a ocupação de favelas menores e periféricas no mercado de entorpecentes.
Com isso, os chefões seguiram fazendo negócios - agora auxiliados pelos bandidos das favelas tomadas que se refugiaram em seus domínios.
Para se ter uma idéia, só no ultimo ano, o número de criminosos alojados no Complexo do Alemão triplicou.
Essa cambada perdeu o território, mas contínua a comandar o tráfico em seus antigos domínios.
O comércio passou a ser mais velado e, quem sabe, um pouco menos lucrativo.
Carregamentos de entorpecentes, que antes desembarcavam nos morros em enormes lotes à luz do dia, passaram a ingressar nas favelas ocupadas por UPPs por um exército de formigas, que transporta a droga aos poucos.
Afirmam a VEJA dois agentes do departamento de inteligência da polícia: “Sabemos que, em onze das treze favelas pacificadas, o comércio de drogas praticamente não foi afetado”.
É uma razão para explicar a falta de resistência às investidas da polícia: as ações oficiais não haviam atingido um reduto verdadeiramente lucrativo para o tráfico.
Nesse sentido, a tomada de Vila Cruzeiro, do Complexo do Alemão e, posteriormente, do Vidigal e da Rocinha dará uma visão mais realista acerca da eficiência das UPPs.
A capa da VEJA desta semana traz a foto de um policial do Bope, um local, uma data e um título:
“Rio de Janeiro, 25 de novembro de 2010 - O DIA EM QUE O BRASIL COMEÇOU A VENCER O CRIME“.
A revista sempre achou que o crime tinha de ser enfrentado, e os criminosos, presos.
E saúda isso!
Não deixem de ler a reportagem de Ronaldo Soares e Roberta de Abreu Lima, acompanhada de um notável trabalho de edição.
Leiam um trecho que demonstra que se pode fazer jornalismo maiúsculo, saudando a determinação do Estado de restaurar a ordem no Rio, mas sem cair no oba-oba!
E, sobretudo, sem fugir aos fatos:
(…)
Ninguém de bom-senso discorda de que a iniciativa de libertar territórios controlados por criminosos seja um avanço e tanto.
A experiência internacional mostra que eliminar a presença de traficantes armados, que impõem suas regras na base da coerção e da violência, é o primeiro movimento a ser feito no combate ao crime organizado.
Nas colombianas Bogotá, Medellín e Cali, essa estratégia funcionou bem.
As UPPs seguiram o modelo da Colômbia, mas guardam uma diferença em relação a ele.
Nas cidades daquele país, os quartéis-generais dos chefões do tráfico foram tomados logo nas primeiras operações, a partir de 2002, e os criminosos acabaram presos.
No Rio, as principais trincheiras dos facínoras ficaram intocadas, enquanto o estado empreendia a ocupação de favelas menores e periféricas no mercado de entorpecentes.
Com isso, os chefões seguiram fazendo negócios - agora auxiliados pelos bandidos das favelas tomadas que se refugiaram em seus domínios.
Para se ter uma idéia, só no ultimo ano, o número de criminosos alojados no Complexo do Alemão triplicou.
Essa cambada perdeu o território, mas contínua a comandar o tráfico em seus antigos domínios.
O comércio passou a ser mais velado e, quem sabe, um pouco menos lucrativo.
Carregamentos de entorpecentes, que antes desembarcavam nos morros em enormes lotes à luz do dia, passaram a ingressar nas favelas ocupadas por UPPs por um exército de formigas, que transporta a droga aos poucos.
Afirmam a VEJA dois agentes do departamento de inteligência da polícia: “Sabemos que, em onze das treze favelas pacificadas, o comércio de drogas praticamente não foi afetado”.
É uma razão para explicar a falta de resistência às investidas da polícia: as ações oficiais não haviam atingido um reduto verdadeiramente lucrativo para o tráfico.
Nesse sentido, a tomada de Vila Cruzeiro, do Complexo do Alemão e, posteriormente, do Vidigal e da Rocinha dará uma visão mais realista acerca da eficiência das UPPs.
Perigo à vista: o ministro Mantega teve mais uma idéia
Leia editorial do Estadão na íntegra aqui:
Perigo à vista: o ministro Guido Mantega teve mais uma ideia.
Agora ele propõe uma trapalhada para o próximo governo - usar um índice especial de inflação para baixar os juros mais velozmente.
e essa lambança for executada, as metas oficiais serão desmoralizadas, como ocorreu na Argentina, o combate à inflação será relaxado e toda a estratégia dos próximos quatro anos poderá ser prejudicada.
A ideia é adotar um IPCA sem combustíveis e sem alimentos para servir de referência para a meta de inflação e para a política de juros.
No Brasil, a maior parte dos preços flutua livremente.
Uma alta sazonal ou acidental é compensada num prazo razoável por uma queda.
Mas é perigoso apostar, sempre, no recuo dos preços de alimentos e de combustíveis.
Pode haver longos períodos de alta, não apenas em consequência de mudanças nas condições de produção e de consumo, mas também de alterações financeiras.
Núcleos de inflação podem dar informações importantes, quando avaliados com discernimento.
Mas concentrar a atenção em dados como esses pode levar a resultados desastrosos.
O exemplo mais evidente é o erro cometido pelo Federal Reserve, o banco central americano, ao manter os juros muito baixos por muito tempo.
Os condutores da política levaram em conta um número muito restrito de preços, quando deveriam ter dado importância à especulação nos mercados de commodities.
Da mesma forma, deveriam ter estado atentos à formação da enorme bolha no setor imobiliário.
O ministro Mantega parece não ter percebido ou interpretado corretamente esses fatos.
Para produzir uma boa política monetária e financeira é preciso levar em conta um número maior - e não menor - de informações.
Não é bom por apresentar menos informações, mas por enriquecer o conjunto.
Além disso, as pessoas pagam os preços da inflação cheia, não da expurgada, e um persistente erro de avaliação pode causar muito mal, especialmente aos pobres.
O ministro Mantega tem um longo currículo de trapalhadas e de mágicas desastrosas.
Ele tem exercido o seu talento principalmente na tentativa de maquiar as contas do governo e, de um modo especial, o endividamento público.
Se cuidasse melhor da política fiscal, contendo a gastança e preservando o Tesouro de operações promíscuas de financiamento, a economia seria mais saudável e seria mais fácil baixar os juros.
Perigo à vista: o ministro Guido Mantega teve mais uma ideia.
Agora ele propõe uma trapalhada para o próximo governo - usar um índice especial de inflação para baixar os juros mais velozmente.
e essa lambança for executada, as metas oficiais serão desmoralizadas, como ocorreu na Argentina, o combate à inflação será relaxado e toda a estratégia dos próximos quatro anos poderá ser prejudicada.
A ideia é adotar um IPCA sem combustíveis e sem alimentos para servir de referência para a meta de inflação e para a política de juros.
No Brasil, a maior parte dos preços flutua livremente.
Uma alta sazonal ou acidental é compensada num prazo razoável por uma queda.
Mas é perigoso apostar, sempre, no recuo dos preços de alimentos e de combustíveis.
Pode haver longos períodos de alta, não apenas em consequência de mudanças nas condições de produção e de consumo, mas também de alterações financeiras.
Núcleos de inflação podem dar informações importantes, quando avaliados com discernimento.
Mas concentrar a atenção em dados como esses pode levar a resultados desastrosos.
O exemplo mais evidente é o erro cometido pelo Federal Reserve, o banco central americano, ao manter os juros muito baixos por muito tempo.
Os condutores da política levaram em conta um número muito restrito de preços, quando deveriam ter dado importância à especulação nos mercados de commodities.
Da mesma forma, deveriam ter estado atentos à formação da enorme bolha no setor imobiliário.
O ministro Mantega parece não ter percebido ou interpretado corretamente esses fatos.
Para produzir uma boa política monetária e financeira é preciso levar em conta um número maior - e não menor - de informações.
Não é bom por apresentar menos informações, mas por enriquecer o conjunto.
Além disso, as pessoas pagam os preços da inflação cheia, não da expurgada, e um persistente erro de avaliação pode causar muito mal, especialmente aos pobres.
O ministro Mantega tem um longo currículo de trapalhadas e de mágicas desastrosas.
Ele tem exercido o seu talento principalmente na tentativa de maquiar as contas do governo e, de um modo especial, o endividamento público.
Se cuidasse melhor da política fiscal, contendo a gastança e preservando o Tesouro de operações promíscuas de financiamento, a economia seria mais saudável e seria mais fácil baixar os juros.
Bancos calculam o real superávit, sem os "truques" do governo
Bancos já têm cálculo próprio de superávit primário
Uso pelo governo de manobras contábeis, leva instituições como Santander e Itaú a estimar o indicador eliminando truques
Fernando Dantas / RIO - O Estado de São Paulo
Com as diversas manobras contábeis que alteraram o cálculo do superávit primário nos últimos dois anos, o mercado financeiro partiu para fazer estimativas próprias do indicador, que buscam eliminar os truques que fazem o resultado parecer melhor do que de fato é.
"Há uma deterioração institucional, que considero mais grave do que a política fiscal ter sido afrouxada, porque se perdeu o norte e hoje ninguém sabe o que é o superávit primário", diz Alexandre Schwartsman, economista-chefe do Santander, e ex-diretor do Banco Central (BC).
O superávit fiscal primário é a diferença entre as receitas e as despesas do governo, descontando o pagamento de juros.
Ele é usado para pagar os juros da dívida pública, caso haja déficit nominal (que inclui os juros).
Se houver superávit nominal, o primário contribui para reduzir a dívida em termos absolutos.
Há dois tipos de interferência do governo, nos últimos anos, nas metas de superávit primário.
No primeiro caso, as medidas mais relevantes foram as de retirar os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e as contas da Petrobrás e da Eletrobrás do cálculo do indicador.
Simplificadamente, é como se os investimentos do PAC e das duas estatais não fossem contabilizados como despesas primárias.
O segundo tipo é o que mais recebeu críticas, e consiste em complexas manobras contábeis que, na maior parte das vezes, acrescentam receitas primárias no cálculo do superávit que são, no mínimo, discutíveis.
A mais atacada de todas essas operações foi a venda de direitos a barris futuros de petróleo da União para a Petrobrás, que aumentou em R$ 32 bilhões as receitas primárias em setembro.
"Acho que essa operação foi ruim para o governo, e eles devem estar arrependidos", diz Samuel Pessôa, economista do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV) no Rio.
"Eles criaram artifícios como o da Petrobrás para tentar chegar lá; o problema é que houve perda de credibilidade, e se acha que no ano que vem vai ter algo parecido", acrescenta Pessôa.
Mais aqui.
Uso pelo governo de manobras contábeis, leva instituições como Santander e Itaú a estimar o indicador eliminando truques
Fernando Dantas / RIO - O Estado de São Paulo
Com as diversas manobras contábeis que alteraram o cálculo do superávit primário nos últimos dois anos, o mercado financeiro partiu para fazer estimativas próprias do indicador, que buscam eliminar os truques que fazem o resultado parecer melhor do que de fato é.
"Há uma deterioração institucional, que considero mais grave do que a política fiscal ter sido afrouxada, porque se perdeu o norte e hoje ninguém sabe o que é o superávit primário", diz Alexandre Schwartsman, economista-chefe do Santander, e ex-diretor do Banco Central (BC).
O superávit fiscal primário é a diferença entre as receitas e as despesas do governo, descontando o pagamento de juros.
Ele é usado para pagar os juros da dívida pública, caso haja déficit nominal (que inclui os juros).
Se houver superávit nominal, o primário contribui para reduzir a dívida em termos absolutos.
Há dois tipos de interferência do governo, nos últimos anos, nas metas de superávit primário.
No primeiro caso, as medidas mais relevantes foram as de retirar os investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e as contas da Petrobrás e da Eletrobrás do cálculo do indicador.
Simplificadamente, é como se os investimentos do PAC e das duas estatais não fossem contabilizados como despesas primárias.
O segundo tipo é o que mais recebeu críticas, e consiste em complexas manobras contábeis que, na maior parte das vezes, acrescentam receitas primárias no cálculo do superávit que são, no mínimo, discutíveis.
A mais atacada de todas essas operações foi a venda de direitos a barris futuros de petróleo da União para a Petrobrás, que aumentou em R$ 32 bilhões as receitas primárias em setembro.
"Acho que essa operação foi ruim para o governo, e eles devem estar arrependidos", diz Samuel Pessôa, economista do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV) no Rio.
"Eles criaram artifícios como o da Petrobrás para tentar chegar lá; o problema é que houve perda de credibilidade, e se acha que no ano que vem vai ter algo parecido", acrescenta Pessôa.
Mais aqui.
Por meio bilhão, vem aí o Aerodilma
Da Folha de São Paulo:
Sem alarde para evitar a repetição da polêmica que envolveu a compra do Aerolula, o governo negocia a aquisição de um avião maior e mais caro que poderá servir à presidente eleita, Dilma Rousseff, e a seus sucessores.
O Aerodilma, caso seja adquirido mesmo com o cenário de contenção de gastos do governo, deverá ser um aparelho europeu da Airbus -um modelo de reabastecimento aéreo A330-MRTT, equipado com área VIP presidencial e assentos normais.
O avião custa até cinco vezes os US$ 56,7 milhões (R$ 98 milhões na sexta-feira) pagos em 2005 pelo Aerolula, um Airbus-A319 em versão executiva.
Justificar tal despesa seria complicado, como foi em 2005, e seria fonte certa de desgaste para Dilma.
Sem alarde para evitar a repetição da polêmica que envolveu a compra do Aerolula, o governo negocia a aquisição de um avião maior e mais caro que poderá servir à presidente eleita, Dilma Rousseff, e a seus sucessores.
O Aerodilma, caso seja adquirido mesmo com o cenário de contenção de gastos do governo, deverá ser um aparelho europeu da Airbus -um modelo de reabastecimento aéreo A330-MRTT, equipado com área VIP presidencial e assentos normais.
O avião custa até cinco vezes os US$ 56,7 milhões (R$ 98 milhões na sexta-feira) pagos em 2005 pelo Aerolula, um Airbus-A319 em versão executiva.
Justificar tal despesa seria complicado, como foi em 2005, e seria fonte certa de desgaste para Dilma.
O Rio de Janeiro pega fogo. Cadê a Dilma?
Por Lauro Jardim
Praticamente um mês já se passou depois do seu triunfo eleitoral e Dilma Rousseff continua meio sumida.
Às voltas com a delicada costura para a montagem do seu ministério, praticamente não apareceu em público nestes 28 dias.
A última vez que mostrou a cara e falou em público foi há nove dias, num evento do PT.
O Rio de Janeiro está pegando fogo e de Dilma não se ouviu nada sobre o assunto — somente um vago “Sérgio Cabral tem o apoio da presidente”, dito por um assessor.
O.k., Lula ainda é o presidente.
Mas parece evidente que era a hora apropriada para começar a passagem de bastão:
Dilma deveria, sim, estar botando a cara na TV pontuando assuntos urgentes como o da guerra carioca.
Até porque o brasileiro quer ouvir da presidente recém-eleita suas opiniões sobre temas reais — algo que a campanha muitas vezes não permitiu.
Esse quase sumiço de Dilma desde que se elegeu levanta suspeitas sobre o seu estilo de governar.
Alguns aliados temem que Dilma que, de modo explícito, detestou a experiência de fazer campanha, tendo que se expor diariamente, tente governar para dentro.
O receio dos aliados é que se enfurnar no Palácio do Planalto, dando pouca importância ao simbólico das aparições públicas (sempre seguidas de declarações), afete sua popularidade.
Ainda é cedo para cravar o estilo Dilma de governar.
Mas os primeiros 28 dias depois de eleita só ajudaram a aumentar as evidências de que ela não é afeita à exposição à luz.
Praticamente um mês já se passou depois do seu triunfo eleitoral e Dilma Rousseff continua meio sumida.
Às voltas com a delicada costura para a montagem do seu ministério, praticamente não apareceu em público nestes 28 dias.
A última vez que mostrou a cara e falou em público foi há nove dias, num evento do PT.
O Rio de Janeiro está pegando fogo e de Dilma não se ouviu nada sobre o assunto — somente um vago “Sérgio Cabral tem o apoio da presidente”, dito por um assessor.
O.k., Lula ainda é o presidente.
Mas parece evidente que era a hora apropriada para começar a passagem de bastão:
Dilma deveria, sim, estar botando a cara na TV pontuando assuntos urgentes como o da guerra carioca.
Até porque o brasileiro quer ouvir da presidente recém-eleita suas opiniões sobre temas reais — algo que a campanha muitas vezes não permitiu.
Esse quase sumiço de Dilma desde que se elegeu levanta suspeitas sobre o seu estilo de governar.
Alguns aliados temem que Dilma que, de modo explícito, detestou a experiência de fazer campanha, tendo que se expor diariamente, tente governar para dentro.
O receio dos aliados é que se enfurnar no Palácio do Planalto, dando pouca importância ao simbólico das aparições públicas (sempre seguidas de declarações), afete sua popularidade.
Ainda é cedo para cravar o estilo Dilma de governar.
Mas os primeiros 28 dias depois de eleita só ajudaram a aumentar as evidências de que ela não é afeita à exposição à luz.
Coordenador do Dossiê contra Serra será o quinto "porquinho".
Fernando Pimentel, coordenador do Dossiê contra Serra, que incluiu a quebra de sigilo da sua família, já foi convidado para ser ministro do governo da sua companheira de guerrilha, Dilma Rousseff.
Não se sabe em qual ministério, mas tanto pode ser o da Previdência quanto o de Comércio Exterior.
O certo é que será o quinto "porquinho", por relevantes serviços prestados à vara durante a campanha eleitoral.
Informação do Coturno.
Não se sabe em qual ministério, mas tanto pode ser o da Previdência quanto o de Comércio Exterior.
O certo é que será o quinto "porquinho", por relevantes serviços prestados à vara durante a campanha eleitoral.
Informação do Coturno.
Esquerda quer (en)cobrir fraude na escola de formação de guerrilheiros do MST.
Da Folha de São Paulo:
Uma campanha se espalhou entre movimentos sociais e entidades ligadas a grupos de esquerda, sindicatos e universidades para contornar a crise da Escola Nacional Florestan Fernandes.
A escola do MST, alcunha que a direção da entidade rejeita, foi criada em 2005 em Guararema (SP).
Custou cerca de R$ 3,5 milhões, financiados pela União Europeia, pelo MST e pelas ONGs cristãs Caritas (Alemanha) e Frères Des Hommes (França).
Houve campanhas com apoio de Chico Buarque, José Saramago e Sebastião Salgado.
Em cinco anos, quase 20 mil pessoas passaram pelos cursos e eventos na entidade.
Recentemente, a escola ganhou visibilidade quando, em viagem ao Brasil, o ator Benicio Del Toro a visitou e usou um boné do MST.
Agora, segundo mensagem na internet, a escola corre o risco de fechar.
Um grupo vem fazendo campanhas de doações para manter a estrutura funcionando.
No texto, a Associação dos Amigos da Escola Nacional Florestan Fernandes não indica a razão da crise, mas aponta um "estrangulamento" do MST.
No próximo sábado, a associação promoverá uma visita coletiva para explicar o projeto e arregimentar colaboradores.
A Folha tentou falar com a direção da escola e da associação, mas ninguém quis comentar a crise.
Sucessivas decisões do Tribunal de Contas da União vêm bloqueando repasses a ONGs e cooperativas dirigidas pelo MST.
Em 28 de setembro, o TCU condenou a Associação Nacional de Cooperação Agrícola a devolver R$ 3,42 milhões por conta de suposto desvio de recursos.
O dinheiro deveria ser usado para capacitar cerca de 30 mil jovens e adultos, mas, segundo o TCU, não foi o que ocorreu.
Parte do dinheiro (R$ 159 mil) foi usado para financiar um evento na escola.
Uma campanha se espalhou entre movimentos sociais e entidades ligadas a grupos de esquerda, sindicatos e universidades para contornar a crise da Escola Nacional Florestan Fernandes.
A escola do MST, alcunha que a direção da entidade rejeita, foi criada em 2005 em Guararema (SP).
Custou cerca de R$ 3,5 milhões, financiados pela União Europeia, pelo MST e pelas ONGs cristãs Caritas (Alemanha) e Frères Des Hommes (França).
Houve campanhas com apoio de Chico Buarque, José Saramago e Sebastião Salgado.
Em cinco anos, quase 20 mil pessoas passaram pelos cursos e eventos na entidade.
Recentemente, a escola ganhou visibilidade quando, em viagem ao Brasil, o ator Benicio Del Toro a visitou e usou um boné do MST.
Agora, segundo mensagem na internet, a escola corre o risco de fechar.
Um grupo vem fazendo campanhas de doações para manter a estrutura funcionando.
No texto, a Associação dos Amigos da Escola Nacional Florestan Fernandes não indica a razão da crise, mas aponta um "estrangulamento" do MST.
No próximo sábado, a associação promoverá uma visita coletiva para explicar o projeto e arregimentar colaboradores.
A Folha tentou falar com a direção da escola e da associação, mas ninguém quis comentar a crise.
Sucessivas decisões do Tribunal de Contas da União vêm bloqueando repasses a ONGs e cooperativas dirigidas pelo MST.
Em 28 de setembro, o TCU condenou a Associação Nacional de Cooperação Agrícola a devolver R$ 3,42 milhões por conta de suposto desvio de recursos.
O dinheiro deveria ser usado para capacitar cerca de 30 mil jovens e adultos, mas, segundo o TCU, não foi o que ocorreu.
Parte do dinheiro (R$ 159 mil) foi usado para financiar um evento na escola.
O estelionato da fome zero.
Na tentativa de minimizar um dado grave, gravíssimo, vergonhoso, criminoso, que só aparece depois das eleições, um petralha do Ministério do do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, tenta justificar dizendo que o Brasil ter quase 12 milhões de brasileiros famintos, em insegurança alimentar,é um problema que aparece até mesmo nos Estados Unidos, mas que estamos muito melhor do que o México.
A pergunta é: e nós com isso?
O Lula e a Dilma não passaram toda a campanha eleitoral dizendo que tiraram 30 milhões da miséria?
Como é que agora são apenas 3,7 milhões que deixaram de passar fome nos últimos 5 anos?
Leiam com atenção a matéria do Estadão aqui.
A pergunta é: e nós com isso?
O Lula e a Dilma não passaram toda a campanha eleitoral dizendo que tiraram 30 milhões da miséria?
Como é que agora são apenas 3,7 milhões que deixaram de passar fome nos últimos 5 anos?
Leiam com atenção a matéria do Estadão aqui.
domingo, 28 de novembro de 2010
O CIDADÃO em primeiro lugar
Moradores abandonam casas no Complexo do Alemão
Foto: / Marcelo Piu - O Globo
Ana Cláudia Costa, Gustavo Goulart e Renata Leite, O Globo
Logo após o ultimato do coronel Mário Sérgio Duarte, comandante geral da Polícia Militar, dezenas de moradores do Complexo do Alemão abandonaram [ontem] suas casas, com medo da guerra.
O temor de que traficantes enfrentassem policiais e militares era tanto que muita gente deixou as favelas com a roupa do corpo, levando filhos, netos e outros parentes.
Irene, mãe de três filhos, entre eles duas gêmeas de 7 anos, contou que traficantes estavam invadindo casas de moradores.
- Não tem como eu ficar mais em casa com meus filhos. Estou indo para a casa da minha mãe em Magé. Os bandidos estão invadindo as casas e os moradores vão para a rua - contou a mulher, caminhando apressada com a família pela Avenida Itararé.
*********************************
"_Eles [traficantes] voltam num veneno ainda maior.
Vão atrás de quem ficou rindo e de quem não os ajudou." ”
De um morador da Vila Cruzeiro, temeroso que a ocupação seja apenas temporária
O secretário de Segurança Pública está firme no seu propósito, faz o que deveria ter feito há muito tempo, exatamente o que fazem as autoridades paulistas, tão criticadas nos dicursos de adversários políticos.
A cidade de São Paulo, a mais populosa da América Latina e de todo o Hemisfério Sul, sente o efeito do trabalho realizado pela Polícia Comunitária, que já reduziu em 70% os índices de criminalidade nos últimos anos, com excelentes resultados especialmente na capital paulista.
A brilhante ação policial e militar no Rio de Janeiro não pode permitir recuos ou acordos com criminosos, muito menos deixar-se intimidar pelas críticas de defensores dos direitos humanos, que começam a aparecer.
Provavelmente, esses ilustres defensores de criminosos logo ocuparão os espaços da midia, que teima em ignorar as manifestações de apoio da população em geral e até dos senadores, por exemplo, como podemos acompanhar diariamente pela TV Senado.
Não há como comparar as limitações dos Congressistas com a omissão do presidente da República que, para preservar o efeito teflon, foge de suas responsabilidades e depois reclama de quem tem atitude.
JÁ ESTÁ NA HORA DO CIDADÃO HONESTO TER PRIORIDADE.
SE NÃO É POR INICIATIVA DO GOVERNO, QUE SEJA PELA PRESSÃO DA SOCIEDADE.
Foto: / Marcelo Piu - O Globo
Ana Cláudia Costa, Gustavo Goulart e Renata Leite, O Globo
Logo após o ultimato do coronel Mário Sérgio Duarte, comandante geral da Polícia Militar, dezenas de moradores do Complexo do Alemão abandonaram [ontem] suas casas, com medo da guerra.
O temor de que traficantes enfrentassem policiais e militares era tanto que muita gente deixou as favelas com a roupa do corpo, levando filhos, netos e outros parentes.
Irene, mãe de três filhos, entre eles duas gêmeas de 7 anos, contou que traficantes estavam invadindo casas de moradores.
- Não tem como eu ficar mais em casa com meus filhos. Estou indo para a casa da minha mãe em Magé. Os bandidos estão invadindo as casas e os moradores vão para a rua - contou a mulher, caminhando apressada com a família pela Avenida Itararé.
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"_Eles [traficantes] voltam num veneno ainda maior.
Vão atrás de quem ficou rindo e de quem não os ajudou." ”
De um morador da Vila Cruzeiro, temeroso que a ocupação seja apenas temporária
O secretário de Segurança Pública está firme no seu propósito, faz o que deveria ter feito há muito tempo, exatamente o que fazem as autoridades paulistas, tão criticadas nos dicursos de adversários políticos.
A cidade de São Paulo, a mais populosa da América Latina e de todo o Hemisfério Sul, sente o efeito do trabalho realizado pela Polícia Comunitária, que já reduziu em 70% os índices de criminalidade nos últimos anos, com excelentes resultados especialmente na capital paulista.
A brilhante ação policial e militar no Rio de Janeiro não pode permitir recuos ou acordos com criminosos, muito menos deixar-se intimidar pelas críticas de defensores dos direitos humanos, que começam a aparecer.
Provavelmente, esses ilustres defensores de criminosos logo ocuparão os espaços da midia, que teima em ignorar as manifestações de apoio da população em geral e até dos senadores, por exemplo, como podemos acompanhar diariamente pela TV Senado.
Não há como comparar as limitações dos Congressistas com a omissão do presidente da República que, para preservar o efeito teflon, foge de suas responsabilidades e depois reclama de quem tem atitude.
JÁ ESTÁ NA HORA DO CIDADÃO HONESTO TER PRIORIDADE.
SE NÃO É POR INICIATIVA DO GOVERNO, QUE SEJA PELA PRESSÃO DA SOCIEDADE.
A FARRA continua
7 mil funcionários poderão ser nomeados sem concurso
De acordo com levantamento do 'Estado', salários podem consumir cerca de R$ 34 milhões por mês
Daniel Bramatti, Estadão.com
Se existisse uma cidade chamada Cargolândia, habitada por ocupantes de cargos de livre nomeação à disposição do governo Dilma Rousseff, ela teria cerca de 7 mil moradores, população superior à de 1.967 municípios brasileiros.
Durante a campanha presidencial, o tucano José Serra atacou em diversos momentos o loteamento político da administração federal - em debate com a adversária Dilma, citou o número de 21 mil cargos, "a maior parte voltada a partido, a companheiro".
Levantamento feito pelo Estado, porém, revela que são pouco mais de 7.060 os funcionários que os futuros ministros poderão nomear sem a necessidade de concursos públicos.
Se todos esses cargos forem ocupados, os salários consumirão cerca de R$ 34 milhões por mês dos cofres públicos.
O número citado por Serra é o total dos chamados DAS, cargos comissionados exercidos por quem tem função de chefia ou direção e pela elite dos assessores de ministros e secretários.
De acordo com levantamento do 'Estado', salários podem consumir cerca de R$ 34 milhões por mês
Daniel Bramatti, Estadão.com
Se existisse uma cidade chamada Cargolândia, habitada por ocupantes de cargos de livre nomeação à disposição do governo Dilma Rousseff, ela teria cerca de 7 mil moradores, população superior à de 1.967 municípios brasileiros.
Durante a campanha presidencial, o tucano José Serra atacou em diversos momentos o loteamento político da administração federal - em debate com a adversária Dilma, citou o número de 21 mil cargos, "a maior parte voltada a partido, a companheiro".
Levantamento feito pelo Estado, porém, revela que são pouco mais de 7.060 os funcionários que os futuros ministros poderão nomear sem a necessidade de concursos públicos.
Se todos esses cargos forem ocupados, os salários consumirão cerca de R$ 34 milhões por mês dos cofres públicos.
O número citado por Serra é o total dos chamados DAS, cargos comissionados exercidos por quem tem função de chefia ou direção e pela elite dos assessores de ministros e secretários.
Exemplo aos que só criticam - o momento é para integrar ações
Rio: AfroReggae quis negociar rendição de bandidos
O coordenador do AfroReagae, José Júnior (no Centro), tentou, sem sucesso, negociar a rendição dos traficantes.
Ele foi acompanhado por cinco pessoas, entre elas, o pastor Rogério Menezes e o presidente da Associação de Moradores da Grota, Wagner Bororo.
Foto: / Fabio Rossi - O Globo
Isabela Bastos, O Globo
A invasão iminente do Complexo do Alemão já tinha sido anunciada pelo comandante da PM, coronel Mário Sérgio Duarte, que lançara pela manhã um aviso aos traficantes de que a hora de se render era aquela.
Nos acessos às favelas, policiais e viaturas se posicionavam, quando o coordenador-executivo do AfroReggae, José Júnior, chegou à comunidade, pouco antes das 14h.
