O artigo "Dilma - A busca do atrito zero", de Fernando Rodrigues, Folha de S. Paulo pode suscitar várias interpretações, especialmente a partir do trecho que cita o fato de que a presidente nessas suas primeiras semanas no cargo fez poucos gestos políticos públicos.
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Quando os fez, tratou de enviar afagos a líderes de partidos de oposição.
Essa busca de atrito zero ou a aversão à fricção com seus adversários passa a ser uma marca do início da administração Dilma.
Essa aliança entre o Planalto e os governadores pode ser útil para Dilma.
Temas espinhosos como o aumento do salário mínimo desembocarão no Congresso.
A solução pode ser mais suave se os Estados ajudarem a frear um aumento incompatível com as contas públicas.
Só será possível julgar a eficácia do estilo político de Dilma ao longo dos próximos meses.
Por enquanto, só se nota uma grande diferença entre ela e seu antecessor, cujas menções recentes eram sobre "extirpar" partidos de oposição.
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Pois bem, o que temos no Brasil, na verdade, é o nono ano do mesmo governo.
A diferença é que, com o resultado da última eleição, frustaram-se com a expectativa de extirpar a oposição.
Se as lideranças desses partidos ainda não se deram conta, o governo percebeu a força da maioria da população, que não está nada satisfeita e não há propaganda que consiga enganar e convencer.
Não há diferença alguma de estilo, há mudança de método.
Nota-se que uma das estratégias é jogar a responsabilidade pelas decisões espinhosas pra cima do Congresso, como também sugerir que as medidas duras que precisam ser tomadas para (en)cobrir os rombos, resultado de oito anos de farra e manobras contábeis, seriam solicitações dos malvados governadores.
Já tentaram jogar a bomba da CPMF no colo de Geraldo Alckmin, agora é a vez do ridículo aumento do salário mínimo.
Fiquem atentos e cuidado com determinados pacotes de bondades, pode ser enviado, entre eles, uma Caixa de Pandora.
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