Deu em O Globo
Com a máquina parlamentar do governo, a doutora admite a volta da CPMF
Elio Gaspari
Durou exatamente três dias a lorota da redução da carga tributária propagada pelo governo e pela oposição durante a campanha eleitoral.
Dilma Rousseff foi eleita no domingo e, na quarta-feira, disse que "tenho visto uma mobilização dos governadores" para recriar o imposto do cheque, a falecida CPMF, derrubada pelo Congresso em 2007.
Se ela acreditava no que dizia quando pedia votos, anunciaria sua disposição de barrar a criação de um novo imposto.
No entanto disse assim: "Não pretendo enviar ao Congresso a recomposição da CPMF, mas não posso afirmar...
A "mobilização" vem de pelo menos 13 dos 27 governadores, inclusive o tucano Antonio Anastasia.
Nenhum deles, nem ela, teve a honestidade de defender a posição durante a campanha.
Tentar empurrar a recriação da CPMF como coisa dos governadores é uma ofensa à inteligência do eleitorado que deu 55 milhões à doutora Rousseff.
Se ela começa o governo com tamanha passividade, vem coisa pior por aí.
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