Lula repete padrão moral da infâmia de Marco Aurélio Garcia e seu assessor contra as vítimas da TAM
Por Reinaldo Azevedo
Todos se lembram dos gestos asquerosos de Marco Aurélio Garcia, que dispensa apresentações, e de seu assessor de imprensa, Bruno Gaspar, quando o Jornal Nacional noticiou que o avião da TAM que se acidentara em Congonhas no dia 17 de julho de 2007, matando 199 pessoas (os 187 que estavam no aparelho e 12 em solo), voava com um defeito no reversor de uma das turbinas.
Pois bem… Lula tratou do assunto hoje com os “blogueiros progressistas”.
Leiam com atenção - trecho do Estadão Online:
Ao responder à pergunta de um internauta, Lula disse que o dia em que sofreu mais no exercício da Presidência da República foi no acidente da TAM, ocorrido em São Paulo.
“Eu nunca vi tanta leviandade.
Eu estava na minha sala, era 6 e pouco, recebi informação de que tinha fogo no Aeroporto Santos Dumont (no Rio), numa sala que tinha móveis novos, muito material plástico e cadeira, fez fumaça negra e suspendeu os voos.
Eu estava recebendo essa informação quando entra um companheiro falando de fogo num hangar da TAM em São Paulo.
Eu liguei a TV e daqui a pouco fala em 200 passageiros, culpa do governo, a pista, não sei das quantas, aí eu fiquei na minha sala das 19 horas até quase meia noite, cada hora a notícia era pior e o governo carregava 200 mortos nas costas”.
Ainda sobre o episódio do acidente da TAM, Lula disse, sem citar o nome do então governador de São Paulo na ocasião, o tucano José Serra: “E o governador (José Serra) correu para ver o incêndio, e acho que eles pensaram, agora sim pegamos o Lula e vamos trucidar.
Passa um dia, um dia e meio, e recebo telefonema sobre uma fita feita pela Infraero e que tem uma coisa de um delegado que tinha fita e não queria dar”, disse.
“Mandei o Tarso Genro entregar, aí eu assisti à fita e tive a sensação de alívio por ter descoberto a verdade, depois que ficou patente que não era problema de pista, que tinha sido um erro”, acrescentou.
Segundo o presidente, “aquele para mim foi o dia mais triste de 8 anos de mandato.
Trouxe pilotos e especialistas para conversar e ninguém falava de erro humano, somente depois, foi o dia mais nervoso e triste da minha vida.
Não quero nunca mais que isso se repita”.
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Vamos lá.
O problema no reversor não estava entre as causas do acidente, que teve, sim, falha humana, FURO DADO EM REPORTAGEM DE CAPA PELA VEJA.
Congonhas, ademais, tinha, sim, problemas na pista.
É possível que, num outro aeroporto, muitas vidas tivessem sido poupadas.
O que me espanta é que a fala de Lula tem o mesmo padrão moral do gesto de Garcia e de seu assessor.
Notem: “Passa um dia, um dia e meio, e recebo telefonema sobre uma fita feita pela Infraero e que tem uma coisa de um delegado que tinha fita e não queria dar”, disse. “Mandei o Tarso Genro entregar, aí eu assisti à fita e tive a sensação de alívio por ter descoberto a verdade, depois que ficou patente que não era problema de pista, que tinha sido um erro”.
Assim como a dupla asquerosa fez gestos variados para o “F_ _ _-se!”, Lula se sentiu “aliviado”.
Que bom!
O contexto deixa claro: tinha sido um dia muito triste não porque 199 brasileiros haviam morrido, mas porque havia a suspeita, que não é infundada, de que as condições precárias do aeroporto colaboraram para a tragédia.
Se, nesse caso, Lula sentiu “alívio”, deveria dizer o que sentiu há poucos dias quando se concluiu, finalmente, que a torre teve responsabilidade na tragédia do vôo 1907, da Gol, que matou 154 pessoas no dia 29 de setembro de 2006.
Por uma questão de lógica, se um caso traz “alívio” (!?), o outro deveria fazê-lo sentir-se minimamente culpado, não é mesmo?
Não tem jeito, não!
Essa gente é uma monstruosidade moral.
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