Da Folha de São Paulo:
O governo federal apresentou um balanço final dos quatro anos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) inflado e maquiado, que encobre atrasos nas principais obras.
Os números foram inflados porque o governo reduziu a projeção das obras que deveriam ter sido concluídas em 2010.
Assim, o índice de sucesso aumentou.
No balanço do PAC, em abril, a meta de execução era maior que a apresentada neste fim de ano e de mandato.
Uma análise dos dados mostra que R$ 115 bilhões em investimentos passaram a ser classificados como obras que deveriam ser feitas após 2010. O balanço anterior não trazia essa distinção, quando todo o valor de R$ 656 bilhões estava incluído no cronograma entre 2007 e 2010.
O detalhamento financeiro mostra, porém, que 35% desse montante são de "financiamento a pessoa física".
Ou seja, são operações de crédito que o sistema financeiro faria sem o PAC.
O governo também maquia os resultados carimbando obras que na realidade estão atrasadas com o selo de "verde", que significaria que o cronograma está em dia.
É o caso do trem-bala, cuja licitação foi adiada para o próximo ano.
Mesmo assim, a obra permanece como se estivesse no prazo normal.
A Folha mostrou ao longo dos quatro anos do PAC a recorrente utilização deste tipo de maquiagem.
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