Acompanhado de cinco pessoas, entre elas o pastor Rogério Menezes e o presidente da Associação de Moradores da Grota, Wagner Bororo, e vestindo a camisa do AfroReggae, Júnior entrou no complexo de favelas disposto a tentar a rendição dos bandidos.
O desenrolar das negociações - que se revelariam infrutíferas - pode ser acompanhado em parte pelo perfil de Junior no Twitter.
O coordenador da ONG justificou a medida, dizendo que tinha ido ao Alemão por conta própria e agradeceu mensagens de apoio recebidas e afirmou que estava bem de saúde.
"Tô com o pastor Rogério, Chechena, JB, Cristiano, Bororo e equipe. Viemos por livre e espontânea vontade. Todos os riscos são da nossa responsabilidade. Obrigado pelas mensagens. Tô bem", escreveu o coordenador do AfroReggae.
O coordenador do AfroReagae, José Júnior (no Centro), tentou, sem sucesso, negociar a rendição dos traficantes.
Ele foi acompanhado por cinco pessoas, entre elas, o pastor Rogério Menezes e o presidente da Associação de Moradores da Grota, Wagner Bororo.
Foto: / Fabio Rossi - O Globo
Isabela Bastos, O Globo
A invasão iminente do Complexo do Alemão já tinha sido anunciada pelo comandante da PM, coronel Mário Sérgio Duarte, que lançara pela manhã um aviso aos traficantes de que a hora de se render era aquela.
Nos acessos às favelas, policiais e viaturas se posicionavam, quando o coordenador-executivo do AfroReggae, José Júnior, chegou à comunidade, pouco antes das 14h.
Acompanhado de cinco pessoas, entre elas o pastor Rogério Menezes e o presidente da Associação de Moradores da Grota, Wagner Bororo, e vestindo a camisa do AfroReggae, Júnior entrou no complexo de favelas disposto a tentar a rendição dos bandidos.
O desenrolar das negociações - que se revelariam infrutíferas - pode ser acompanhado em parte pelo perfil de Junior no Twitter.
O coordenador da ONG justificou a medida, dizendo que tinha ido ao Alemão por conta própria e agradeceu mensagens de apoio recebidas e afirmou que estava bem de saúde.
"Tô com o pastor Rogério, Chechena, JB, Cristiano, Bororo e equipe. Viemos por livre e espontânea vontade. Todos os riscos são da nossa responsabilidade. Obrigado pelas mensagens. Tô bem", escreveu o coordenador do AfroReggae.
Samba do Rei Momo
Nem só de CPMF faz-se o interesse dos aliados pelo Ministério da Saúde, disputadíssimo na montagem do futuro governo de Dilma.
Conta a “Folha” que a pasta também tem uma gorda conta de propaganda: pouco mais de 10% do R$ 1,1 bilhão previsto para o governo gastar no próximo ano.
E a gastança, pelo visto, vai mal, com suspeitas de que a maior licitação de publicidade deste ano, para escolher as agências a serem contratadas pela pasta, tem fraude.
A seleção seguiu as novas normas sancionadas por Lula que, como nas escolas de samba, dão notas a quesitos pré-definidos.
Parte destes quesitos é julgada às cegas, sem que o julgador saiba que agência apresentou que proposta.
No final, os quesitos cegos são somados às notas dadas para cada uma das agências de propaganda quando já identificadas.
E aí mora o problema na licitação de uma conta de R$ 120 milhões: na hora de somar, as notas “cegas” foram modificadas.
Essa história pode dar samba, mas duvido que este enredo vá para a avenida.
No blog do Jefferson.
Conta a “Folha” que a pasta também tem uma gorda conta de propaganda: pouco mais de 10% do R$ 1,1 bilhão previsto para o governo gastar no próximo ano.
E a gastança, pelo visto, vai mal, com suspeitas de que a maior licitação de publicidade deste ano, para escolher as agências a serem contratadas pela pasta, tem fraude.
A seleção seguiu as novas normas sancionadas por Lula que, como nas escolas de samba, dão notas a quesitos pré-definidos.
Parte destes quesitos é julgada às cegas, sem que o julgador saiba que agência apresentou que proposta.
No final, os quesitos cegos são somados às notas dadas para cada uma das agências de propaganda quando já identificadas.
E aí mora o problema na licitação de uma conta de R$ 120 milhões: na hora de somar, as notas “cegas” foram modificadas.
Essa história pode dar samba, mas duvido que este enredo vá para a avenida.
No blog do Jefferson.
Muito longe da guerra do Rio
Por Mary Zaidan - jornalista, trabalhou nos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo, em Brasília.
No quarto dia da guerra do Rio, enquanto ônibus, vans e vidas ardiam em chamas, a presidente eleita Dilma Rousseff discutia a conveniência de dividir o Ministério das Cidades em dois – Habitação e Saneamento - e assim fatiar melhor o bolo entre o PT e os partidos aliados, cada um mais guloso que o outro.
Também alheio às mortes e ao caos nas ruas da cidade maravilhosa, o presidente Lula dedicava-se ao convescote com blogueiros chapa branca que se auto-intitulam “progressistas”. Ali, Lula falou o que queria, e sem contestação: perseguições que sofre da ‘velha mídia’, relações com o Irã, “a farsa do mensalão”.
Tudo, menos do terror que se espalhou no estado que conferiu mais de 60% dos votos à sua pupila. Votos creditados, antes de tudo, ao sucesso das UPPs.
No mesmo dia, a Câmara dos Deputados cumpria mais um ponto do seu dever de casa: a aprovação, pelas comissões técnicas, da criação de 90 novos cargos sem concurso para a Presidência da República, com gastos anuais estimados em R$ 7,6 milhões.
Um contraponto frontal às garantias de austeridade fiscal que, simultaneamente, eram asseguradas pelo triunvirato que regerá a economia do país a partir de janeiro de 2011.
O PROJETO É DE INICIATIVA DO PRESIDENTE LULA, e está agora na Comissão de Constituição e Justiça.
Se passar por lá, dispensará a votação em plenário.
Nem mesmo os bandidos descamisados e com metralhadoras nos ombros fugindo em direção ao Complexo do Alemão, cenas que na quinta-feira correram o mundo, foram capazes de desviar o foco daqueles que só pensam em si, em seu quinhão.
Enquanto gente de todos os cantos do país não desgrudava os olhos da telinha da TV, o Senado discutia a proibição de pesquisas eleitorais em um determinado prazo antes das eleições, a fim de não contaminar o pleito.
Enquanto os veículos de comunicação e as redes sociais alimentavam um círculo de solidariedade aos cariocas e até às autoridades do Rio, o que é raríssimo, voz alguma de Brasília dizia uma só palavra.
Nem Lula, nem os presidentes do Senado, da Câmara, dos partidos.
Nem governadores de outros estados.
Dilma telefonou para o governador Sérgio Cabral, ainda que no quinto dia de tiroteios, vandalismo e violência.
Já Lula, só falou provocado por jornalistas que cobriam a reunião da Unasul, na Guiana, na sexta-feira.
A batalha do Rio é seriíssima.
Desafia os mais renomados especialistas.
Não tem solução única, muito menos em curto prazo.
O secretário de Segurança Pública José Mariano Beltrame tem demonstrado vigor, não se deixando abater diante do necessário confronto, por mais grave que ele possa ser.
Conta ainda com o apoio das Forças Armadas que, como disse o ministro da Defesa Nelson Jobim, não fazem mais do que sua obrigação, até porque a segurança nacional está sob ameaça.
Mas há os que insistem na omissão ou na distância estratégica.
Quer queiram, quer não, dão margem a todo tipo de elucubração, incluindo as menos republicanas.
No mínimo, denunciam oportunismos.
Lula e Dilma fizeram da segurança do Rio cartão postal da eleição.
Durante a campanha não saíam da cidade.
Até por gratidão, deveriam estimular o povo que maciçamente lhes deu crédito e votos, devolvendo-lhe pelo menos presença e solidariedade.
Deveriam vir a público, falar com o Rio e com o país.
Palavras, ditas nas horas certas, bem sabe o presidente Lula, têm mais força do que metralhadoras.
A falta delas em certas horas pode derrotar um governante.
Ainda que Lula se acredite invencível e eterno.
No quarto dia da guerra do Rio, enquanto ônibus, vans e vidas ardiam em chamas, a presidente eleita Dilma Rousseff discutia a conveniência de dividir o Ministério das Cidades em dois – Habitação e Saneamento - e assim fatiar melhor o bolo entre o PT e os partidos aliados, cada um mais guloso que o outro.
Também alheio às mortes e ao caos nas ruas da cidade maravilhosa, o presidente Lula dedicava-se ao convescote com blogueiros chapa branca que se auto-intitulam “progressistas”. Ali, Lula falou o que queria, e sem contestação: perseguições que sofre da ‘velha mídia’, relações com o Irã, “a farsa do mensalão”.
Tudo, menos do terror que se espalhou no estado que conferiu mais de 60% dos votos à sua pupila. Votos creditados, antes de tudo, ao sucesso das UPPs.
No mesmo dia, a Câmara dos Deputados cumpria mais um ponto do seu dever de casa: a aprovação, pelas comissões técnicas, da criação de 90 novos cargos sem concurso para a Presidência da República, com gastos anuais estimados em R$ 7,6 milhões.
Um contraponto frontal às garantias de austeridade fiscal que, simultaneamente, eram asseguradas pelo triunvirato que regerá a economia do país a partir de janeiro de 2011.
O PROJETO É DE INICIATIVA DO PRESIDENTE LULA, e está agora na Comissão de Constituição e Justiça.
Se passar por lá, dispensará a votação em plenário.
Nem mesmo os bandidos descamisados e com metralhadoras nos ombros fugindo em direção ao Complexo do Alemão, cenas que na quinta-feira correram o mundo, foram capazes de desviar o foco daqueles que só pensam em si, em seu quinhão.
Enquanto gente de todos os cantos do país não desgrudava os olhos da telinha da TV, o Senado discutia a proibição de pesquisas eleitorais em um determinado prazo antes das eleições, a fim de não contaminar o pleito.
Enquanto os veículos de comunicação e as redes sociais alimentavam um círculo de solidariedade aos cariocas e até às autoridades do Rio, o que é raríssimo, voz alguma de Brasília dizia uma só palavra.
Nem Lula, nem os presidentes do Senado, da Câmara, dos partidos.
Nem governadores de outros estados.
Dilma telefonou para o governador Sérgio Cabral, ainda que no quinto dia de tiroteios, vandalismo e violência.
Já Lula, só falou provocado por jornalistas que cobriam a reunião da Unasul, na Guiana, na sexta-feira.
A batalha do Rio é seriíssima.
Desafia os mais renomados especialistas.
Não tem solução única, muito menos em curto prazo.
O secretário de Segurança Pública José Mariano Beltrame tem demonstrado vigor, não se deixando abater diante do necessário confronto, por mais grave que ele possa ser.
Conta ainda com o apoio das Forças Armadas que, como disse o ministro da Defesa Nelson Jobim, não fazem mais do que sua obrigação, até porque a segurança nacional está sob ameaça.
Mas há os que insistem na omissão ou na distância estratégica.
Quer queiram, quer não, dão margem a todo tipo de elucubração, incluindo as menos republicanas.
No mínimo, denunciam oportunismos.
Lula e Dilma fizeram da segurança do Rio cartão postal da eleição.
Durante a campanha não saíam da cidade.
Até por gratidão, deveriam estimular o povo que maciçamente lhes deu crédito e votos, devolvendo-lhe pelo menos presença e solidariedade.
Deveriam vir a público, falar com o Rio e com o país.
Palavras, ditas nas horas certas, bem sabe o presidente Lula, têm mais força do que metralhadoras.
A falta delas em certas horas pode derrotar um governante.
Ainda que Lula se acredite invencível e eterno.
sábado, 27 de novembro de 2010
Poeta da paz vira lírico do tanque de guerra
Tanques, Copa do Mundo, Olimpíada…
Por Reinaldo Azevedo
Eu compreendo o esforço do governo federal, do governo estadual e, sim, da imprensa para evidenciar ao mundo que se está fazendo, no Rio, a opção pela ordem e que a bandidagem será vencida.
O trabalho é hercúleo: além do narcotráfico, há as milícias, que têm tudo para ser outra questão incontornável dentro de alguns anos. Longe de mim achar que é tarefa fácil levar estado a essas áreas.
Sei que não é.
Mas se pode fazer isso do modo certo e do modo errado.
O que me incomoda, e muito!, é que o governo do Rio e a Secretaria de Segurança Pública, ao colher os efeitos de seus erros, estejam sendo tratados como visionários de uma nova ordem.
Isso é simplesmente mentira!
Beltrame tem de explicar por que se prendem quase 200 supostos soldados do narcotráfico em menos de uma semana e não se prendeu praticamente ninguém durante a instalação das tais UPPs; ele tem de explicar por que se apreendem duas toneladas de drogas em cinco dias e nem um papelote de pó ou um a trouxinha de maconha durante meses. Qual é?
Sim, teremos Copa do Mundo e Olimpíada pela frente.
São eventos gigantescos, que mobilizam interesses bilionários.
Como falhou o marketing da “ocupação humanista das favelas” — limpinha e sem efeitos colaterais —, então se opta pelo padrão “lei & ordem”.
E o governo federal se apressou em dar uma resposta.
Sem as disputas, estaríamos amarrados àquela cascata de sempre, que sustenta a origem social da violência e bobagens afins.
Antes, Cabral fazia poesia sem dar um tiro.
O Ministério do Turismo até deu início a um programa para transformar favela pacificada em atração…
Sinceramente?
Acho que isso desrespeita mais o pobre do que o próprio narcotráfico.
É uma espécie de tráfico da dignidade alheia, sabem?
O poeta da paz se tornou o lírico do tanque de guerra.
******************************
Em 2006, numa entrevista ao vivo, William Bonner perguntou ao então governador de São Paulo, Cláudio Lembo, o que havia dado errado na governança, já que o PCC estava botando pra quebrar.
Pergunta cabível.
Em 2010, é preciso que alguém pergunte a Sérgio Cabral: “Mas governador, o que deu errado?”
Não se pergunta — na Globo e em lugar nenhum!
Em 2006, em São Paulo, as TVs enfatizavam o medo da população, o constrangimento, os sustos, a estupefação; em 2010, o que vemos nas ruas do Rio, em todas as emissoras, é uma população valente, corajosa, que segue adiante, que reconhece os desafios do governo e da polícia.
Havia uma diferença importante nos ataques do PCC em 2006: aconteceram em maio, em ano eleitoral, e o cachorros loucos do subjornalismo estavam ativíssimos em todas as emissoras.
O candidato era Geraldo Alckmin, e o crime organizado resolveu, digamos assim, fazer campanha eleitoral.
No Rio, como se nota, é diferente — e também isso parece não despertar a curiosidade de ninguém.
A política de segurança pública foi um dos carros-chefe da campanha eleitoral de Cabral.
Foi anunciada como modelo pela então candidata Dilma Rousseff, que prometeu levá-la para todos os cantos do país.
Deus nos livre dessa hora!!!
Como era uma política que não prendia ninguém, se nacionalizada, talvez a idéia seja exportar bandidos para nossos vizinhos da América do Sul, não é mesmo?
