O jornalista Reinaldo Azevedo comenta sobre um fato que há anos vem acontecendo escancaradamente, tanto em materiais produzidos pelo MEC, nos folhetos de Igrejas e, particularmente, nas provas do ENEM.
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É de assustar! As questões se dividem em blocos de nomes modernosos e pomposos:
1 - Ciências Humanas e Suas Tecnologias;
2 - Ciências da Natureza e Suas Tecnologias;
3 - Linguagem e Códigos e Suas Tecnologias;
4 - Matemática e Suas Tecnologias;
5 - Redação
Os itens 1 e 4, que somam 90 das 134 questões, são um primor de proselitismo e de obviedade estúpida, cobrando do aluno não mais do que a capacidade de interpretar textos de quatro ou cinco linhas, desde que ele seja “ideologicamente sadio”.
Já havia apontado esta tendência no Enem em anos anteriores.
Agora, acabou o disfarce: mais da metade da prova — incluindo a redação — está mais para um teste ideológico do que para um teste de conhecimento.
Vocês verão exemplos gritantes.
Assim, ao se converter em megavestibular — e com essas características —, pautando as escolas do país inteiro, que passam a se orientar por ele, o Enem contribui é para confundir as referências das poucas escolas que conseguiam ministrar um conteúdo organizado.
Ninguém mais precisa ensinar gramática, literatura, geografia, história, essas bobagens.
Basta que o professor dedique seu tempo à formação de idiotas politicamente corretos.
Isso resolve mais da metade da prova.
Não pensem que “Matemática e Suas Tecnologias” sejam o bom exemplo do Enem.
Há questões constrangedoras, como verificar se o aluno sabe quanto é 9,8% de 250 mil…
A herança de Haddad na educação irá muito além do “Sertanejo Universitário”…
Em livros escritos antes de ser ministro, esse valente demonstrava sincero interesse em destruir o capitalismo.
Vai ver esteja tentando pôr suas idéias na prática.
Por Reinaldo Azevedo
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