Para onde eles estão indo?
A ação das forças de segurança no Rio tem sido exemplar, com a retomada de territórios ocupados pelo tráfico e farta apreensão de drogas e potentes armas em mãos dos criminosos pela polícia.
Mas há um senão: não se vê a prisão em massa de bandidos nem notícia sobre quais medidas estão sendo tomadas para quebrar sua força econômica.
É preciso que o governo federal, numa operação conjunta com os estados, impeça que o crime organizado mude apenas de endereço, além de continuar financeiramente robusto. Violência não é produto de exportação.
O ex-titular da Secretaria Nacional Antidrogas (Senad), Wálter Maierovitch, disse neste domingo, num debate na TV Gazeta, que o importante não é tanto conter o envio de drogas, mas o dinheiro que financia os traficantes e a entrada de armas, que vêm de fora para dentro.
É preciso dar estrutura aos governadores para que atuem com eficiência nas fronteiras brasileiras.
As Forças Armadas poderiam auxiliar os estados neste esforço de guerra.
Bons salários, já!
O companheiro Nenê, um dos fundadores do Movimento Jovem do PTB no Rio Grande do Sul, fez um alerta, no Twitter, sobre um necessário desdobramento da vitoriosa ação das forças de segurança no combate ao tráfico no Rio de Janeiro.
Nenê lembra que é hora de se retomar o debate sobre a PEC 300, que define um piso salarial nacional para policiais civis e militares e bombeiros.
O governo vem empurrando com a barriga a votação desta proposição, apesar de ter feito um acordo com representantes da categoria de que a matéria entraria em pauta após o 2º turno das eleições.
Fim da inversão de valores?
A vitoriosa ação das forças de segurança na retomada da Vila Cruzeiro e no Complexo do Alemão deixa uma mensagem simbólica importante para as crianças.
A histórica omissão do poder público no combate ao crime nas comunidades carentes causou estragos na formação de milhares de crianças, que passaram a ver os malfeitores como seus "patronos".
Estava mais do que na hora de se acabar com essa brutal inversão de valores que faz um bandido ser visto como um "Robin Hood das favelas".
A ação da polícia nos morros do Rio está deixando claro para as crianças quem são os verdadeiros patronos, as pessoas que verdadeiramente agem pelo bem comum.
Hora de passar o rodo
Um dado ficou patente para quem assistiu, via satélite, a bem-sucedida operação policial tanto na Vila Cruzeiro como no Complexo do Alemão: houve pouca resistência dos bandidos, e nenhuma baixa foi anotada entre os policiais.
Conclusão: se era assim tão fácil, por que o poder público não se mobilizou antes para recuperar áreas conflagradas da cidade?
Consolidado o domínio nas áreas conflagradas, agora é hora de invadir a Rocinha e o Vidigal, expandindo as fronteiras do Estado sobre as áreas antes dominadas por traficantes.
Para alívio da população, a guerra está só começando.
No blog do Jefferson
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