Cumpre notar que, em 2006, o Lula candidato, esquecendo-se de sua condição de Lula presidente, chegou a tratar do PCC em debates, tentando evidenciar o que seria a falência da segurança pública em São Paulo.
Em 2010, por incrível que pareça, Dilma Rousseff repetiu a dose, aludindo aos mesmos fatos daquele ano, ignorando que, fosse o índice de homicídios do Brasil igual aos do estado cuja política ela atacava, em vez de 50 mil ocorrências por ano, haveria apenas 17.100; seriam poupadas 32.900 vidas.
Em 2006, Lembo — e, por tabela, o então presidenciável, Geraldo Alckimin — foi fustigado pelo jornalismo; em 2010, Cabral está sendo tratado como o líder da resistência.
*********************
PARA CONLUIR, ONDE ESTÁ A FORÇA NACIONAL DE SEGURANÇA ALARDEADA PELA ENTÃO CANDIDATA DILMA?
AFINAL, A PREOCUPAÇÃO DE JOSÉ SERRA COM A SEGURANÇA ERA LOROTA, COMO DIZIAM OS PETISTAS EM SEU USUAL TOM DE DEBOCHE?
NINGUÉM TEM CORAGEM DE DESMENTIR LULA E DILMA QUANDO GARANTIAM QUE AS QUESTÕES DE SEGURANÇA PÚBLICA JÁ ESTAVAM RESOLVIDAS?
Por Reinaldo Azevedo
Eu compreendo o esforço do governo federal, do governo estadual e, sim, da imprensa para evidenciar ao mundo que se está fazendo, no Rio, a opção pela ordem e que a bandidagem será vencida.
O trabalho é hercúleo: além do narcotráfico, há as milícias, que têm tudo para ser outra questão incontornável dentro de alguns anos. Longe de mim achar que é tarefa fácil levar estado a essas áreas.
Sei que não é.
Mas se pode fazer isso do modo certo e do modo errado.
O que me incomoda, e muito!, é que o governo do Rio e a Secretaria de Segurança Pública, ao colher os efeitos de seus erros, estejam sendo tratados como visionários de uma nova ordem.
Isso é simplesmente mentira!
Beltrame tem de explicar por que se prendem quase 200 supostos soldados do narcotráfico em menos de uma semana e não se prendeu praticamente ninguém durante a instalação das tais UPPs; ele tem de explicar por que se apreendem duas toneladas de drogas em cinco dias e nem um papelote de pó ou um a trouxinha de maconha durante meses. Qual é?
Sim, teremos Copa do Mundo e Olimpíada pela frente.
São eventos gigantescos, que mobilizam interesses bilionários.
Como falhou o marketing da “ocupação humanista das favelas” — limpinha e sem efeitos colaterais —, então se opta pelo padrão “lei & ordem”.
E o governo federal se apressou em dar uma resposta.
Sem as disputas, estaríamos amarrados àquela cascata de sempre, que sustenta a origem social da violência e bobagens afins.
Antes, Cabral fazia poesia sem dar um tiro.
O Ministério do Turismo até deu início a um programa para transformar favela pacificada em atração…
Sinceramente?
Acho que isso desrespeita mais o pobre do que o próprio narcotráfico.
É uma espécie de tráfico da dignidade alheia, sabem?
O poeta da paz se tornou o lírico do tanque de guerra.
******************************
Em 2006, numa entrevista ao vivo, William Bonner perguntou ao então governador de São Paulo, Cláudio Lembo, o que havia dado errado na governança, já que o PCC estava botando pra quebrar.
Pergunta cabível.
Em 2010, é preciso que alguém pergunte a Sérgio Cabral: “Mas governador, o que deu errado?”
Não se pergunta — na Globo e em lugar nenhum!
Em 2006, em São Paulo, as TVs enfatizavam o medo da população, o constrangimento, os sustos, a estupefação; em 2010, o que vemos nas ruas do Rio, em todas as emissoras, é uma população valente, corajosa, que segue adiante, que reconhece os desafios do governo e da polícia.
Havia uma diferença importante nos ataques do PCC em 2006: aconteceram em maio, em ano eleitoral, e o cachorros loucos do subjornalismo estavam ativíssimos em todas as emissoras.
O candidato era Geraldo Alckmin, e o crime organizado resolveu, digamos assim, fazer campanha eleitoral.
No Rio, como se nota, é diferente — e também isso parece não despertar a curiosidade de ninguém.
A política de segurança pública foi um dos carros-chefe da campanha eleitoral de Cabral.
Foi anunciada como modelo pela então candidata Dilma Rousseff, que prometeu levá-la para todos os cantos do país.
Deus nos livre dessa hora!!!
Como era uma política que não prendia ninguém, se nacionalizada, talvez a idéia seja exportar bandidos para nossos vizinhos da América do Sul, não é mesmo?
Cumpre notar que, em 2006, o Lula candidato, esquecendo-se de sua condição de Lula presidente, chegou a tratar do PCC em debates, tentando evidenciar o que seria a falência da segurança pública em São Paulo.
Em 2010, por incrível que pareça, Dilma Rousseff repetiu a dose, aludindo aos mesmos fatos daquele ano, ignorando que, fosse o índice de homicídios do Brasil igual aos do estado cuja política ela atacava, em vez de 50 mil ocorrências por ano, haveria apenas 17.100; seriam poupadas 32.900 vidas.
Em 2006, Lembo — e, por tabela, o então presidenciável, Geraldo Alckimin — foi fustigado pelo jornalismo; em 2010, Cabral está sendo tratado como o líder da resistência.
*********************
PARA CONLUIR, ONDE ESTÁ A FORÇA NACIONAL DE SEGURANÇA ALARDEADA PELA ENTÃO CANDIDATA DILMA?
AFINAL, A PREOCUPAÇÃO DE JOSÉ SERRA COM A SEGURANÇA ERA LOROTA, COMO DIZIAM OS PETISTAS EM SEU USUAL TOM DE DEBOCHE?
NINGUÉM TEM CORAGEM DE DESMENTIR LULA E DILMA QUANDO GARANTIAM QUE AS QUESTÕES DE SEGURANÇA PÚBLICA JÁ ESTAVAM RESOLVIDAS?
quinta-feira, 25 de novembro de 2010
Contra mentiras, José Serra continua mostrando a VERDADE
Mais
Em Brasília falei contra a CPMF, sobre a desmoralização do Enem, a desativação de 11 mil leitos hospitalares, problemas da economia..
José Serra
No twitter
Em Brasília falei contra a CPMF, sobre a desmoralização do Enem, a desativação de 11 mil leitos hospitalares, problemas da economia..
José Serra
No twitter
Quem tem coragem de desmistificar o eleitor brasileiro?
O que significa esse absurdo?
Dá pra explicar como que pode acontecer isso dentro de um partido?
Essa prática não significa traição somente ao candidato, que perdeu a eleição mais por culpa de seus militantes do que por mérito da adversária, é um golpe imperdoável contra os eleitores do partido.
No domingo, o presidente do PSDB paulista, José Henrique Reis Lobo, concedeu uma entrevista ao Estadão Online em que disse que José Serra é uma figura de dimensão nacional, que tem um papel fundamental no partido.
Não há nada de agressivo na entrevista.
Leiam trechos de uma reportagem de Christiane Samarco no Estadão de hoje.
************
A disputa de poder entre tucanos de São Paulo e de Minas Gerais ganhou contornos de batalha ostensiva.
A entrevista do presidente do PSDB paulista, José Henrique Reis Lobo, ao “Portal do Estadão”, no final de semana, levou o deputado Nárcio Rodrigues (PSDB), presidente dos tucanos mineiros, a reagir duramente: “Vão ter que nos engolir”.(…)
Nárcio Rodrigues disse ao Estado: “Não reconheço no José Henrique Reis Lobo autoridade para tratar do projeto nacional para o partido”.
Depois acrescentou, mostrando que os tucanos mineiros consideram que não haverá prioridade política para Serra: “Fomos extremamente respeitosos à fila, concordando que em 2006 era a vez de Geraldo Alckmin (SP) e, em 2010, de Serra. Agora (2014) é a nossa vez (de Aécio)."
(…)A reação de Nárcio Rodrigues foi estudada, como ele mesmo revelou. “Telefonei ao Aécio, que está viajando, e avisei que vou começar a bater.”
*************
Bater em quem?
Ao adversário todo o respeito e até composições pornográficas, como o voto dilmasia.
Aos companheiros a agressividade que deveriam ter contra os adversários mas falta coragem.
Num partido assim, José Serra nem precisa de inimigos.
SURPRESA - NÓS PENSAMOS.
NÃO CONSEGUIRAM MODELAR A "MASSA" HOMOGÊNEA COMO QUERIAM NEM SOMOS A MINORIA INSIGNIFICANTE COMO JULGAVAM.
Uma sugestão, há uma militância que não se engaja em nenhum partido porque não acredita, não enxerga o idealismo necessário para melhorar o país, apenas o olho grande de quem está na oposição e a mão maior ainda de quem está na situação.
Entretanto, José Serra conquistou o apoio de seiscentos mil seguidores no twitter e cerca de trinta mil pessoas que contribuíram com o PROPOSTA SERRA, programa de governo colaborativo que acolheu ideias dos participantes.
Há algumas almas que se salvam no cenário político e que merecem o nosso apoio.
Não acredito em refundação de um partido sem compromisso com a Nação, essa "fila" é o fim da picada, talvez tenham que fundar um novo, uma experiência diferente, sem o radicalismo das esquerdas nem o marasmo da atual oposição, a não ser que resolvam assumir uma mudança total de mentalidade.
Que tal aprenderem a analisar o perfil de seu eleitorado?
Dá pra explicar como que pode acontecer isso dentro de um partido?
Essa prática não significa traição somente ao candidato, que perdeu a eleição mais por culpa de seus militantes do que por mérito da adversária, é um golpe imperdoável contra os eleitores do partido.
No domingo, o presidente do PSDB paulista, José Henrique Reis Lobo, concedeu uma entrevista ao Estadão Online em que disse que José Serra é uma figura de dimensão nacional, que tem um papel fundamental no partido.
Não há nada de agressivo na entrevista.
Leiam trechos de uma reportagem de Christiane Samarco no Estadão de hoje.
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A disputa de poder entre tucanos de São Paulo e de Minas Gerais ganhou contornos de batalha ostensiva.
A entrevista do presidente do PSDB paulista, José Henrique Reis Lobo, ao “Portal do Estadão”, no final de semana, levou o deputado Nárcio Rodrigues (PSDB), presidente dos tucanos mineiros, a reagir duramente: “Vão ter que nos engolir”.(…)
Nárcio Rodrigues disse ao Estado: “Não reconheço no José Henrique Reis Lobo autoridade para tratar do projeto nacional para o partido”.
Depois acrescentou, mostrando que os tucanos mineiros consideram que não haverá prioridade política para Serra: “Fomos extremamente respeitosos à fila, concordando que em 2006 era a vez de Geraldo Alckmin (SP) e, em 2010, de Serra. Agora (2014) é a nossa vez (de Aécio)."
(…)A reação de Nárcio Rodrigues foi estudada, como ele mesmo revelou. “Telefonei ao Aécio, que está viajando, e avisei que vou começar a bater.”
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Bater em quem?
Ao adversário todo o respeito e até composições pornográficas, como o voto dilmasia.
Aos companheiros a agressividade que deveriam ter contra os adversários mas falta coragem.
Num partido assim, José Serra nem precisa de inimigos.
SURPRESA - NÓS PENSAMOS.
NÃO CONSEGUIRAM MODELAR A "MASSA" HOMOGÊNEA COMO QUERIAM NEM SOMOS A MINORIA INSIGNIFICANTE COMO JULGAVAM.
Uma sugestão, há uma militância que não se engaja em nenhum partido porque não acredita, não enxerga o idealismo necessário para melhorar o país, apenas o olho grande de quem está na oposição e a mão maior ainda de quem está na situação.
Entretanto, José Serra conquistou o apoio de seiscentos mil seguidores no twitter e cerca de trinta mil pessoas que contribuíram com o PROPOSTA SERRA, programa de governo colaborativo que acolheu ideias dos participantes.
Há algumas almas que se salvam no cenário político e que merecem o nosso apoio.
Não acredito em refundação de um partido sem compromisso com a Nação, essa "fila" é o fim da picada, talvez tenham que fundar um novo, uma experiência diferente, sem o radicalismo das esquerdas nem o marasmo da atual oposição, a não ser que resolvam assumir uma mudança total de mentalidade.
Que tal aprenderem a analisar o perfil de seu eleitorado?
A violência no Rio de Janeiro
Por Álvaro Dias
"_Manifestei hoje em plenário nossa solidariedade à população do Rio de Janeiro.
A situação dramática que vive o Rio exige, neste momento, como defendem os especialistas, a presença das Forças Armadas.
Como é possível, do interior de um presídio de segurança máxima, determinar ações de violência a quilômetros de distância?
Certamente, porque o sistema é frágil.
Creio que cabe ao Senado Federal discutir alterações na legislação para impor rigor no controle das visitas, tanto de advogados quanto de familiares dos presos, nos presídios de segurança máxima.
Mas só isso não basta.
Também é preciso investir em segurança pública.
Aqui, no Senado, aprovamos um projeto de minha autoria que obriga o Poder Executivo, sob pena de responsabilidade, a aplicar a totalidade dos recursos consignados no Orçamento para a segurança pública, já que a execução orçamentária nesse setor tem sido uma lástima.
E também é preciso o restabelecimento da autoridade.
Há que se estabelecer ainda a interação entre os diversos segmentos dos responsáveis pela segurança pública no País.
E enquanto o Brasil não estabelecer uma operação de guerra no combate ao contrabando de armas, ao tráfico de drogas na faixa de fronteira, a violência continuará a grassar nos grandes centros urbanizados do País, como acontece no Estado do Rio de Janeiro."
"_Manifestei hoje em plenário nossa solidariedade à população do Rio de Janeiro.
A situação dramática que vive o Rio exige, neste momento, como defendem os especialistas, a presença das Forças Armadas.
Como é possível, do interior de um presídio de segurança máxima, determinar ações de violência a quilômetros de distância?
Certamente, porque o sistema é frágil.
Creio que cabe ao Senado Federal discutir alterações na legislação para impor rigor no controle das visitas, tanto de advogados quanto de familiares dos presos, nos presídios de segurança máxima.
Mas só isso não basta.
Também é preciso investir em segurança pública.
Aqui, no Senado, aprovamos um projeto de minha autoria que obriga o Poder Executivo, sob pena de responsabilidade, a aplicar a totalidade dos recursos consignados no Orçamento para a segurança pública, já que a execução orçamentária nesse setor tem sido uma lástima.
E também é preciso o restabelecimento da autoridade.
Há que se estabelecer ainda a interação entre os diversos segmentos dos responsáveis pela segurança pública no País.
E enquanto o Brasil não estabelecer uma operação de guerra no combate ao contrabando de armas, ao tráfico de drogas na faixa de fronteira, a violência continuará a grassar nos grandes centros urbanizados do País, como acontece no Estado do Rio de Janeiro."
Privataria (ilegal) Petista
No Claudio Humberto
Telebrás,
PT saberá dos sigilos quebrados
A articulação para ressuscitar a Telebrás é a cortina de fumaça de uma operação do petismo para assumir o controle da telefonia.
