domingo, 16 de janeiro de 2011

A década que condenou o Brasil ao atraso

Brasil está longe de produzir tablets

Pesquisa realizada pelo Ipea mostra que as empresas nacionais do setor de informática e telecomunicação estão atrasadas e defasadas
Lu Aiko Otta, O Estado de S. Paulo

Um longo caminho terá de ser percorrido até que a indústria nacional tenha condições de produzir tablets para serem vendidos a preços populares, como quer a presidente Dilma Rousseff.

Estudos do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) que servirão de base para a elaboração de uma vertente da política industrial para o setor de informática e telecomunicações mostram que as empresas brasileiras, atrasadas e com pouca retaguarda em pesquisa tecnológica, terão de entrar num mercado no qual concorrerão com empresas globais como Alcatel-Lucent e Nokia.

Na média, as empresas líderes de mercado mundial faturam R$ 2 bilhões ao ano.
Enquanto o Brasil investe 0,1% do Produto Interno Bruto (PIB) em tecnologia de informação e telecomunicação, os norte-americanos aplicam 0,65% do PIB e os europeus, 0,31% do PIB.

"Se a gente não começar a produzir, não vai produzir nunca", diz a pesquisadora do Ipea Fernanda De Negri, reconhecendo que a indústria nacional está em desvantagem.

O Brasil não pode ficar de fora se quiser ter uma economia moderna.
"Esse setor é chave não só pela inovação, mas também porque tem um impacto profundo sobre a competitividade", afirmou.

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