Por Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa
Já calculava que o presidente Lula fosse ter um fim de mandato angustiado e triste.
Não deve ser fácil sair da situação em que ele está e voltar à terra.
Mormente quando aqui em baixo ele não tem nada para preencher suas horas.
É homem ainda moço para se satisfazer com a vida de avô, por exemplo.
Vem de uma vida muito agitada para apreciar os confortos e o carinho de uma rotina caseira.
Isso não faz seu gênero, já se vê.
Não tem, que saibamos, nenhum hobby.
Não me consta que seja cinéfilo, ou freqüentador de teatro.
Não gosta de ler, segundo suas palavras.
Não viaja pelo prazer de conhecer novos mundos e visitar cidades e monumentos.
Seu prazer ao viajar, é bem outro.
Assim é com todos os que se despem do poder e é preciso que a pessoa tenha uma vida interior muito rica e uma estrutura emocional equilibrada para não se deixar abater.
Ajuda, e muito, uma intensa atividade intelectual.
E ter amigos.
Dos bons, dos de verdade.
Lula conhece muita gente, uma multidão.
Mas nas posições que ocupou, terá feito verdadeiros amigos?
Serão sinceras as manifestações de afeto que recebe?
Tudo isso me passa pela cabeça ao ver as reações do presidente nos últimos meses e, sobretudo, após as eleições das quais saiu mais vitorioso que a eleita.
A declaração para justificar a compra de outro avião, francamente, envergonha todo o Brasil.
Foram palavras que nunca deveriam ter sido ditas e que só o foram porque, como todo astronauta sabe, o ar muito rarefeito deixa as ideias meio obnubiladas.
De qualquer forma, meus votos de boa aterrissagem, presidente.
Porque ela virá, não tenha dúvida...
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