Abiscoitando as contas públicas, a direção da estatal, nomeada pela presidência da República, terá a chave da impunidade, porque saberá de todas as ordens judiciais de quebra de sigilo telefônico contra autoridades do governo que forem alvo de investigações sigilosas de suas malfeitorias.
Olha o perigo
Como na Receita, a direção da Telebrás, de confiança do petismo, pode até quebrar ilegalmente sigilos telefônicos, e sem deixar rastro.
Big Brother Brasil
Se a Telebrás controlar as contas públicas, políticos (sobretudo de oposição) e até magistrados podem ter seus telefones monitorados.
TeleAloprados
Tramam para a Telebrás controlar a telefonia seu presidente, Rogério Santana, e Cesar Alvarez, que era assim, ó, com Erenice Guerra.
Tema complexo
Os presidente Lula e Dilma conversaram ontem sobre um único tema: como acomodar todas as tendências e seitas do PT no futuro governo.
Portos: Antaq
finge não ver a manobra privatista
A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), que deveria impedir a ilegalidade, faz vistas grossas à burla do decreto 6620/08, do presidente Lula, que proíbe a utilização de portos privativos se fossem públicos.
Em Navegantes (SC), o porto privativo da Portonave esvazia o de Itajaí ao operar cargas de terceiros como se fora concessionária, sem disputar licitação.
A Federação Nacional dos Portuários apelou ao Tribunal de Contas da União para obrigar a Antaq a cumprir o decreto.
Desrespeito
O presidente da Antaq, Fernando Fialho, está tão metido nisso que até ignorou intimação do Tribunal de Contas da União para se justificar.
Ousadia
A Antaq desafia o TCU, ameaçando uma “carta de adesão” para que terminais de uso privativo funcionem por 50 anos, sem cumprir a lei.
A gigante Odebrecht se associou a o governo de Dubai na Embraport e aguarda decisão do TCU para fazer seu “porto privativo” em Santos.
Telebrás,
PT saberá dos sigilos quebrados
A articulação para ressuscitar a Telebrás é a cortina de fumaça de uma operação do petismo para assumir o controle da telefonia.
Abiscoitando as contas públicas, a direção da estatal, nomeada pela presidência da República, terá a chave da impunidade, porque saberá de todas as ordens judiciais de quebra de sigilo telefônico contra autoridades do governo que forem alvo de investigações sigilosas de suas malfeitorias.
Olha o perigo
Como na Receita, a direção da Telebrás, de confiança do petismo, pode até quebrar ilegalmente sigilos telefônicos, e sem deixar rastro.
Big Brother Brasil
Se a Telebrás controlar as contas públicas, políticos (sobretudo de oposição) e até magistrados podem ter seus telefones monitorados.
TeleAloprados
Tramam para a Telebrás controlar a telefonia seu presidente, Rogério Santana, e Cesar Alvarez, que era assim, ó, com Erenice Guerra.
Tema complexo
Os presidente Lula e Dilma conversaram ontem sobre um único tema: como acomodar todas as tendências e seitas do PT no futuro governo.
Portos: Antaq
finge não ver a manobra privatista
A Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), que deveria impedir a ilegalidade, faz vistas grossas à burla do decreto 6620/08, do presidente Lula, que proíbe a utilização de portos privativos se fossem públicos.
Em Navegantes (SC), o porto privativo da Portonave esvazia o de Itajaí ao operar cargas de terceiros como se fora concessionária, sem disputar licitação.
A Federação Nacional dos Portuários apelou ao Tribunal de Contas da União para obrigar a Antaq a cumprir o decreto.
Desrespeito
O presidente da Antaq, Fernando Fialho, está tão metido nisso que até ignorou intimação do Tribunal de Contas da União para se justificar.
Ousadia
A Antaq desafia o TCU, ameaçando uma “carta de adesão” para que terminais de uso privativo funcionem por 50 anos, sem cumprir a lei.
A gigante Odebrecht se associou a o governo de Dubai na Embraport e aguarda decisão do TCU para fazer seu “porto privativo” em Santos.
Oposição - PROCURA-SE
Na Folha OnLine
Para controlar as contas públicas, Mantega citou como fundamental que não sejam aprovados projetos em tramitação no Congresso, entre eles a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 300, que eleva salários na área de segurança pública.
Além disso, Mantega citou aumento do Judiciário, reajuste de aposentados que ganham mais do que dois salários mínimos, aumento do salário mínimo acima dos R$ 540 negociados pelo governo e recomposição salarial dos funcionários públicos federais.
**************
Espero que a oposição entenda o que o Brasil precisa.
Vale lembrar que durante a campanha surgiram comentários sobre a necessidade de um aperto fiscal, que foram prontamente desmentidas pela candidata Dilma.
Lula chegou a dizer que isso era coisa de governos que queriam fazer “sacanagem” com o povo.
Michel Temer, vice de Dilma, chegou a se encontrar com lideranças do movimento nacional dos policiais, assegurando seu apoio à PEC.
A militância petista fez terrorismo contra a candidatura Serra, afirmando que ele era contra a tal proposta.
Na verdade, quem está furioso com a possibilidade de aprovação da PEC 300 é o governador reeleito da Bahia, Jaques Wagner, do PT.
Dilma venceu porque ainda "tem gente" que acredita em promessa de petista, mas agora sua equipe já anuncia a continuidade da política econômica desses oitos anos, ou seja, arrocho com o povo e gastança com os companheiros.
Ao povo restou a diversão com os cartões de crédito e muuuuuitas dívidas.
Serra apresentou propostas que precisam ser defendidas pela oposição.
Lula falou que era mentira do Serra, até a Marina chamou de promessômetro, e o povo acreditou mais no lula do que em Serra.
E continuam com a tática imunda de jogar a culpa das medidas que desagradam a população na oposição, principalmente os governadores, como fizeram na tentativa de resgatar a CPMF.
Outra bravata de campanha que não podemos esquecer, e devemos cobrar, foi a de que o Brasil está nadando em dinheiro do pré-sal.
Ah! Se o Serra ganhasse o pré-sal deixaria de existir como num passe de mágica, não é mesmo?
Foi o que disse a candidata na campanha e foi um dos motivos de sua vitória, tanto é que está distribuindo fortunas aos grandes banqueiros, empresários e pode se dar ao luxo de distribuir o nosso dinheiro em outros países e torrar bilhões com Copa, Olimpíada e Trem-bala.
Se não atende ao povo é porque não quer.
Para controlar as contas públicas, Mantega citou como fundamental que não sejam aprovados projetos em tramitação no Congresso, entre eles a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) 300, que eleva salários na área de segurança pública.
Além disso, Mantega citou aumento do Judiciário, reajuste de aposentados que ganham mais do que dois salários mínimos, aumento do salário mínimo acima dos R$ 540 negociados pelo governo e recomposição salarial dos funcionários públicos federais.
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Espero que a oposição entenda o que o Brasil precisa.
Vale lembrar que durante a campanha surgiram comentários sobre a necessidade de um aperto fiscal, que foram prontamente desmentidas pela candidata Dilma.
Lula chegou a dizer que isso era coisa de governos que queriam fazer “sacanagem” com o povo.
Michel Temer, vice de Dilma, chegou a se encontrar com lideranças do movimento nacional dos policiais, assegurando seu apoio à PEC.
A militância petista fez terrorismo contra a candidatura Serra, afirmando que ele era contra a tal proposta.
Na verdade, quem está furioso com a possibilidade de aprovação da PEC 300 é o governador reeleito da Bahia, Jaques Wagner, do PT.
Dilma venceu porque ainda "tem gente" que acredita em promessa de petista, mas agora sua equipe já anuncia a continuidade da política econômica desses oitos anos, ou seja, arrocho com o povo e gastança com os companheiros.
Ao povo restou a diversão com os cartões de crédito e muuuuuitas dívidas.
Serra apresentou propostas que precisam ser defendidas pela oposição.
Lula falou que era mentira do Serra, até a Marina chamou de promessômetro, e o povo acreditou mais no lula do que em Serra.
E continuam com a tática imunda de jogar a culpa das medidas que desagradam a população na oposição, principalmente os governadores, como fizeram na tentativa de resgatar a CPMF.
Outra bravata de campanha que não podemos esquecer, e devemos cobrar, foi a de que o Brasil está nadando em dinheiro do pré-sal.
Ah! Se o Serra ganhasse o pré-sal deixaria de existir como num passe de mágica, não é mesmo?
Foi o que disse a candidata na campanha e foi um dos motivos de sua vitória, tanto é que está distribuindo fortunas aos grandes banqueiros, empresários e pode se dar ao luxo de distribuir o nosso dinheiro em outros países e torrar bilhões com Copa, Olimpíada e Trem-bala.
Se não atende ao povo é porque não quer.
Guido Mantega já anuncia traição da promessa feita em campanha
Por Reinaldo Azevedo
Promessas de candidatos são afirmativas e são negativas.
Há as coisas que eles juram que vão fazer, e há as que juram que não vão.
Quando candidata, a agora presidente eleita, Dilma Rousseff, prometeu transformar a saúde num paraíso.
Três dias depois da eleição, Lula testava a opinião pública ameaçando com a volta da CPMF, uma das coisas que ela rechaçara em campanha.
A reação não foi boa, e, por enquanto, não se quer falar sobre o assunto.
Mas ele voltará.
Dilma também negou com veemência que estivesse pensando num ajuste fiscal.
Muito bem.
Agora vejam esta entrevista de Guido Mantega, ministro da Fazenda, que será mantido no cargo no governo Dilma.
Ele revelou algumas coisinhas ao jornalista Heraldo Pereira, no Jornal da Globo:
Voltei
Ele está prometendo um… ajuste fiscal, aquele negado por Dilma, mas prefere um eufemismo: “Consolidação dos gastos de custeio”.
E o salário do funcionalismo, está claro ali, será um dos fatores do ajuste.
Segundo Mantega, já houve muito aumento ao longo de oito anos.
Estava com a língua tão solta (por assim dizer) que só faltou considerar: “Pô, já ganhamos a eleição; agora é possível falar a verdade”.
E os investimentos?
Também serão cortados, segundo se pode entender.
Agora, diz Guido, é hora de a iniciativa privada fazer a sua parte.
A tal PEC 300, que cria o piso salarial para policiais e iguala os vencimentos às das polícias do Distrito Federal!
Trata-se de um baita pepino para o futuro governo Dilma se aprovada.
O PMDB quer porque quer.
Já se comprometeu com a categoria.
O PDT também.
De onde o petismo espera socorro?
Das oposições!
Então vejam que mágica fabulosa: na hora de partir para o abraço, os petistas hostilizam abertamente seus adversários.
Com as oposições, os petistas querem dividir apenas uma coisa: o ônus de algumas medidas impopulares.
É vital para a democracia que a oposição pense também na própria sobrevivência.
Se o seu papel se resumir a dividir com o governo o ônus das responsabilidades e da governabilidade, estará lascada.
Uma das formas de ser responsável com o país é não dando um tiro no próprio pé.
Dilma não tem poder para vetar uma PEC, mas será poderosa o bastante para mobilizar suas forças no Congresso, onde terá uma larguíssima maioria, para rejeitá-la se assim decidir.
A governabilidade é compromisso de todos.
Governar é obrigação de quem venceu.
O mesmo se diga sobre o salário mínimo.
Mantega está dizendo que o governo quer R$ 540.
É um valor para negociar, mas não chegará a R$ 600 de jeito nenhum, proposta do então candidato tucano à Presidência, José Serra.
O que deve fazer a oposição?
Aquilo que faz em todo o mundo democrático: lutar por sua proposta.
Promessas de candidatos são afirmativas e são negativas.
Há as coisas que eles juram que vão fazer, e há as que juram que não vão.
Quando candidata, a agora presidente eleita, Dilma Rousseff, prometeu transformar a saúde num paraíso.
Três dias depois da eleição, Lula testava a opinião pública ameaçando com a volta da CPMF, uma das coisas que ela rechaçara em campanha.
A reação não foi boa, e, por enquanto, não se quer falar sobre o assunto.
Mas ele voltará.
Dilma também negou com veemência que estivesse pensando num ajuste fiscal.
Muito bem.
Agora vejam esta entrevista de Guido Mantega, ministro da Fazenda, que será mantido no cargo no governo Dilma.
Ele revelou algumas coisinhas ao jornalista Heraldo Pereira, no Jornal da Globo:
Voltei
Ele está prometendo um… ajuste fiscal, aquele negado por Dilma, mas prefere um eufemismo: “Consolidação dos gastos de custeio”.
E o salário do funcionalismo, está claro ali, será um dos fatores do ajuste.
Segundo Mantega, já houve muito aumento ao longo de oito anos.
Estava com a língua tão solta (por assim dizer) que só faltou considerar: “Pô, já ganhamos a eleição; agora é possível falar a verdade”.
E os investimentos?
Também serão cortados, segundo se pode entender.
Agora, diz Guido, é hora de a iniciativa privada fazer a sua parte.
A tal PEC 300, que cria o piso salarial para policiais e iguala os vencimentos às das polícias do Distrito Federal!
Trata-se de um baita pepino para o futuro governo Dilma se aprovada.
O PMDB quer porque quer.
Já se comprometeu com a categoria.
O PDT também.
De onde o petismo espera socorro?
Das oposições!
Então vejam que mágica fabulosa: na hora de partir para o abraço, os petistas hostilizam abertamente seus adversários.
Com as oposições, os petistas querem dividir apenas uma coisa: o ônus de algumas medidas impopulares.
É vital para a democracia que a oposição pense também na própria sobrevivência.
Se o seu papel se resumir a dividir com o governo o ônus das responsabilidades e da governabilidade, estará lascada.
Uma das formas de ser responsável com o país é não dando um tiro no próprio pé.
Dilma não tem poder para vetar uma PEC, mas será poderosa o bastante para mobilizar suas forças no Congresso, onde terá uma larguíssima maioria, para rejeitá-la se assim decidir.
A governabilidade é compromisso de todos.
Governar é obrigação de quem venceu.
O mesmo se diga sobre o salário mínimo.
Mantega está dizendo que o governo quer R$ 540.
É um valor para negociar, mas não chegará a R$ 600 de jeito nenhum, proposta do então candidato tucano à Presidência, José Serra.
O que deve fazer a oposição?
Aquilo que faz em todo o mundo democrático: lutar por sua proposta.
quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Líder de bem com a vida
O Líder que o Brasil precisa para colocar a casa em ordem
Serra reage: “Lula mente e deixa governo com déficit público maquiado, inflação ascendente, o maior déficit de balanço de pagamentos da história, câmbio supervalorizado e crescimento descontrolado das importações”
Por Gabriela Guerreiro, na Folha Online:
O ex-governador José Serra (PSDB) respondeu nesta quarta-feira ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que cobrou um pedido de desculpas do tucano pelo episódio da “bolinha de papel” durante a campanha presidencial.
Serra disse que Lula está em campanha para 2014 ao “mentir”. já que foi de fato atingido por um objeto durante visita ao Rio de Janeiro, além de uma bolinha de papel: “Ele continua fazendo campanha, talvez já tenha começado sua campanha para 2014, e dizendo mentiras inclusive muito pouco apropriadas para a figura de um presidente da República”, afirmou.
