quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Salve-se quem puder!

Reunida com amigos, ouvi relatos sobre atos de violência e incitei o grupo a uma reflexão.
Uma das pessoas presentes estava assustada porque acabara de ultrapassar uma avenida movimentada, com o semáforo fechado no sentido em que se encontrava e sem a mínima noção se outros veículos estavam passando por ali naquele exato momento.
Isso porque um grupo de assaltantes a abordou, começaram a dar socos no carro e, sem pensar, num reflexo involuntário, acelerou e disparou numa manobra arriscada, sem contar o perigo de ser baleada por algum dos bandidos, como normalmente acontece nessas situações.

Resolvi, então, comentar sobre uma tentativa de assalto que sofri e que, sem a menor intenção, também reagi.
Foi há cerca de um mês, fiquei machucada porque perdi o equilibrio e caí, porém, não sei aonde encontrei tanta força para segurar a mão do marmanjo, a bolsa e as sacolas que carregava.
Não levou nada e, graças a Deus, não me agrediu, mesmo com todos os insultos que disparei, coisa que nunca fizera antes.
Não tinha qualquer objeto de valor ou dinheiro, apenas o material de uma palestra e um estojo de batom, além de uma sacola com pães e outra com batatas.
Mas foi o instinto que se revelou mais selvagem do que eu supunha.
Tenho minhas práticas, medito, sou devota e disciplinada.
Obediente, também, às orientações dos especialistas e autoridades da área de segurança pública.
Enfim, sou uma pessoa zen e julgava ter algum controle dos meus atos, pelo menos em circunstâncias às quais não sou pega de sobressalto.
(Para uma amiga pessoal - do jeito que a gente conversa, escreve-se, não tem segredo)

Um terceiro caso, então, surgiu para confundir mais um pouco.
Uma conhecida de alguém do grupo, uma professora que costumava orientar seus alunos para que jamais reagissem a um assalto, que não fizessem movimentos bruscos e coisas assim, foi baleada por um assaltante porque se assustou e não conseguiu se controlar.
Meu Deus, isso é humano, não somos máquinas programadas, muito menos perfeitas.
Nossas emoções nos traem.

O que precisamos é fazer valer a lei para TODOS os criminosos, todos os que desafiam a justiça, que debocham das regras da sociedade e que se aproveitam da impunidade para implantar a República do crime e da violência, como escreveu o Senador Demóstenes Torres, facilitada pela frouxidão, e eu diria até pela proteção, do governo federal.
Que haja algum movimento ou iniciativas estratégicas que despertem para a mudança de mentalidade num país que, infelizmente, tem aprendido nos últimos tempos que o mundo é dos malandros, que gozam de privilégios em relação às suas vítimas.
Se nenhuma ação surtir efeito, que sejam, de alguma maneira, isolados do convívio social, não é justo que inocentes vivam em pânico ou enclausurados para preservar a vida.
Basta!

2 comentários:

  1. O Brasil esta sem escrúpulo!
    A falta de segurança é generalisada! A vida facil esta em evidência, a começar em Brasília,
    com todos aqueles escandalos de corrupções, envios de verbas, obras superfaturadas, o toma la da ca dos partidos da base do governo, que usam até o salário mínimo como moeda de troca
    para apoio ou não ao governo! O ex presidente não respeitando as leis eleitorais, a expulsão dos esportistas cubanos do país com a rápida devolução ao Ditador cubano e em contra partida a munutenção de um criminoso italiano que ainda
    acabara sendo solto e obtendo asilo político!
    A bandidagen vô os colarinhos brancos cometendo crimes e não sendo punidos, partem tambem, para a vida facil, cometendo todos os tipos de crimes
    fazendo tambem a população padecer! Além do assalto do IPVA, Inspeção veicular e pedágios, tambem somos obrigados a pagar seguro de carros e casas para não sermos roubados! Entram políticos e saem políticos, de todos os partidos, e a história continua sendo a mesma!
    Francisco SP

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  2. Francisco
    Parabéns pela memória.
    Isso é ser realmente esperto, no bom sentido, está ligado em tudo e não é enganado como a maioria que acha que leva alguma vantagem votando num partido de milionários disfarçados de povo.

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