segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Um partido que tem a mentira como norte (a)moral

Por Reinaldo Azevedo

No primeiro ano de governo, Luiz Inácio Lula da Silva — ex-presidente da República, representante da Aristocracia da Impunidade Sindical e candidato a fazer do Brasil uma Capitania Hereditária do PT — confessou que, na oposição, recorria muito às bravatas.
Mais do que isso: ele transformou a “bravataria” numa teoria política.

No governo, e isso já é histórico, o PT governa com o programa alheio.

Vive para se desmentir.
E não devemos reclamar por isso.

O falso PT é aquele que adotou o tripé da estabilidade.
O verdadeiro queria virar a mesa.
Então é preferível o falso ao verdadeiro.
Melhor ter no poder um vigarista ideológico que não ferra o país do que um brucutu sincero.

O verdadeiro PT, por exemplo, é aquele que aparelhou o Ministério da Educação, o Inep, a Funasa e a Casa da Noca, com os resultados conhecidos.
Sempre que os petistas se comportam como petistas, os brasileiros pagam a conta.

Vejam os primeiros movimentos do governo Dilma.
Em 24 dias, vive para se desmentir.
A presidente já mandou para o lixo uma penca de promessas de campanha.

Como o governo é elogiadíssimo por se mover nas sombras, a gente quase não percebe.
Ela acaba de adiar a compra dos navios e dos aviões.
A farra fiscal do governo de que ela era mesma era chefona não lhe permite cumprir a agenda.
A mesma farra vai obrigar o Planalto a um corte de R$ 60 bilhões no Orçamento se quiser cumprir a meta do superávit primário.
Quem ouvisse a então candidata chegaria à conclusão de que, em janeiro deste ano, agora mesmo, estariam dados os fundamentos para o superávit nominal!

Na recente tragédia do Rio de Janeiro, podemos flagrar o partido no melhor, que é sempre o pior, de sua forma.
Um decreto criando o centro de prevenção de catástrofes está na gaveta há cinco anos.
Um representante, demissionário!, do Ministério da Ciência e Tecnologia é claríssimo no Congresso:
“Falamos muito e não fizemos nada!”.

Na campanha eleitoral, cobrada sobre o tal centro, Dilma ofereceu como alternativa as obras do PAC e, ó ousadia!, prometeu acabar com as enchentes de São Paulo com o “PAC antienchente”.
Mil e duzentos mortos depois na “Tragédia das Pedras” que se seguiu à sua posse, Dilma, por intermédio de Mercadante, promete um centro de prevenção funcionando perfeitamente… em quatro anos!

Outros movimentos bravateiros estão em curso.
José Eduardo Cardoso, ministro da Justiça, por exemplo, quer agora fazer um “pacto pela segurança” com secretários da área de todo o país.
É mesmo é?
A Dilma candidata prometeu, se eleita, espalhar UPPs Brasil afora, seguindo o modelo do Rio… Huuummm…

Os homicídios estão em alta em quase todo o Brasil, mas em queda em São Paulo, onde não há UPP.

A Dilma candidata acusava (com a ajuda de Marina Silva, é bem verdade!) o descontrole da violência em… São Paulo!!!
A UPP espalha-bandido deu no que deu.
Como o PT construiu essa relação singularmente virtuosa com a mentira, talvez descubra que prender marginais é melhor do que deixá-los soltos… Mas dá trabalho!

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