(…)Serra disse que o petista vai deixar uma “herança bastante adversa” para sua sucessora Dilma Rousseff (PT) com problemas na economia do país.
“Está deixando um grande nó para o próximo governo, um nó de difícil solução que vai custar muito caro ao país: déficit público maquiado, inflação ascendente, o maior déficit de balanço de pagamentos da nossa história, câmbio supervalorizado com o crescimento descontrolado das importações.”
O tucano classificou de “megalomaníaco” o projeto de construção do trem-bala do governo federal e se mostrou contrário à recriação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira).
“Essa história de que vai repartir CPMF entre governo federal, Estados e municípios é conversa.”
Serra se reuniu no Congresso com lideranças do PSDB na Câmara e no Senado para fazer um balanço da campanha eleitoral.
O tucano fez mistério sobre seu futuro político ao afirmar que não tem planos para as próximas eleições.
Ele negou que esteja negociando sua indicação para a presidência do PSDB ou do Instituto Teotônio Vilela, ligado ao partido.
“Não estou em campanha.
Estou me recuperando fisicamente da campanha, procurando trabalho, decidindo o que vou fazer para ganhar a vida.
E vou continuar, como desde os 20 anos de idade, no trabalho político.”
COPA
Serra também reagiu às críticas do presidente Lula de que o governo de São Paulo atendeu a “interesses comerciais” para desistir do Morumbi para sediar a abertura da Copa de 2014.
O presidente fez as críticas nesta quarta-feira durante entrevista a blogueiros.
“Ele fez promessas e mais promessas para o São Paulo, o Morumbi, e na hora “h” tirou o time.
Os compromissos que o governo do Estado assumiu em relação ao estádio ele cumpriu.
Aquilo que competia ao governo federal, ficou só no trololó.”
O tucano disse estar “assombrado” com a postura de um presidente “que deveria estar governando o Brasil, mas continua fazendo campanha”.
“Parece que isso o Lula sabe fazer: campanha e mentir.
É o que ele mais sabe fazer na vida, aparentemente.”
Serra reagiu ainda às acusações do petista de que fez uso político do acidente com o Airbus da TAM em 2007, época em que governava o Estado de São Paulo.
“É um comentário muito raivoso, são muitos anos.
Ele poderia perfeitamente ter tido isso há muitos anos e não o faria porque soaria como piada de mau gosto.”
Por Gabriela Guerreiro, na Folha Online:
O ex-governador José Serra (PSDB) respondeu nesta quarta-feira ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que cobrou um pedido de desculpas do tucano pelo episódio da “bolinha de papel” durante a campanha presidencial.
Serra disse que Lula está em campanha para 2014 ao “mentir”. já que foi de fato atingido por um objeto durante visita ao Rio de Janeiro, além de uma bolinha de papel: “Ele continua fazendo campanha, talvez já tenha começado sua campanha para 2014, e dizendo mentiras inclusive muito pouco apropriadas para a figura de um presidente da República”, afirmou.
(…)Serra disse que o petista vai deixar uma “herança bastante adversa” para sua sucessora Dilma Rousseff (PT) com problemas na economia do país.
“Está deixando um grande nó para o próximo governo, um nó de difícil solução que vai custar muito caro ao país: déficit público maquiado, inflação ascendente, o maior déficit de balanço de pagamentos da nossa história, câmbio supervalorizado com o crescimento descontrolado das importações.”
O tucano classificou de “megalomaníaco” o projeto de construção do trem-bala do governo federal e se mostrou contrário à recriação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira).
“Essa história de que vai repartir CPMF entre governo federal, Estados e municípios é conversa.”
Serra se reuniu no Congresso com lideranças do PSDB na Câmara e no Senado para fazer um balanço da campanha eleitoral.
O tucano fez mistério sobre seu futuro político ao afirmar que não tem planos para as próximas eleições.
Ele negou que esteja negociando sua indicação para a presidência do PSDB ou do Instituto Teotônio Vilela, ligado ao partido.
“Não estou em campanha.
Estou me recuperando fisicamente da campanha, procurando trabalho, decidindo o que vou fazer para ganhar a vida.
E vou continuar, como desde os 20 anos de idade, no trabalho político.”
COPA
Serra também reagiu às críticas do presidente Lula de que o governo de São Paulo atendeu a “interesses comerciais” para desistir do Morumbi para sediar a abertura da Copa de 2014.
O presidente fez as críticas nesta quarta-feira durante entrevista a blogueiros.
“Ele fez promessas e mais promessas para o São Paulo, o Morumbi, e na hora “h” tirou o time.
Os compromissos que o governo do Estado assumiu em relação ao estádio ele cumpriu.
Aquilo que competia ao governo federal, ficou só no trololó.”
O tucano disse estar “assombrado” com a postura de um presidente “que deveria estar governando o Brasil, mas continua fazendo campanha”.
“Parece que isso o Lula sabe fazer: campanha e mentir.
É o que ele mais sabe fazer na vida, aparentemente.”
Serra reagiu ainda às acusações do petista de que fez uso político do acidente com o Airbus da TAM em 2007, época em que governava o Estado de São Paulo.
“É um comentário muito raivoso, são muitos anos.
Ele poderia perfeitamente ter tido isso há muitos anos e não o faria porque soaria como piada de mau gosto.”
O Líder da "VERDADE" e de "VERDADE"
Do Estadão:
De passagem pelo Congresso no final da tarde de hoje, o candidato derrotado à Presidência da República José Serra (PSDB) contestou afirmação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva segundo a qual o tucano teria "explorado" o acidente da TAM, ocorrido no dia 17 de julho no Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, e que causou a morte das 187 pessoas a bordo.
Serra considerou o comentário "muito mal educado e raivoso" e reagiu.
"Pelo contrário.
Eu era governador e eu fui ao local do acidente me solidarizar com os familiares, porque quem socorreu os acidentados e quem apagou o incêndio e arriscou suas vidas foram os bombeiros de São Paulo e da Polícia Militar (PM)", explicou.
Em seguida, devolveu as críticas, acusando o Lula de ter "sumido do mapa" nas primeiras horas, "como faz sempre em momentos desagradáveis".
Insensível, vingativo e mentiroso, deixa o povo sofrer sem sentir dor
Hoje, na entrevista aos blogueiros da esgotosfera, Lula atacou Serra em duas oportunidades.
No primeiro ataque, tentou desmentir os laudos e as imagens apresentadas pelo Jornal Nacional, negando que o tucano tenha sido atingido por um rolo de fita crepe.
Assim, Lula chega ao ápice e tenta desmentir o que 50 milhões de brasileiros assistiram.
Ficou com a versão comprada do SBT, a peso de ouro do Tesouro, por R$ 3,3 bilhões saídos dos cofres públicos para salvar o Banco Panamericano, do Sílvio Santos.
Para Lula, José Serra deveria pedir desculpas ao país por ter sido agredido por militantes petistas.
No segundo ataque contra Serra, Lula criticou o então governador paulista por ter ido prestar acompanhar o solidariedade às vítimas da queda do avião do Airbus da TAM, indo até o local do acidente, localizado no centro de São Paulo, sugerindo que o gesto teria tido fins políticos.
Uma covardia do Lula, sem dúvida alguma, uma desumanidade, uma frieza que demonstra o seu caráter de pessoa má, de péssima índole.
Lula sempre evitou manifestações diante de tragédias, para não se comprometer e não correr riscos políticos.
Nas cheias de Santa Catarina, que mataram mais de 200 pessoas, demorou uma semana para falar.
No próprio acidente da TAM, evitou o tema, fazendo apenas uma nota oficial protocolar e não comparecendo ao local, como fazem os chefes de estado de qualquer nação civilizada no mundo, diante de uma tragédia.
Hoje, na entrevista à esgotosfera, Lula mostrou quem é.
Ele pode ser tudo, menos um ser humano de princípios e um estadista.
..................................................................................
Definição informal de "covarde":
Pessoa que não assume suas intenções e atitudes, agride quem não se defende ou não pode se defender.
Usa sua força ou influência para prejudicar outros injustamente.
Quem demonstra espírito de covardia age em bando, sabendo que sua atitude não vai ser repreendida.
Não diz diretamente o que pensa, faz insinuação maldosa.
Pessoa sem força moral, fraca, sem personalidade ou senso de justiça.
Pessoa covarde também costuma ser manipuladora.
..................................................................................
Para jamais esquecer a manifestação mais simbólica do governo Lula sobre o acidente da TAM:
No blog do Coturno
No primeiro ataque, tentou desmentir os laudos e as imagens apresentadas pelo Jornal Nacional, negando que o tucano tenha sido atingido por um rolo de fita crepe.
Assim, Lula chega ao ápice e tenta desmentir o que 50 milhões de brasileiros assistiram.
Ficou com a versão comprada do SBT, a peso de ouro do Tesouro, por R$ 3,3 bilhões saídos dos cofres públicos para salvar o Banco Panamericano, do Sílvio Santos.
Para Lula, José Serra deveria pedir desculpas ao país por ter sido agredido por militantes petistas.
No segundo ataque contra Serra, Lula criticou o então governador paulista por ter ido prestar acompanhar o solidariedade às vítimas da queda do avião do Airbus da TAM, indo até o local do acidente, localizado no centro de São Paulo, sugerindo que o gesto teria tido fins políticos.
Uma covardia do Lula, sem dúvida alguma, uma desumanidade, uma frieza que demonstra o seu caráter de pessoa má, de péssima índole.
Lula sempre evitou manifestações diante de tragédias, para não se comprometer e não correr riscos políticos.
Nas cheias de Santa Catarina, que mataram mais de 200 pessoas, demorou uma semana para falar.
No próprio acidente da TAM, evitou o tema, fazendo apenas uma nota oficial protocolar e não comparecendo ao local, como fazem os chefes de estado de qualquer nação civilizada no mundo, diante de uma tragédia.
Hoje, na entrevista à esgotosfera, Lula mostrou quem é.
Ele pode ser tudo, menos um ser humano de princípios e um estadista.
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Definição informal de "covarde":
Pessoa que não assume suas intenções e atitudes, agride quem não se defende ou não pode se defender.
Usa sua força ou influência para prejudicar outros injustamente.
Quem demonstra espírito de covardia age em bando, sabendo que sua atitude não vai ser repreendida.
Não diz diretamente o que pensa, faz insinuação maldosa.
Pessoa sem força moral, fraca, sem personalidade ou senso de justiça.
Pessoa covarde também costuma ser manipuladora.
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Para jamais esquecer a manifestação mais simbólica do governo Lula sobre o acidente da TAM:
No blog do Coturno
"Tem gente" que não sente
"Tem gente" que não entende um verdadeiro sentimento de amizade.
Tripudia com a dor alheia, somente a sua é importante.
Julga a atitude daquele que se solidariza de acordo com seu hábito de demonstrar emoção somente quando interessa.
Não entende que seres humanos sofrem diante de perdas e tragédias, não é somente questão de marketing para conquistar votos ou popularidade.
Não é questão de sentir alívio quando encontra um jeito de convencer a população que a responsabilidade não é sua, sem se importar com as vítimas e com o sofrimento das famílias.
Aquele menino de 2007, Lucas Redecker, abraçado pelo seu pai, foi eleito o deputado estadual mais votado pelo PSDB, no Rio Grande do Sul, com 69.043 votos.
Na foto, a família Redecker, antes do trágico acidente.
Do Estadão, no dia do acidente da TAM, para que Lula entenda que nem tudo é política e que não se faz demagogia em cima da tragédia dos outros:
O deputado Julio Redecker (PSDB-RS), líder da minoria na Câmara, é uma das vítimas do acidente do avião da TAM ocorrido no aeroporto de Congonhas na terça-feira.
"Perdi um amigo", disse o governador paulista, José Serra (PSDB), falando a jornalistas em Congonhas.
A informação de que o deputado gaúcho estava a bordo do vôo JJ3054, com origem em Porto Alegre, foi dada mais cedo pelo chefe de gabinete do deputado, Mauro Borges.
Tripudia com a dor alheia, somente a sua é importante.
Julga a atitude daquele que se solidariza de acordo com seu hábito de demonstrar emoção somente quando interessa.
Não entende que seres humanos sofrem diante de perdas e tragédias, não é somente questão de marketing para conquistar votos ou popularidade.
Não é questão de sentir alívio quando encontra um jeito de convencer a população que a responsabilidade não é sua, sem se importar com as vítimas e com o sofrimento das famílias.
Aquele menino de 2007, Lucas Redecker, abraçado pelo seu pai, foi eleito o deputado estadual mais votado pelo PSDB, no Rio Grande do Sul, com 69.043 votos.
Na foto, a família Redecker, antes do trágico acidente.
Do Estadão, no dia do acidente da TAM, para que Lula entenda que nem tudo é política e que não se faz demagogia em cima da tragédia dos outros:
O deputado Julio Redecker (PSDB-RS), líder da minoria na Câmara, é uma das vítimas do acidente do avião da TAM ocorrido no aeroporto de Congonhas na terça-feira.
"Perdi um amigo", disse o governador paulista, José Serra (PSDB), falando a jornalistas em Congonhas.
A informação de que o deputado gaúcho estava a bordo do vôo JJ3054, com origem em Porto Alegre, foi dada mais cedo pelo chefe de gabinete do deputado, Mauro Borges.
Presidente TOP TOP
Lula repete padrão moral da infâmia de Marco Aurélio Garcia e seu assessor contra as vítimas da TAM
Por Reinaldo Azevedo
Todos se lembram dos gestos asquerosos de Marco Aurélio Garcia, que dispensa apresentações, e de seu assessor de imprensa, Bruno Gaspar, quando o Jornal Nacional noticiou que o avião da TAM que se acidentara em Congonhas no dia 17 de julho de 2007, matando 199 pessoas (os 187 que estavam no aparelho e 12 em solo), voava com um defeito no reversor de uma das turbinas.
Pois bem… Lula tratou do assunto hoje com os “blogueiros progressistas”.
Leiam com atenção - trecho do Estadão Online:
Ao responder à pergunta de um internauta, Lula disse que o dia em que sofreu mais no exercício da Presidência da República foi no acidente da TAM, ocorrido em São Paulo.
“Eu nunca vi tanta leviandade.
Eu estava na minha sala, era 6 e pouco, recebi informação de que tinha fogo no Aeroporto Santos Dumont (no Rio), numa sala que tinha móveis novos, muito material plástico e cadeira, fez fumaça negra e suspendeu os voos.
Eu estava recebendo essa informação quando entra um companheiro falando de fogo num hangar da TAM em São Paulo.
Eu liguei a TV e daqui a pouco fala em 200 passageiros, culpa do governo, a pista, não sei das quantas, aí eu fiquei na minha sala das 19 horas até quase meia noite, cada hora a notícia era pior e o governo carregava 200 mortos nas costas”.
Ainda sobre o episódio do acidente da TAM, Lula disse, sem citar o nome do então governador de São Paulo na ocasião, o tucano José Serra: “E o governador (José Serra) correu para ver o incêndio, e acho que eles pensaram, agora sim pegamos o Lula e vamos trucidar.
Passa um dia, um dia e meio, e recebo telefonema sobre uma fita feita pela Infraero e que tem uma coisa de um delegado que tinha fita e não queria dar”, disse.
“Mandei o Tarso Genro entregar, aí eu assisti à fita e tive a sensação de alívio por ter descoberto a verdade, depois que ficou patente que não era problema de pista, que tinha sido um erro”, acrescentou.
Segundo o presidente, “aquele para mim foi o dia mais triste de 8 anos de mandato.
Trouxe pilotos e especialistas para conversar e ninguém falava de erro humano, somente depois, foi o dia mais nervoso e triste da minha vida.
Não quero nunca mais que isso se repita”.
***************************
Vamos lá.
O problema no reversor não estava entre as causas do acidente, que teve, sim, falha humana, FURO DADO EM REPORTAGEM DE CAPA PELA VEJA.
Congonhas, ademais, tinha, sim, problemas na pista.
É possível que, num outro aeroporto, muitas vidas tivessem sido poupadas.
O que me espanta é que a fala de Lula tem o mesmo padrão moral do gesto de Garcia e de seu assessor.
Notem: “Passa um dia, um dia e meio, e recebo telefonema sobre uma fita feita pela Infraero e que tem uma coisa de um delegado que tinha fita e não queria dar”, disse. “Mandei o Tarso Genro entregar, aí eu assisti à fita e tive a sensação de alívio por ter descoberto a verdade, depois que ficou patente que não era problema de pista, que tinha sido um erro”.
Assim como a dupla asquerosa fez gestos variados para o “F_ _ _-se!”, Lula se sentiu “aliviado”.
Que bom!
O contexto deixa claro: tinha sido um dia muito triste não porque 199 brasileiros haviam morrido, mas porque havia a suspeita, que não é infundada, de que as condições precárias do aeroporto colaboraram para a tragédia.
Se, nesse caso, Lula sentiu “alívio”, deveria dizer o que sentiu há poucos dias quando se concluiu, finalmente, que a torre teve responsabilidade na tragédia do vôo 1907, da Gol, que matou 154 pessoas no dia 29 de setembro de 2006.
Por uma questão de lógica, se um caso traz “alívio” (!?), o outro deveria fazê-lo sentir-se minimamente culpado, não é mesmo?
Não tem jeito, não!
Essa gente é uma monstruosidade moral.
Por Reinaldo Azevedo
Todos se lembram dos gestos asquerosos de Marco Aurélio Garcia, que dispensa apresentações, e de seu assessor de imprensa, Bruno Gaspar, quando o Jornal Nacional noticiou que o avião da TAM que se acidentara em Congonhas no dia 17 de julho de 2007, matando 199 pessoas (os 187 que estavam no aparelho e 12 em solo), voava com um defeito no reversor de uma das turbinas.
Pois bem… Lula tratou do assunto hoje com os “blogueiros progressistas”.
Leiam com atenção - trecho do Estadão Online:
Ao responder à pergunta de um internauta, Lula disse que o dia em que sofreu mais no exercício da Presidência da República foi no acidente da TAM, ocorrido em São Paulo.
“Eu nunca vi tanta leviandade.
Eu estava na minha sala, era 6 e pouco, recebi informação de que tinha fogo no Aeroporto Santos Dumont (no Rio), numa sala que tinha móveis novos, muito material plástico e cadeira, fez fumaça negra e suspendeu os voos.
Eu estava recebendo essa informação quando entra um companheiro falando de fogo num hangar da TAM em São Paulo.
Eu liguei a TV e daqui a pouco fala em 200 passageiros, culpa do governo, a pista, não sei das quantas, aí eu fiquei na minha sala das 19 horas até quase meia noite, cada hora a notícia era pior e o governo carregava 200 mortos nas costas”.
Ainda sobre o episódio do acidente da TAM, Lula disse, sem citar o nome do então governador de São Paulo na ocasião, o tucano José Serra: “E o governador (José Serra) correu para ver o incêndio, e acho que eles pensaram, agora sim pegamos o Lula e vamos trucidar.
Passa um dia, um dia e meio, e recebo telefonema sobre uma fita feita pela Infraero e que tem uma coisa de um delegado que tinha fita e não queria dar”, disse.
“Mandei o Tarso Genro entregar, aí eu assisti à fita e tive a sensação de alívio por ter descoberto a verdade, depois que ficou patente que não era problema de pista, que tinha sido um erro”, acrescentou.
Segundo o presidente, “aquele para mim foi o dia mais triste de 8 anos de mandato.
Trouxe pilotos e especialistas para conversar e ninguém falava de erro humano, somente depois, foi o dia mais nervoso e triste da minha vida.
Não quero nunca mais que isso se repita”.
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Vamos lá.
O problema no reversor não estava entre as causas do acidente, que teve, sim, falha humana, FURO DADO EM REPORTAGEM DE CAPA PELA VEJA.
Congonhas, ademais, tinha, sim, problemas na pista.
É possível que, num outro aeroporto, muitas vidas tivessem sido poupadas.
O que me espanta é que a fala de Lula tem o mesmo padrão moral do gesto de Garcia e de seu assessor.
Notem: “Passa um dia, um dia e meio, e recebo telefonema sobre uma fita feita pela Infraero e que tem uma coisa de um delegado que tinha fita e não queria dar”, disse. “Mandei o Tarso Genro entregar, aí eu assisti à fita e tive a sensação de alívio por ter descoberto a verdade, depois que ficou patente que não era problema de pista, que tinha sido um erro”.
Assim como a dupla asquerosa fez gestos variados para o “F_ _ _-se!”, Lula se sentiu “aliviado”.
Que bom!
O contexto deixa claro: tinha sido um dia muito triste não porque 199 brasileiros haviam morrido, mas porque havia a suspeita, que não é infundada, de que as condições precárias do aeroporto colaboraram para a tragédia.
Se, nesse caso, Lula sentiu “alívio”, deveria dizer o que sentiu há poucos dias quando se concluiu, finalmente, que a torre teve responsabilidade na tragédia do vôo 1907, da Gol, que matou 154 pessoas no dia 29 de setembro de 2006.
Por uma questão de lógica, se um caso traz “alívio” (!?), o outro deveria fazê-lo sentir-se minimamente culpado, não é mesmo?
Não tem jeito, não!
Essa gente é uma monstruosidade moral.
Patrulha inútil!
Patrulha inútil!
Não vou parar!
Por Reinaldo Azevedo
Quando certo blogueiro lulista recomendou aos coleguinhas que fizessem reportagens para encontrar os 3% que achavam o governo ruim ou péssimo, entendi que ele sintetizava o espírito de um tempo: se havia pessoas descontentes com o governo, isso seria tão absurdo que urgia saber quem eram e quais os seus motivos.
Se não podiam lhes abrir a cabeça para fatiar o cérebro e saber onde se alojava o antilulismo, que ao menos fossem social e politicamente dissecadas.
Foi então que sugeri que o lulo-petismo, identificadas tais pessoas, as obrigasse a andar com um uniforme listrado e um triângulo roxo, típico dos que não aderem ao regime por objeção de consciência.
Nunca, do governo Sarney para cá, houve um clima de caça às bruxas como o que se vive agora.
Com uma diferença: se, durante o regime militar, as ameaças à liberdade vinham de órgãos do estado, agora, os tiranetes de quarteirão, espalhados em todo canto, inclusive nas redações, ousam criar uma espécie de index do que pode e do que não se pode escrever.
Os “tolerantes” chegaram ao poder e descobriram que esse negócio de democracia é bacana desde que as pessoas digam as coisas certas.
Os argumentos perdem sentido, tornam-se inúteis.
Desde que se tenha uma “boa causa”, considerada correta, que se danem os números, a lógica e os fatos.
A matemática pode ser declarada um instrumento da reação caso ela se negue a endossar a reivindicação militante.
E aqueles que ousam dissentir tornam-se alvos da satanização.
Vejam alguns exemplos aqui.
O que me impressiona em todos esses casos é que a turma da gritaria não se ocupa minimamente em contestar argumentos, dados, informações, nada!
Tenta-se resolver a coisa pelo caminho da estupefação: “Como você pode dizer isso?”
Ou ainda: “Olhem só o que ele disse!
Que absurdo!”
Ora, se não posso “dizer isso” porque falso, então digam a verdade; se a tese é absurda, então mostrem o que não é.
Xingar, vituperar, espernear, fazer correntes na internet, tudo isso é inútil.
Esse tipo de adversidade até me anima a encontrar novos consensos furados.
Um recado aos que gostam e aos que não gostam do que lêem aqui: não vou parar!
E percorrerei com muito gosto a trilha da divergência.
Ademais, as urnas deixaram claro: a divergência reúne bem mais do que 3%, não é mesmo?
Não vou parar!
Por Reinaldo Azevedo
Quando certo blogueiro lulista recomendou aos coleguinhas que fizessem reportagens para encontrar os 3% que achavam o governo ruim ou péssimo, entendi que ele sintetizava o espírito de um tempo: se havia pessoas descontentes com o governo, isso seria tão absurdo que urgia saber quem eram e quais os seus motivos.
Se não podiam lhes abrir a cabeça para fatiar o cérebro e saber onde se alojava o antilulismo, que ao menos fossem social e politicamente dissecadas.
Foi então que sugeri que o lulo-petismo, identificadas tais pessoas, as obrigasse a andar com um uniforme listrado e um triângulo roxo, típico dos que não aderem ao regime por objeção de consciência.
Nunca, do governo Sarney para cá, houve um clima de caça às bruxas como o que se vive agora.
Com uma diferença: se, durante o regime militar, as ameaças à liberdade vinham de órgãos do estado, agora, os tiranetes de quarteirão, espalhados em todo canto, inclusive nas redações, ousam criar uma espécie de index do que pode e do que não se pode escrever.
Os “tolerantes” chegaram ao poder e descobriram que esse negócio de democracia é bacana desde que as pessoas digam as coisas certas.
Os argumentos perdem sentido, tornam-se inúteis.
Desde que se tenha uma “boa causa”, considerada correta, que se danem os números, a lógica e os fatos.
A matemática pode ser declarada um instrumento da reação caso ela se negue a endossar a reivindicação militante.
E aqueles que ousam dissentir tornam-se alvos da satanização.
Vejam alguns exemplos aqui.
O que me impressiona em todos esses casos é que a turma da gritaria não se ocupa minimamente em contestar argumentos, dados, informações, nada!
Tenta-se resolver a coisa pelo caminho da estupefação: “Como você pode dizer isso?”
Ou ainda: “Olhem só o que ele disse!
Que absurdo!”
Ora, se não posso “dizer isso” porque falso, então digam a verdade; se a tese é absurda, então mostrem o que não é.
Xingar, vituperar, espernear, fazer correntes na internet, tudo isso é inútil.
Esse tipo de adversidade até me anima a encontrar novos consensos furados.
Um recado aos que gostam e aos que não gostam do que lêem aqui: não vou parar!
E percorrerei com muito gosto a trilha da divergência.
Ademais, as urnas deixaram claro: a divergência reúne bem mais do que 3%, não é mesmo?
Agora são os franceses a fugir do trem-bala
Por Dimmi Amora e Leila Coimbra, na Folha:
As empresas francesas de trens de alta velocidade vão desistir de participar do leilão do trem-bala do Brasil se ele for confirmado para a próxima segunda-feira.
Alemães e espanhóis devem seguir o mesmo caminho, conforme apurou a Folha.
Os grupos multinacionais estão sendo procurados desde a semana passada pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) para formarem consórcios com empresas nacionais.
Até agora, só o grupo sul-coreano, formado pela estatal operadora Korail e pela fabricante Rotem/Hyundai confirma que fará proposta.
A França foi o segundo país a deter a tecnologia, em 1981.
Sua fabricante de equipamentos, a Alstom, é a que tem mais trens de alta velocidade em operação no mundo.
É investigada por suspeita de pagamento de propina por contratos no Brasil.
Os japoneses, pioneiros na tecnologia, também não devem entrar no negócio.
Uma fonte do país classificou como “muito difícil” a participação no projeto que prevê ligar Campinas-SP-Rio se o leilão for na segunda.
Um grupo de 20 empreiteiras de São Paulo ligadas à Associação de Empreiteiras de Obras Públicas e que se apresentou como interessado desistirá se a data for mantida.
Para realizar o leilão da hidrelétrica de Belo Monte, o governo forjou um consórcio de última hora com a estatal da Eletrobras e subsidiárias garantindo 49% do projeto.
No caso do trem-bala, essa possibilidade é mais remota.
Isso porque o edital exige que o consórcio tenha um fabricante e um operador desse tipo de trem.
As empresas francesas de trens de alta velocidade vão desistir de participar do leilão do trem-bala do Brasil se ele for confirmado para a próxima segunda-feira.
Alemães e espanhóis devem seguir o mesmo caminho, conforme apurou a Folha.
Os grupos multinacionais estão sendo procurados desde a semana passada pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) para formarem consórcios com empresas nacionais.
Até agora, só o grupo sul-coreano, formado pela estatal operadora Korail e pela fabricante Rotem/Hyundai confirma que fará proposta.
A França foi o segundo país a deter a tecnologia, em 1981.
Sua fabricante de equipamentos, a Alstom, é a que tem mais trens de alta velocidade em operação no mundo.
É investigada por suspeita de pagamento de propina por contratos no Brasil.
Os japoneses, pioneiros na tecnologia, também não devem entrar no negócio.
Uma fonte do país classificou como “muito difícil” a participação no projeto que prevê ligar Campinas-SP-Rio se o leilão for na segunda.
Um grupo de 20 empreiteiras de São Paulo ligadas à Associação de Empreiteiras de Obras Públicas e que se apresentou como interessado desistirá se a data for mantida.
Para realizar o leilão da hidrelétrica de Belo Monte, o governo forjou um consórcio de última hora com a estatal da Eletrobras e subsidiárias garantindo 49% do projeto.
No caso do trem-bala, essa possibilidade é mais remota.
Isso porque o edital exige que o consórcio tenha um fabricante e um operador desse tipo de trem.
O bestialógico de Celso Amorim e Nelson Jobim
Editorial do Estadão
É intelectualmente pobre - e moralmente esquálida - a argumentação com que o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, tentou justificar a abstenção do Brasil diante de um projeto internacional de resolução condenando o Irã por “violações recorrentes de direitos humanos”.
Apresentada por 24 países liderados pelo Canadá ao comitê da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) voltado para essas questões, a proposta destacou entre tais violações o apedrejamento como método de execução.
Foi uma referência óbvia à situação da iraniana Sakineh Ashtiani, sentenciada à lapidação por ter cometido adultério - embora fosse viúva. Diante dos protestos mundiais contra o que a presidente eleita, Dilma Rousseff, viria a qualificar como “uma coisa bárbara, mesmo considerando usos e costumes de outros países”, o Irã aparentemente modificou a forma da pena de morte para enforcamento, sob a alegação, fabricada às pressas, de que Ashtiani também assassinara o marido.
No comitê de direitos humanos da ONU, a resolução foi aprovada por 88 a 44 votos, com 57 abstenções.
Por ação ou omissão, ficaram do lado do regime liberticida de Teerã, além do Brasil, países como Cuba, Benin, Líbia, Síria, Sudão e Venezuela.
Entre os vizinhos, Chile e Argentina votaram contra o Irã.
Não é a primeira vez que, no governo Lula, o Brasil se nega a condenar notórios violadores das garantias fundamentais da pessoa, como se o país não tivesse firmado as convenções internacionais mais significativas a esse respeito, a começar da Carta da Organização das Nações Unidas.
