segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Nosso agronegócio sob a tutela do Greenpeace

O governo no poder há quase uma década vem condenando o país a um retrocesso generalizado.
Os índices nos setores fundamentais, como educação, saúde e segurança não avançam.

Governos passados iniciaram um processo de industrialização que está revertendo neste início de século e o que temos são as indústrias fechando as portas.

Só sobrevivem as montadoras, não produzimos mais nada.

Os noticiários pautados pelo governo federal podem até transmitir imagens da movimentação de cargas entre o Brasil e outros países, mas omitem o fato de que chegamos à situação absurda de exportar pedra para comprar o piso produzido lá fora.

Assim acontece com outras matérias-primas, que são processadas no exterior por falta de incentivos, investimentos e programas de capacitação.

Agora querem reduzir até nossa produção de alimentos, a atividade primária.
Se já caminhamos para uma economia primitiva, de subsistência, viver só de floresta, então, é o retorno à pré-história.


Trecho de matéria publicada no Diário do Comércio

Passou desapercebido, não tendo sido sequer noticiado, um convênio assinado entre o Greenpeace, a ABAG (Associação Brasileira do Agronegócio) e o Banco do Brasil.


O seu teor reside em condicionar o financiamento do Banco do Brasil a empresas do agronegócio à obediência de determinadas diretrizes ambientais que seriam certificadas pelo Greenpeace, que se tornaria, então, o intermediário entre a instituição financeira e empresas do agronegócio.
A notícia consta do site do Greenpeace, como tendo acontecido no dia 1º de dezembro em Brasília.

Nos termos do acordo, o "Banco do Brasil (BB) anunciou que vetará o crédito rural a fazendeiros de soja que estiverem plantando em áreas recém-derrubadas da floresta".

A mensagem soa ambientalista, politicamente correta, quando, na verdade, introduz uma grande novidade, a de que caberá ao Greenpeace determinar quais áreas teriam sido derrubadas ou não, segundo os seus próprios critérios e interesses.

O objetivo imediato dessa ONG consiste em que outras instituições financeiras sigam o exemplo do BB, vindo, desse modo, a garrotear completamente o setor da agricultura e da pecuária, que passaria a depender de uma entidade global, hierarquizada internacionalmente, veiculando também provavelmente interesses de empresas e entidades de outros países que competem com o agronegócio brasileiro.

Uma ONG internacional passa, então, a monitorar um setor do agronegócio com apoio de uma estatal.
Trata-se do melhor dos mundos para essa ONG.
E para o Brasil?
Imaginem o Banco do Brasil financiando apenas projetos de agricultura e pecuária a partir de uma certificação de "naturalmente" corretos, fornecida pelo Greenpeace.

O deputado Aldo Rebelo já fez manifestações contra a ação aos seus olhos nefasta dessa organização, assinalando a sua vinculação com empresas e governos estrangeiros, que procuram diminuir a competitividade da agricultura e pecuária brasileiras.
O lema desses governos e entidades empresariais é:
"Farms here (nos EUA), Forests there (no Brasil)".

É isto que almejamos para o Brasil em 2011?

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