quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

A oficialização da vocação clandestina do governo Dilma

Há coisas que, em si, parecem não ter importância nenhuma, mas que têm peso simbólico.
Analisado o símbolo, então se pode especular um pouco além da aparência ou da superfície.
Leiam o que vai no Portal G1.


Tradição de bandeira presidencial muda no governo Dilma
Por Nathalia Passarinho:

No governo da presidente Dilma Rousseff, deixou de vigorar a regra de quase 40 anos, segundo a qual a bandeira nacional e a bandeira verde com o brasão da República, chamadas de Pavilhão Presidencial, ficam hasteadas sempre que o chefe de Estado estiver no Palácio do Planalto ou no Palácio da Alvorada.

A norma foi adotada em um decreto de 1972 do então presidente Emílio Garrastazu Médici.
Foi revogada pelo decreto 7.419/2010, publicado no último dia do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo informações do Planalto, Lula manifestou diversas vezes, em seus oito anos de mandato, a intenção de revogar o decreto.
Durante o governo dele, em alguns momentos, a bandeira permaneceu hasteada mesmo quando ele não estava no local, contrariando o decreto.

Em uma das ocasiões, durante a corrida presidencial de 2010, a agenda de Lula dizia que ele estava no Palácio da Alvorada, quando, de fato, estava gravando propaganda política para a então candidata Dilma Rousseff.

(...) a revogação do decreto teria sido feita com o consentimento de Dilma.
Por duas vezes, ela deixou Brasília com destino a outros estados - no caso São Paulo e Rio Grande do Sul - e a informação do local de desembarque só foi confirmada horas depois pela assessoria.
Como presidente eleita, Dilma optou por não ter uma agenda pública e evitar a divulgação de todas as reuniões que realizava durante o governo de transição.


Comentário de Reinaldo Azevedo

Toda lei aprovada durante a ditadura servia à ditadura?
É óbvio que não!
Parte importante do arcabouço jurídico brasileiro vem daquele período.
O decreto da bandeira era bom.
Servia à transparência.

Mas notem que, segundo informa a reportagem do G1, Lula desrespeitava a lei — fosse só essa, vá lá…
O ex-presidente matou serviço para fazer campanha eleitoral.

O que essa aparente bobagem da bandeira tem a ver com a concessão de passaportes especiais, por exemplo?
A noção de que o chefe do Executivo não deve satisfações a ninguém, faz o que bem entende.

Nas vezes em que mandou o texto às favas, Lula não estava se comportando como o presidente de todos os brasileiros, mas como chefe dos petistas, embora .

Boa parte da imprensa canta as virtudes do governo oculto, quase clandestino de Dilma.
É, faz sentido…
Para um governo clandestino, uma presidente que também quer ser clandestina.

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