Século XXI, o mundo avança no conhecimento de novas tecnologias que melhoram a qualidade de vida, encontram a cura para inúmeras doenças e, entre outras coisas, facilitam a aproximação entre os povos.
O impacto provocado pelas mudanças climáticas também é recente, nos anos noventa a grande preocupação era a poluição e a qualidade do ar.
Porém, desde que essa nova condição passou a gerar transtornos, faz-se imprescindível a busca por medidas que possam minimizar o efeito de tragédias, especialmente as inevitáveis que têm como causa a reação da natureza.
Que programa nacional foi lançado neste início de século, além dos que já existiam e que se tornaram obsoletos diante da nova realidade?
O que foi feito nesses últimos anos no Brasil no que se refere à prevenção, além de atos isolados de governos estaduais e municipais?
Vejam matéria do Estado de São Paulo sobre o descaso do governo brasileiro no poder há quase uma década.
Reprise: 'Brasil não é Bangladesh. Não tem desculpa'
O Estado de S.Paulo
"O Brasil não é Bangladesh e não tem nenhuma desculpa para permitir, no século 21, que pessoas morram em deslizamentos de terras causados por chuva."
O alerta foi feito pela consultora externa da ONU e diretora do Centro para a Pesquisa da Epidemiologia de Desastres, Debarati Guha-Sapir.
Conhecida como uma das maiores especialistas no mundo em desastres naturais e estratégias para dar respostas a crises, Debarati falou ao Estado e lançou duras críticas ao Brasil.
Para ela, só um fator mata depois da chuva: "descaso político."
Como a senhora avalia o drama vivido no Brasil?
Não sei se os brasileiros já fizeram a conta, mas o País já viveu 37 enchentes, em apenas dez anos.
É um número enorme e mostra que os problemas das chuvas estão se tornando cada vez mais frequentes no País.
O que vemos com o alto número de mortos é um resultado direto de fenômenos naturais?
Não, de forma alguma.
As chuvas são fenômenos naturais.
Mas essas pessoas morreram, porque não têm peso político algum e não há vontade política para resolver seus dramas, que se repetem ano após ano.
Custa caro se preparar?
Não. O Brasil é um país que já sabe que tem esse problema de forma recorrente.
Portanto, não há desculpa para não se preparar ou se dizer surpreendido pela chuva.
Além disso, o Brasil é um país que tem dinheiro, pelo menos para o que quer.
E como se preparar então?
Enchentes ocorrem sempre nos mesmo lugares, portanto, não são surpresas.
O problema é que, se nada é feito, elas aparentemente só ficam mais violentas.
A segunda grande vantagem de um país que apenas enfrenta enchentes é que a tecnologia para lidar com isso e para preparar áreas é barata e está disponível.
O Brasil praticamente só tem um problema natural e não consegue lidar com ele.
Imagine se tivesse terremoto, vulcão, furacões...
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