Algumas considerações sobre o Enem, complementando mais este excelente post de Reinaldo Azevedo.
No momento em que a prova passou a ser parte ou até o todo da avaliação para ingresso na universidade, perdeu o sentido de medir a qualidade do ensino médio.
Hoje a prova virou parte da média para ingresso na universidade pública.
Também é parte do critério - a outra parte é renda - para obter uma bolsa do Prouni, que permite ingressar gratuitamente ou pagando apenas 50% do preço nas universidades privadas.
Infelizmente, como nenhuma instituição de ensino gosta de ser avaliada, o Enem perdeu completamente o sentido.
E tirar o sentido das coisas é a maior especialidade do petismo.
Criou-se um grande pacto de mediocridade.
A escola aceita o Enem porque não é penalizada em nada pela baixa qualidade do aluno que forma.
A universidade aceita o Enem porque é obrigada para ter isenção de impostos garantida pelo Prouni ou receber as verbas liberadas pelo MEC.
O aluno não fala absolutamente nada porque é obrigado a fazer ou não entra na universidade.
E por aí vai.
No blog do Coturno.
Vejam aqui a análise da prova criminosa do ENEM.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Caberia ao Senado investigar isso, mas, como a máquina está em poder dos petralhas, não temos esperança alguma.
ResponderExcluirNão há sinais de lado nenhum de que poderemos confiar na lisura deste ENEM. Até porque o objetivo era simplesmente avaliar as escolas atribuindo-lhes nota e acabou sendo subvertida a ordem das coisas, figurando agora o ENEM como avaliação dos ALUNOS.
Pois é, FHC conseguiu universalizar o ensino.
ResponderExcluirO Bolsa-Escola, que Lula chamava de bolsa esmola, não era apenas para sustentar os pobres, muito menos comprar votos, senão Serra teria vencido em 2002.
O programa social de FHC era para colocar todas as crianças na escola, um verdadeiro trabalho de inclusão, e conseguiu, e o ENEM seria o passo importante para melhorar a qualidade do ensino público.
Com Lula no poder foi tudo por água abaixo.
O país do carnê das Casas Bahia é o país que se conformou a viver na mediocridade.