Por Dimmi Amora e Leila Coimbra, na Folha:
As empresas francesas de trens de alta velocidade vão desistir de participar do leilão do trem-bala do Brasil se ele for confirmado para a próxima segunda-feira.
Alemães e espanhóis devem seguir o mesmo caminho, conforme apurou a Folha.
Os grupos multinacionais estão sendo procurados desde a semana passada pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) para formarem consórcios com empresas nacionais.
Até agora, só o grupo sul-coreano, formado pela estatal operadora Korail e pela fabricante Rotem/Hyundai confirma que fará proposta.
A França foi o segundo país a deter a tecnologia, em 1981.
Sua fabricante de equipamentos, a Alstom, é a que tem mais trens de alta velocidade em operação no mundo.
É investigada por suspeita de pagamento de propina por contratos no Brasil.
Os japoneses, pioneiros na tecnologia, também não devem entrar no negócio.
Uma fonte do país classificou como “muito difícil” a participação no projeto que prevê ligar Campinas-SP-Rio se o leilão for na segunda.
Um grupo de 20 empreiteiras de São Paulo ligadas à Associação de Empreiteiras de Obras Públicas e que se apresentou como interessado desistirá se a data for mantida.
Para realizar o leilão da hidrelétrica de Belo Monte, o governo forjou um consórcio de última hora com a estatal da Eletrobras e subsidiárias garantindo 49% do projeto.
No caso do trem-bala, essa possibilidade é mais remota.
Isso porque o edital exige que o consórcio tenha um fabricante e um operador desse tipo de trem.
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