segunda-feira, 8 de novembro de 2010
Praça converte dejetos de cães em energia
A Tribuna - Baixada Santista
Park Spark é um projeto criado pelo designer norte-americano Matthew Mazzotta.
Localizado na cidade de Cambridge (Massachusetts), ele consiste num biodigestor onde são depositados dejetos de cães.
A decomposição do material gera metano (CH4), que é usado para abastecer luminárias públicas a gás.
Biodigestores são equipamentos que transformam matéria orgânica em biogás.
A tecnologia é simples e o custo de implantação é baixo.
Porém, a ideia de Mazzotta não é resolver o problema de iluminação de praças pelo mundo, muito pelo contrário.
Na verdade, o Park Spark tem como objetivo a educação ambiental.
Para o designer, o sistema permite que as pessoas vejam, na prática, como algo que é considerado lixo, quando usado de forma inteligente, pode se transformar em um produto benéfico a todos.
Utilidade
Dessa forma, fica muito mais fácil demonstrar que boa parte do que a sociedade descarta no seu cotidiano, não necessariamente precisa ir para um aterro sanitário.
Muito pelo contrário.
Até fezes de animais podem ter uma dupla utilidade.
A primeira e mais óbvia é a sua transformação em biogás.
A segunda é evitar que a emissão desse gás não tenha um aproveitamento.
O metano é 23 vezes mais prejudicial ao meio ambiente do que o dióxido carbônico (CO2).
É o que ocorre em todos os aterros sanitários.
Na medida em que a matéria orgânica ali depositada apodrece, gera-se CH4.
O conceito do Park Spark vai na contramão de propostas como as usinas de lixo-energia muito em moda no Brasil.
Nelas, todo tipo de detrito pode ser usado para gerar energia.
Porém, ao queimá-los indiscriminadamente, impede-se o reaproveitamento de boa parte das matérias-primas contidas no lixo doméstico.
Além disso, a coleta seletiva e a reciclagem deixam de existir.
Para a maioria dos especialistas, entretanto, a maneira mais moderna de lidar com o lixo é reaproveitá-lo por meio de pequenas unidades fabris.
A madeira descartada, por exemplo, pode dar origem a cursos de marcenaria.
Idem com plásticos, vidros, papelão e metais.
Dessa forma, proporciona-se rendae, principalmente, capacitação profissional.
Assim, o que sobra é praticamente o lixo orgânico, que tanto pode gerar metano (nos biodigestores) como dar origem a adubo orgânico, isento de substâncias químicas.
É o chamado conceito do lixo-zero, que já foi uma utopia, mas a cada dia ganha mais importância na sociedade.
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Rose, neste país a ideia tem tudo para dar certo. Cocô é o que não falta. Viu essa última do ENEM? Mas não só essa, há em toda a administração do PT e apaniguados. É tanta m.... que durante um ano não precisaríamos gastar energia elétrica das Itaipus da vida. Bastariam alguns biodigestores estrategicamente instalados e dá-lhe metano...
ResponderExcluirZé do Coco
Depois os anônimos da internet é que fazem jogo sujo.
ResponderExcluirPois esses anônimos são mais propositivos do que os iluminados do governo, que arrecadam fortunas e nada fazem.