Arrocho salarial da Dilma: PIB cresce e novo governo, em vez de distribuir, quer achatar o salário mínimo.
Da Folha:
A presidente eleita Dilma Rousseff quer aprovar uma nova regra de reajuste do salário mínimo.
Sua equipe de transição vai negociar com as centrais sindicais, em conjunto com o governo Lula, um novo mecanismo para começar a valer já em 2011.
A ideia é acertar um novo modelo para evitar o que, pela regra atual, aconteceria no ano que vem: o mínimo não teria reajuste real, sendo corrigido apenas pela inflação.
O reajuste do mínimo foi uma das principais bandeiras de campanha de José Serra (PSDB), que prometeu elevar o salário mínimo dos atuais R$ 510 para R$ 600, bem acima dos R$ 538,15 definidos pelo governo na proposta de Orçamento enviada ao Congresso em agosto.
Serra explorou o fato de o modelo em vigor -implantado no segundo mandato de Lula- definir que o mínimo seja corrigido pela inflação, mais a variação do PIB de dois anos antes.
Como a economia não cresceu em 2009, ano que vem a correção seria só pela inflação.
Apesar de ter decidido conceder um aumento real, Lula afirma que não irá concordar com aumentos exagerados que possam prejudicar as contas públicas.
Segundo ele, não é possível chegar perto dos R$ 600 prometidos por Serra, criticados pelo governo e por Dilma, por significar um gasto extra de R$ 17 bilhões.
Arrocho no salário mínimo, reajuste na Bolsa Família.
A presidenta Dilma Rousseff, com três dias de eleita, já está pregando um arrocho salarial pela redução do salário mínimo, ao mesmo tempo em que promete um reajuste da Bolsa Família.
Não há dinheiro para quem trabalhou a vida inteira, como os aposentados, mas há dinheiro para sustentar os milhões de eleitores que a elegeram.
A Oposição deve denunciar que as promessas de campanha estão sendo descumpridas e apoiar, imediatamente, um grande aumento para a Bolsa Família, inclusive com a introdução do décimo-terceiro, além de brigar pelo salário mínimo de R$ 600.
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