De Rosana Hessel, do Correio Braziliense
O meu, o seu, o nosso dinheiro recolhido em impostos está sendo torrado sem qualquer constrangimento por servidores públicos dos três poderes em viagens internacionais.
Singelamente, a justificativa para a gastança é trabalho.
Alguns, alegam acompanhar ministros, parlamentares e juízes em missões oficiais.
A maioria, no entanto, está embolsando diárias polpudas para participar de seminários e feiras — argumento que pouquíssimos conseguem comprovar.
O resultado disso foi que, somente nos nove primeiros meses deste ano, o Tesouro Nacional bancou US$ 51,1 milhões (R$ 86 milhões) em ajudas de custo a funcionários públicos em viagens ao exterior, um montanha de dinheiro suficiente para comprar cerca de 3,4 mil carros populares de R$ 25 mil ou 1.790 casas do programa Minha Casa Minha Vida, do governo federal, orçadas em R$ 48 mil a unidade no Distrito Federal.
Mas que fique bem claro: esses números representam apenas diárias.
Não incluem passagens aéreas nem as despesas relativas à Presidência da República, protegidas por sigilo.
Ou seja, a fatura pode ser, no mínimo, duas vezes maior, calculam técnicos do Ministério da Fazenda.
Curiosamente, os gastos — todos registrados no sistema de câmbio do Banco Central — disparam em meses que antecedem às férias, indicando que as viagens a trabalho acabam se transformando em lazer.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário