sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Tão óbvio que qualquer anônimo pode enxergar - se quiser.

Enquanto o povo brasileiro está distraído com "Tropa de Elite 3", o país afunda com a falta de planejamento econômico do governo federal que jogou nas costas dos consumidores toda a responsabilidade de sustentar a gastança dos palácios, apostando na arrecadação crescente de impostos vindas do consumo irresponsável de quem não tem renda pra isso, pois o cidadão é incentivado ao endividamento para cobrir o rombo que não é seu.

ASSIM, O TAL CRÉDITO PESSOAL, QUE DEVERIA SE CHAMAR "DÍVIDA" PESSOAL, COMPENSA A GASTANÇA DO GOVERNO.

E toda essa farsa, que começou com uma MENTIRINHA, agora exige uma sucessão de falácias para sustentar a enganação.


Leiam matéria do economista Celso Ming - PREVISIBILIDADE - no Estadão

Nesta quinta-feira, no seu último discurso ao Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), o presidente Lula atribuiu o bom momento da economia à preservação de dois princípios ao longo do seu governo: o da responsabilidade e o da previsibilidade.
Lula disse que pegou a economia toda quebrada.
“Eu pensava: como vou governar um país que não tem conserto?”

É uma declaração com certo exagero e verdadeira apenas pela metade.
E o que contém de verdade tem mais a ver com o comportamento do Banco Central do que do resto do seu governo.


O maior exagero é o de que pegou a economia quebrada.
O Plano Real aconteceu em 1994, depois dele veio a Lei de Responsabilidade Fiscal e a adoção do sistema de metas de inflação.
E este já foi meio conserto andado sobre o qual Lula preferiu não passar recibo.
Perdeu uma boa oportunidade para ser mais sincero.

Um rápido exame sobre a qualidade das contas públicas mostra que, pelo menos nos três últimos anos do governo, prevaleceu a gastança e não propriamente a responsabilidade fiscal.

O grau de previsibilidade agora só é maior do que era lá atrás porque o Banco Central teve de acionar com a política de juros o que o resto do governo, com as demais políticas, deixou de fazer.
Coincidentemente, o argumento da previsibilidade nunca foi enfatizado nem pela Fazenda, nem pelo Planejamento, nem por outro setor.
Nos últimos oito anos, foi do Banco Central.

A partir do momento em que empresas e consumidores podem contar com a inflação na meta, por exemplo, cai o nível de incerteza.
Assim, nem o empreendedor nem o consumidor precisam fazer provisões excessivas para garantir cobertura para o fator-surpresa e para as imponderabilidades.
Nessas condições, o crescimento econômico se constrói sob bases sólidas e terá como consequência o aumento do emprego e da confiança no futuro.

Dá para dizer que toda a boa gestão de negócios e de implantação de projetos consiste em reduzir ao máximo os fatores sobre os quais não há controle.
Essa é a razão porque todo governo e todas as empresas bem administradas têm de trabalhar com projeções confiáveis que servem de parâmetros para a tomada de decisões.

O problema é que deficiências de gestão macroeconômica e excessivas concessões ao populismo, como as que se viram nos últimos meses, aumentam o grau de risco e de imprevisibilidade e podem levar os agentes econômicos tanto a adiar a implantação de projetos como a tomar decisões de baixa eficiência.

No momento, o ministro Guido Mantega retomou o discurso da austeridade e do equilíbrio das contas públicas.
É, indiretamente, o reconhecimento de que esse aperto de cinto ficou necessário porque o governo gastou demais.
E é também o reconhecimento de que a disparada da despesa pública nos dois últimos anos da administração Lula, principalmente em 2010, tirou previsibilidade da economia.

2 comentários:

  1. Como sempre o povo (tem o governo que merece) é que vai pagar a conta... e dá-lhe gastança!!!

    ResponderExcluir
  2. Tropa de Elite osso duro de roer, pega um pega geral também vai pegar você...
    Acontece nos filmes e na vida real...

    ResponderExcluir