Para o chanceler Amorim, a via mais efetiva para sustar os abusos perpetrados por ditaduras ou democracias de vitrine é o diálogo a portas fechadas.
Manifestações públicas e o apoio a sanções adotadas pela comunidade internacional, segundo ele, servem apenas para agradar a imprensa e “algumas ONGs”.
Trata-se de uma consternadora deturpação dos fatos.
Compromissos em privado e pressões ostensivas estão longe de se excluir.
Ao longo da história, muitas vidas foram salvas graças a diferentes modalidades de combinação, ditadas pelas circunstâncias, entre ambos os recursos.
A crer no ministro, o Brasil teria se abstido de alma leve na recente votação por duas razões.
Primeiro, porque “falamos diretamente (da questão do apedrejamento) com o governo do Irã”, o que seria muito mais eficaz do que as condenações aprovadas por outros países sem as mesmas “condições de diálogo” com Teerã.
E segundo, porque o País teria contribuído para a alegada decisão iraniana de suspender a lapidação.
“Não posso atribuir ao Brasil, porque seria pretensioso”, disse o chanceler, impado de pretensão, “mas em várias ocasiões já nos foi assegurado que o apedrejamento não vai ocorrer.”
A recusa do Itamaraty a afirmar na cena mundial os valores que o Brasil adotou com a redemocratização não apenas os subordina a um cálculo de conveniências que nem sequer demonstram ser vantajosas, mas prejudicam o País na frente externa.
Governos muitas vezes decidem patrocinar ou endossar condenações a regimes de força também para mostrar à opinião pública internacional de que lado se encontram da divisa que separa o humanismo da insensibilidade moral.
O mundo decerto não é uma confraria de querubins. Mas não há atenuantes para a cumplicidade com a barbárie.
No governo brasileiro, por sinal, há quem vá mais longe nesse rumo do que o chanceler Amorim.
Trata-se do seu colega da Defesa, Nelson Jobim.
Para ele, “essa questão de direitos humanos é ocidental” e o apedrejamento da iraniana não é “problema nosso”.
Numa caricatura rústica do conceito de relativismo cultural, Jobim chega a negar a existência de valores universais.
O que há “são hábitos”, e o Ocidente não pode impor as suas concepções.
A pretensão de fazê-lo, segue o disparate, é o que “produz intolerância” - e pode levar os países a “importar o terrorismo”.
Fosse Jobim ministro da Defesa de uma ditadura, o bestialógico ainda poderia ser interpretado como uma forma de autoproteção.
Nas circunstâncias atuais, é simplesmente incompreensível.
É intelectualmente pobre - e moralmente esquálida - a argumentação com que o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, tentou justificar a abstenção do Brasil diante de um projeto internacional de resolução condenando o Irã por “violações recorrentes de direitos humanos”.
Apresentada por 24 países liderados pelo Canadá ao comitê da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) voltado para essas questões, a proposta destacou entre tais violações o apedrejamento como método de execução.
Foi uma referência óbvia à situação da iraniana Sakineh Ashtiani, sentenciada à lapidação por ter cometido adultério - embora fosse viúva. Diante dos protestos mundiais contra o que a presidente eleita, Dilma Rousseff, viria a qualificar como “uma coisa bárbara, mesmo considerando usos e costumes de outros países”, o Irã aparentemente modificou a forma da pena de morte para enforcamento, sob a alegação, fabricada às pressas, de que Ashtiani também assassinara o marido.
No comitê de direitos humanos da ONU, a resolução foi aprovada por 88 a 44 votos, com 57 abstenções.
Por ação ou omissão, ficaram do lado do regime liberticida de Teerã, além do Brasil, países como Cuba, Benin, Líbia, Síria, Sudão e Venezuela.
Entre os vizinhos, Chile e Argentina votaram contra o Irã.
Não é a primeira vez que, no governo Lula, o Brasil se nega a condenar notórios violadores das garantias fundamentais da pessoa, como se o país não tivesse firmado as convenções internacionais mais significativas a esse respeito, a começar da Carta da Organização das Nações Unidas.
Para o chanceler Amorim, a via mais efetiva para sustar os abusos perpetrados por ditaduras ou democracias de vitrine é o diálogo a portas fechadas.
Manifestações públicas e o apoio a sanções adotadas pela comunidade internacional, segundo ele, servem apenas para agradar a imprensa e “algumas ONGs”.
Trata-se de uma consternadora deturpação dos fatos.
Compromissos em privado e pressões ostensivas estão longe de se excluir.
Ao longo da história, muitas vidas foram salvas graças a diferentes modalidades de combinação, ditadas pelas circunstâncias, entre ambos os recursos.
A crer no ministro, o Brasil teria se abstido de alma leve na recente votação por duas razões.
Primeiro, porque “falamos diretamente (da questão do apedrejamento) com o governo do Irã”, o que seria muito mais eficaz do que as condenações aprovadas por outros países sem as mesmas “condições de diálogo” com Teerã.
E segundo, porque o País teria contribuído para a alegada decisão iraniana de suspender a lapidação.
“Não posso atribuir ao Brasil, porque seria pretensioso”, disse o chanceler, impado de pretensão, “mas em várias ocasiões já nos foi assegurado que o apedrejamento não vai ocorrer.”
A recusa do Itamaraty a afirmar na cena mundial os valores que o Brasil adotou com a redemocratização não apenas os subordina a um cálculo de conveniências que nem sequer demonstram ser vantajosas, mas prejudicam o País na frente externa.
Governos muitas vezes decidem patrocinar ou endossar condenações a regimes de força também para mostrar à opinião pública internacional de que lado se encontram da divisa que separa o humanismo da insensibilidade moral.
O mundo decerto não é uma confraria de querubins. Mas não há atenuantes para a cumplicidade com a barbárie.
No governo brasileiro, por sinal, há quem vá mais longe nesse rumo do que o chanceler Amorim.
Trata-se do seu colega da Defesa, Nelson Jobim.
Para ele, “essa questão de direitos humanos é ocidental” e o apedrejamento da iraniana não é “problema nosso”.
Numa caricatura rústica do conceito de relativismo cultural, Jobim chega a negar a existência de valores universais.
O que há “são hábitos”, e o Ocidente não pode impor as suas concepções.
A pretensão de fazê-lo, segue o disparate, é o que “produz intolerância” - e pode levar os países a “importar o terrorismo”.
Fosse Jobim ministro da Defesa de uma ditadura, o bestialógico ainda poderia ser interpretado como uma forma de autoproteção.
Nas circunstâncias atuais, é simplesmente incompreensível.
terça-feira, 23 de novembro de 2010
Verdadeira Oposição sem Partido
Por Augusto Nunes
A iminente troca de gerente não afetou a produtividade da usina de escândalos, safadezas e espantos em geral instalada há oito anos no coração do poder.
Ainda atônito com as bandalheiras da quadrilha de Erenice Guerra, dos estupradores de sigilo fiscal ou dos fabricantes de dossiês bandidos, que se juntaram para reduzir a campanha presidencial de 2010 a um evento político-policial, o país que presta foi abalroado desde o primeiro minuto do mês pelos assombros de novembro.
Não há perigo de melhorar, reiteraram, entre outras obscenidades, a tentativa de exumação da CPMF, o segundo naufrágio do Enem, a descoberta de uma advogada sanguessuga na equipe de transição, o balcão de barganhas cafajestes explorado pelo PT e pelo PMDB ou as recorrentes ofensivas federais contra a liberdade de imprensa.
A turma parece cada vez mais cínica, ressalvou a discurseira triunfalista inspirada no Brasil Maravilha que Lula inventou sobre os escombros legados por Fernando Henrique.
Mas o governo, em sua essência, continua o mesmo.
A oposição oficial também continua a mesma, berrou o silêncio indecoroso dos líderes do PSDB — alguns em férias, outros cuidando da montagem de equipes, os restantes imersos no recesso oficioso que começa depois de uma eleição e acaba quando vai chegando a seguinte.
Posto em sossego, o maior partido oposicionista não captou ou não entendeu o recado das urnas.
Nem alcançou as dimensões de uma oportuníssima advertência formulada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Sempre ele.
“Não estou disposto mais a dar endosso a um PSDB que não defenda a sua história”, perdeu a paciência FHC numa entrevista concedida à Folha na noite de 31 de outubro.
“Esses 44 milhões que votaram em José Serra não são do PSDB”, compreendeu FHC.
“É uma parte da sociedade brasileira que pensa de outra maneira, e não se pode aceitar a ideia de que há uma separação entre pobres e ricos.
Nunca vi uma elite tão grande”.
O PSDB continuará distante desse colosso eleitoral se não se der conta de que, depois deste 31 de outubro, não chances de sobrevivência para quem se declara adversário do governo mas não sabe, ou não quer, interpretar o pensamento e as aspirações da resistência democrática.
Os líderes que não aprenderem a opor-se o tempo todo logo não terão ninguém a liderar, e serão substituídos por quem souber que a prudência não pode anular a bravura.
Sobretudo, não haverá esperança de salvação para políticos que engolem sem engasgos a discurseira que, simultaneamente, amaldiçoa o grande governo de FHC e celebra o faz-de-conta da potência sul-americana, como se algo de grandioso pudesse vicejar na Era da Mediocridade.
A ausência de réplicas tucanas aos palavrórios de novembro atesta que, até agora, o recado de FHC não interrompeu a interminável siesta pós-eleitoral.
“Eu recebi uma herança maldita”, Lula mentiu de novo em Seul, na reunião do G-20.
Enquanto a oposição oficial fazia cara de paisagem, um editorial do Estadão recolocou as coisas no lugar.
“Para que a memória do país não fique contaminada pela falta de memória do nosso ‘pato manco’”, rebateu o último parágrafo, “convém lembrar (…) a derrubada da inflação com o Plano Real, a Lei de Responsabilidade Fiscal, a criação do Proer, a criação das agências reguladoras, as privatizações, especialmente da telefonia, da Vale, da Embraer (…). Lula e o PT foram contra tudo isso”.
Nenhum deputado, senador, governador ou cartola partidário julgou necessário antecipar-se ao que escreveu José Roberto Guzzo na edição de VEJA desta semana.
“O Brasil não tem um único indicador comparável aos do Primeiro Mundo em áreas fundamentais como educação, saúde, esgotos, transporte coletivo, criminalidade, rodovias, ferrovias, portos, aeroportos e por aí afora”, corrigiu o colunista.
“Não tem competência, sequer, para montar um exame de escola como o Enem”.
Com ou sem o PSDB, a oposição real vem defendendo o legado de Fernando Henrique com a convicção obstinada que sempre faltou à oficial.
Com ou sem o partido, a oposição de verdade está também decidida a matar no nascedouro a farsa concebida para substituir a realidade por um Brasil de cartão postal e anúncio da Petrobras.
É preciso ensinar ao governo que impostura tem limite.
E o PSDB precisa aprender que quem vive morto de medo acaba morrendo de inanição.
Íntegra aqui.
A iminente troca de gerente não afetou a produtividade da usina de escândalos, safadezas e espantos em geral instalada há oito anos no coração do poder.
Ainda atônito com as bandalheiras da quadrilha de Erenice Guerra, dos estupradores de sigilo fiscal ou dos fabricantes de dossiês bandidos, que se juntaram para reduzir a campanha presidencial de 2010 a um evento político-policial, o país que presta foi abalroado desde o primeiro minuto do mês pelos assombros de novembro.
Não há perigo de melhorar, reiteraram, entre outras obscenidades, a tentativa de exumação da CPMF, o segundo naufrágio do Enem, a descoberta de uma advogada sanguessuga na equipe de transição, o balcão de barganhas cafajestes explorado pelo PT e pelo PMDB ou as recorrentes ofensivas federais contra a liberdade de imprensa.
A turma parece cada vez mais cínica, ressalvou a discurseira triunfalista inspirada no Brasil Maravilha que Lula inventou sobre os escombros legados por Fernando Henrique.
Mas o governo, em sua essência, continua o mesmo.
A oposição oficial também continua a mesma, berrou o silêncio indecoroso dos líderes do PSDB — alguns em férias, outros cuidando da montagem de equipes, os restantes imersos no recesso oficioso que começa depois de uma eleição e acaba quando vai chegando a seguinte.
Posto em sossego, o maior partido oposicionista não captou ou não entendeu o recado das urnas.
Nem alcançou as dimensões de uma oportuníssima advertência formulada pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
Sempre ele.
“Não estou disposto mais a dar endosso a um PSDB que não defenda a sua história”, perdeu a paciência FHC numa entrevista concedida à Folha na noite de 31 de outubro.
“Esses 44 milhões que votaram em José Serra não são do PSDB”, compreendeu FHC.
“É uma parte da sociedade brasileira que pensa de outra maneira, e não se pode aceitar a ideia de que há uma separação entre pobres e ricos.
Nunca vi uma elite tão grande”.
O PSDB continuará distante desse colosso eleitoral se não se der conta de que, depois deste 31 de outubro, não chances de sobrevivência para quem se declara adversário do governo mas não sabe, ou não quer, interpretar o pensamento e as aspirações da resistência democrática.
Os líderes que não aprenderem a opor-se o tempo todo logo não terão ninguém a liderar, e serão substituídos por quem souber que a prudência não pode anular a bravura.
Sobretudo, não haverá esperança de salvação para políticos que engolem sem engasgos a discurseira que, simultaneamente, amaldiçoa o grande governo de FHC e celebra o faz-de-conta da potência sul-americana, como se algo de grandioso pudesse vicejar na Era da Mediocridade.
A ausência de réplicas tucanas aos palavrórios de novembro atesta que, até agora, o recado de FHC não interrompeu a interminável siesta pós-eleitoral.
“Eu recebi uma herança maldita”, Lula mentiu de novo em Seul, na reunião do G-20.
Enquanto a oposição oficial fazia cara de paisagem, um editorial do Estadão recolocou as coisas no lugar.
“Para que a memória do país não fique contaminada pela falta de memória do nosso ‘pato manco’”, rebateu o último parágrafo, “convém lembrar (…) a derrubada da inflação com o Plano Real, a Lei de Responsabilidade Fiscal, a criação do Proer, a criação das agências reguladoras, as privatizações, especialmente da telefonia, da Vale, da Embraer (…). Lula e o PT foram contra tudo isso”.
Nenhum deputado, senador, governador ou cartola partidário julgou necessário antecipar-se ao que escreveu José Roberto Guzzo na edição de VEJA desta semana.
“O Brasil não tem um único indicador comparável aos do Primeiro Mundo em áreas fundamentais como educação, saúde, esgotos, transporte coletivo, criminalidade, rodovias, ferrovias, portos, aeroportos e por aí afora”, corrigiu o colunista.
“Não tem competência, sequer, para montar um exame de escola como o Enem”.
Com ou sem o PSDB, a oposição real vem defendendo o legado de Fernando Henrique com a convicção obstinada que sempre faltou à oficial.
Com ou sem o partido, a oposição de verdade está também decidida a matar no nascedouro a farsa concebida para substituir a realidade por um Brasil de cartão postal e anúncio da Petrobras.
É preciso ensinar ao governo que impostura tem limite.
E o PSDB precisa aprender que quem vive morto de medo acaba morrendo de inanição.
Íntegra aqui.
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