Por Reinaldo Azevedo
Sérgio Cabral, este assombroso governador do Rio de Janeiro, avaliou que o momento é bom para retomar uma antiga tese sua: a defesa da descriminação das drogas.
Cabral está pondo em prática a sua tese.
As UPPs, como vêm sendo implementadas, legalizam as drogas no Rio de Janeiro.
Diz José Mariano Beltrame que o objetivo de sua política é recuperar território.
Sem dúvida, isso é importante!
Só que é preciso recuperar o território e exercer a soberania, não é mesmo?
Se o tráfico continua, e continua, quem manda é o traficante.
A polícia apenas faz a segurança…
As drogas estão se tornando um flagelo no país.
Sob o olhar cúmplice das autoridades brasileiras.
Mais do que isso: há uma cultura de tolerância com o consumo — e, por conseqüência, com o tráfico.
Quem cheira mata!
No Rio, fica evidente que o narcotráfico domina vastos territórios, onde a polícia não entra a não ser em operações que lembram ações de guerra.
O Complexo do Alemão — que chamo “Complexo da Ideologia Alemã — não recebe a visita da Polícia há 13 meses para não atrasar as obras do PAC…
O país brinca com fogo.
Estamos constatando a inexistência de políticas oficiais que cuidem do assunto, que abrange, como se nota, várias áreas: da segurança pública à saúde mental.
E as falácias vão se acumulando.
Imaginar que se possa combater o grande tráfico de drogas sem combater o consumo e os pequenos traficantes é dessas bobagens que vão se tornando influentes apenas porque ganham uma roupagem de “progressismo”.
A tese prospera não porque comprovadamente eficiente, mas porque parece apelar a um senso de Justiça superior, que as pessoas comuns não alcançariam.
Imaginar que se pode descriminar a maconha, por exemplo, mas manter na ilegalidade as demais drogas, é outra dessas vigarices influentes que adquirem ares de fina sapiência.
Considerar que a política de redução danos — que levaria a um consumo mais “responsável” das drogas, com um manual de instrução — substitui a política de repressão é outra dessas mentiras que tentam ser convincentes.
Estudos demonstram, por exemplo, que boa parte dos moradores de rua de São Paulo — e isso deve ser verdade em todas as grandes cidades — são doentes mentais.
Em alguns casos, a doença é efeito da droga; em outro, os males se conjugaram.
Não há local para recolher e tratar essas pessoas ainda que a Prefeitura se dispusesse a tirá-las das ruas.
Ao contrário: aqui em São Paulo, certa Escatologia da Libertação, cobrindo o rabo do capeta com a batina, advoga justamente o contrário: o “direito” que essas pessoas teriam de morar nas ruas.
ONGs chegam ao requinte de distribuir cachimbos para o consumo de crack e um kit com seringa, água esterilizada e outros apetrechos para o uso de drogas injetáveis.
Só falta fornecer mesmo a droga.
Iniciativas como essas costumam contar com ajuda oficial.
Entenderam a perversidade da coisa?
Já que o Estado brasileiro não pode estatizar a segurança e o combate às drogas, então ele, na pratica, estatiza o drogado, a doença.
Não deriva o Bem do Mal.
Não há hipótese.
Cedo ou tarde, o que se supõe um Bem, derivado do Mal, vai cobrar o seu preço.
Estamos começando a pagá-lo agora.
Os anos todos de tolerância com a cultura da droga já corroeram também as instituições.
A tolerância com o estado paralelo da droga e os flertes com a sua “cultura alternativa” não poderiam dar em outra coisa.
Diante do crime, há duas alternativas: combatê-lo ou fazer com ele o pacto que o demônio costuma fazer com seus eternos subordinados.
O Brasil tem escolhido reiteradamente o rabudo.
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