Por onde anda o Banco Central?
O rombo no Banco Panamericano, do Grupo Silvio Santos, é o resultado de um acúmulo de irregularidades contábeis desde meados de 2006.
O banco inflava seus balanços por meio do registro de carteiras de créditos que haviam sido vendidas a outras instituições como parte de seu patrimônio.
A maquiagem permitiu que o valor da empresa fosse incrementado antes da abertura de seu capital, em novembro de 2007.
Mas não pode blindá-lo contra a crise de crédito em 2008.
No ano seguinte, o Panamericano teve 49% de seu capital votante comprado pela Caixa Econômica Federal.
O que ainda não se sabe é como irregularidades tão grandes passaram pelo crivo de tantas instituições e por que só foram descobertas este ano pelo Banco Central.
Ex-diretores do banco PanAmericano “compraram” empresas fantasmas logo após a conclusão do negócio com a Caixa Econômica Federal, no final de 2009, segundo reportagem da Folha de S.Paulo.
A compra de empresas de participação com capital de R$ 100, feita por dois ex-diretores, ocorreu entre 1 e 8 dias após a Caixa anunciar, no dia 1º de dezembro, a compra de 35,54% do banco, por R$ 739,3 milhões.
Um dia depois o então diretor jurídico Luiz Augusto Teixeira de Carvalho Bruno e uma sócia, Joyce de Paula, adquiriam a Antillas Empreendimentos, registrada na Junta Comercial de São Paulo com capital de R$ 100.
Elinton Bobrik, diretor de novos negócios, assumiu o controle da Razak Empreendimentos em 9 de dezembro.
Ambas foram criadas para atuar como holding de instituições não financeiras.
Por meio de uma série de participações cruzadas, fica quase impossível identificar seus donos, o que também facilita a lavagem de dinheiro por meio de empresas em paraísos fiscais.
Por Álvaro Dias
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