Quem tem acompanhado ao menos um pouco a trajetória política de José Serra, especialmente a população da Baixada Santista, pode testemunhar seu protagonismo nas questões ambientais no estado de São Paulo, com ações contundentes no período em que esteve na Secretaria do Planejamento do governo Montoro, como comprovam os dados de sua biografia.
Por esse motivo, sabemos que a Recuperação da Serra do Mar não é novidade, é uma luta de quase três décadas.
Quem vivenciou sabe do papel de José Serra nessas questões, desde aquele período, quando era secretário de Montoro, até esses últimos anos no governo do estado, quando removeu milhares de famílias das áreas de risco de Cubatão. Vidas que foram salvas nos períodos de chuva que se sucederam às remoções.
Pena que não podemos contar com o apoio da midia nessa causa fundamental para a qualidade de vida e, principalmente, para a preservação da vida. Sem divulgação e análises sérias a respeito, as pessoas não entedem a importância dessas ações, nem mesmo as que foram beneficiadas.
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Em 1982, na primeira eleição direta de governador desde 1965, Franco Montoro chegou ao Palácio dos Bandeirantes com impressionantes 5,5 milhões de votos.
Com o jovem José Serra à frente da Secretaria de Planejamento, o governo Montoro se destacou pela descentralização administrativa e pela austeridade no uso do dinheiro público.
Serra enfrentou seus primeiros desafios como administrador e comandou a recuperação financeira do estado para garantir investimentos em transporte, saúde, educação, meio ambiente e saneamento.
Serra estabeleceu com o governador uma relação de confiança.
Adotou práticas democráticas para reverter o déficit público, a desorganização administrativa e a baixa estima dos servidores.
Em parceria com João Sayad, da Fazenda, reorganizou as finanças e o orçamento e reativou a área social, especialmente educação e saúde.
A retomada da construção do metrô, das hidrelétricas e a hidrovia Tietê-Paraná marcaram um governo realizador.
O trabalho de Serra à frente do Planejamento deu ao governador Montoro a tranquilidade para cuidar da articulação política pelas eleições diretas.
Foi do governador de São Paulo a idéia de promover em 25 de janeiro o grande Comício das Diretas na Praça da Sé.
Com proteção da polícia do estado e abertura das catracas de trens, metrôs e ônibus, cem mil pessoas lotaram a praça.
Fonte: Sala de Imprensa
25 ANOS DE QUESTÃO AMBIENTAL
Com certeza, a questão ambiental é um dos grandes temas do início do século XXI.
Está tão presente no nosso cotidiano que, a cada nova notícia, os mais velhos se surpreendem lembrando que no seu tempo não era assim.
Já os mais novos têm a sensação de que o tema sempre esteve em pauta.
Entretanto, fica a questão sobre o início: quando a questão ambiental entrou em discussão na esfera pública?
Curiosamente, 2007, o ano-chave da discussão acerca da preservação do meio ambiente, pode ser considerado o aniversário de 25 anos do debate ambiental.
Havia uma soma de questões ecológicas discutidas no Estado de São Paulo no início da década de 80.
Os níveis de poluição de Cubatão, a degradação da Mata Atlântica da Serra do Mar, a entrada da cidade de São Paulo no ranking das cidades mais poluídas do mundo e a possibilidade de construção de usinas nucleares na região da Juréia-Itatins eram a pauta do momento.
Tanto que o Governo do Estado resolveu criar o CONSEMA (Conselho Estadual do Meio Ambiente) em 1983 pelo governador Franco Montoro.
O conselho foi formado como instrumento governamental para orientação e a ação na preservação do meio-ambiente.
Nesse mesmo ano, há um projeto, coordenado pela CETESB, para diminuir a degradação do meio ambiente em Cubatão.
Surge o mito do “Vale da Morte” que é agravado com os bebês acéfalos, os resíduos tóxicos e a pobreza extrema da Vila Parisi.
Ganhando repercussão na passagem de 84-85, esse bairro, localizado no chamado “Polígono das Indústrias” ganha repercussão mundial.
É o auge da crise e o começo da ação efetiva.
Em 1985, começa um projeto conjunto entre Prefeitura de Cubatão, Governo do Estado e ONU que melhora drasticamente a situação.
Tanto que, em 24 de maio de 1992, a Vila Parisi é extinta e, nesse mesmo ano, a cidade ganha o título de “Cidade Símbolo da Recuperação Ambiental” pela ONU.
Fonte: diverCIDADE
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