terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Comissão de Meia Verdade não resolve, faça-se inteira e ponto final

Alguns jornalistas ensaiam versões mais próximas da verdade sobre fatos que ainda carregam marcas do passado e que, enquanto são remoídos ou mal resolvidos, transmitem um clima de guerra no inconsciente da sociedade.
Isso é muito negativo.
A paz que os povos tanto almejam não é somente o fim dos confrontos bélicos, a principal conquista é a paz interior e isso está cada vez mais distante de nós porque o rancor dos derrotados em sua ideologia não permite.
Alguns sinais de lucidez aparecem em textos como "VERDADE E GRAVIDEZ", de Ruy Fabiano, mas ainda persistem na ideia de confundir o leitor quando colocam todos os personagens no mesmo balaio.


Se a presidente Dilma Roussef, como disse em seu discurso de posse, se “orgulha” de seu passado revolucionário e dele não se arrepende, não deve achar estranho que o mesmo se dê com o general José Elito Carvalho, a quem nomeou ministro-chefe do seu Gabinete de Segurança Institucional.

Ambos estiveram em trincheiras opostas ao tempo do regime militar – e nenhum dos dois personificava exatamente a defesa da democracia.
Em comum, os dois projetos em conflito postulavam o autoritarismo, ainda que sob argumentos e ideários distintos.

Em nome das respectivas causas – que não correspondiam à vontade da maioria da sociedade -, ambos os lados não hesitaram em matar e violar direitos humanos.
O lado vencedor superou largamente a contundência da banda derrotada, mas ambos incidiram nos mesmos delitos, ainda que em escala diferenciada.
A anistia, em nome da pacificação nacional, cobriu o período com o manto do perpétuo esquecimento (que é o que significa etimologicamente a palavra anistia).
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Ninguém pode ser favorável à violência, a qualquer ato de violência, longe de se vislumbrar algum ato heróico de quem tortura (não foi o caso do general José Elito) ou sequestra e mata, mas quem se envolveu em luta armada como método o fez por opção, por vontade própria, enquanto que na defesa da sociedade e no combate ao crime ainda não se cogita a possibilidade de que se obtenha algum resultado com gentilezas e regras de etiqueta.
Por isso, esse julgamento, implacável contra os militares e benevolente com quem provoca o confronto, seria mais justo se ficasse isento de emoção.

Mais uma observação, seria interessante identificar de uma vez quem torturou e se excedeu, assim, quem sabe, parem de generalizar e satanizar toda a corporação.
Um prato cheio para o crime organizado.
O apoio à ação militar recentemente no Rio de Janeiro provou ser necessária essa mudança de paradigma, o combate ao crime é imprescindível e criticar quem se arrisca nessa tarefa fortalece e justifica a ação do bandido.
Enquanto isso, não podemos esquecer que do outro lado tudo indica que as decisões eram unânimes, os que se arrependeram só o fizeram muito tempo depois, com a maturidade ou a tomada de consciência.
E mais, os revanchistas jamais demonstraram qualquer arrependimento.


Leiam mais sobre o assunto aqui.

Um comentário:

  1. O que os revanchistas querem é a indenização!
    Por uma luta em que a sociedade não estava envolvida! A sociedade estava trabalhando de dia e estudando a noite, pagando faculdade particular, para tentar uma vida melhor!
    Hoje a sociedade esta aposentada recebendo um mísero salário do INSS! No regime militar ou nessa falsa, podre e corrupta democracia, a miséria é a mesma! A esquerdalha esta no poder,
    olhem como vivemos! Cadê a saúde, segurança, educação, habitação? Necessidades basicas do povo!

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