Blog do Alon
Talvez o último grande salto adiante na educação brasileira tenha acontecido com o ministro Paulo Renato, no governo Fernando Henrique.
Ali universalizou-se o ensino fundamental.
Restou entretanto o desafio da qualidade.
Nossas crianças estão nas escolas, mas as públicas ainda não são boas.
(QUEM ESTÁ NO NONO ANO DE GOVERNO CONTINUA DEVENDO)
O governo do PT vitaminou o antigo Fundef, que melhorava a renda dos professores, mas por não querer dividir o mérito com quem tinha trabalhado antes mudou o nome para Fundeb.
Coisas da pequena política.
O PT carrega o mérito de ter criado o Prouni, mecanismo compensatório para o jovem de origem popular não suficientemente competitivo para conseguir vaga no ensino superior público.
(CRIOU OU APROVEITOU MAIS UMA IDEIA DOS TUCANOS, COMO FIZERAM COM OS PROGRAMAS SOCIAIS?
O PROGRAMA BOLSA-UNIVERSIDADE FOI CRIADO, NA VERDADE, EM SÃO PAULO, NO ANO DE 2003)
Seria injusto concluir que o PT se preocupa de menos com a qualidade do ensino público fundamental e médio, esse nó górdio à espera de ser decepado.
Mais provável é que o petismo ainda não tenha reunido as necessárias condições políticas para o upgrade.
E por uma razão simples.
A revolução educacional brasileira pede foco absoluto no aluno e no aprendizado deste, que deve subordinar as demais variáveis.
Inclusive as sindicais.
Uma reportagem de Luciano Máximo no Valor Econômico deste fim de semana aponta o crescimento do número de estados brasileiros propensos a adotar políticas de remuneração variável.
Ganha mais o professor ou funcionário da escola onde as crianças e jovens demonstram que aprenderam mais.
Simples.
O assunto andou frequentando a última campanha presidencial, por causa da oposição cerrada do sindicalismo paulista de professores a um plano com essas características implementado pelo governador de São Paulo, José Serra, do PSDB.
O PT, naturalmente, tratou de pegar uma carona.
(CADÊ O VIDEO DA CAMPANHA DO SERRA ANTES QUE OS PETISTAS FAÇAM PROPAGANDA COMO SE A IDEIA FOSSE DELES?)
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