Agora, mais do que nunca, quem sabe o nosso povo mal informado ou receptor de informações deformadas por pseudo-lideranças, muito bem abastecidas com dinheiro do contribuinte, possa ter a oportunidade de conhecer a verdade sobre a história recente de nosso país.
Trata-se de um exercício de memória e de abertura de espaços aos que foram condenados ao ostracismo ou aos injustos tiroteios disparados pelos poderosos de plantão.
Sobrou até para um médico muito bem conceituado, que foi envolvido na calúnia ao então candidato José Serra, com insinuações de que havia simulado uma agressão que resultou na esculhambada versão sobre a bolinha de papel.
O que criaturas raivosas faziam, então, na passeata do adversário?
Eis a questão que não se questiona.
Por que estou renovando minhas esperanças?
Percebe-se uma intensa preocupação com as denúncias de mordomias e concessões ilegais que escancaram o esfacelamento legal e ético do país.
Dá para entender a jogada dos marqueteiros que criaram um enredo no qual o protagonista não "desencarna", como se tivesse permissão para perpetuar seus abusos e o seu usual desrespeito às leis.
Até então as denúncias eram desqualificadas com respostas imediatas, versões estrambólicas e o evidente "cala boca".
Agora reclamam que só um lado denuncia, apenas alguns ministros reagem com argumentos tão ridículos e irrelevantes quanto os adjetivos por eles citados.
O vitimismo e o tom intimidatório, que têm surtido efeito nesses últimos oito anos, parecem se esgotar no silêncio das autoridades, nos impasses criados pela ineficiente articulação política, na economia que revela uma herança macabra, com a disparada da inflação e a necessidade de cobrir rombos que não tem mais como esconder.
Algumas vozes ousam se pronunciar como nunca antes nessa década que passou em brancas nuvens, quando o conceito de popularidade pairou acima da lei.
"A OAB está estarrecida com a falta de compromisso com a lei", disse Ophir Cavalcane, presidente da OAB, sobre os passaportes ilegais para filhos de Lula.
Já é um recomeço, um sinal de retomada da automonia de nossas instituições, um atendimento aos apelos de milhões de brasileiros que se manifestaram nas urnas contra os mais graves esquemas de corrupção da história do país e que contrariaram todos os índices de aprovação divulgados pelos institutos de pesquisas.
Cerca de 44 milhões de eleitores tiveram a coragem de votar no candidato que não tem apoio de muitos grupos organizados, justamente porque não aceita essas práticas tão nocivas à sociedade.
Mais de trinta milhões negaram o voto, porém, isso também indicou um imenso "NÃO" ao governo.
O desgaste é inevitável e a oportunidade de resgatar a verdade dos fatos não pode ser desperdiçada.
O cidadão brasileiro tem o direito e, principalmente, o dever de cobrar o cumprimento das ações prometidas em campanha, como também exigir que a oposição cumpra o seu papel.
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