Por Álvaro Dias
Economistas que participaram do seminário “Cenários da Economia Brasileira e Mundial em 2011”, promovido pela Fundação Getulio Vargas e pelo jornal Valor Econômico, afirmam: os gastos do governo têm sido o maior fator de pressão sobre a inflação, depois dos preços internacionais das commodities e dos alimentos, e os cortes anunciados não são suficientes para reduzir essa pressão.
Alexandre Schwartsman, economista-chefe do Banco Santander, calculou que o corte de gastos de R$ 50 bilhões anunciado pelo governo para o Orçamento de 2011 vai representar apenas 0,2 ponto percentual de redução nos gastos como fatia do PIB.
Para ampliar o efeito, a redução deveria ficar entre R$ 80 bilhões e R$ 100 bilhões. Ainda de acordo com os economistas, mesmo com o corte anunciado, o Orçamento de 2011 vai subir de R$ 655 bilhões (2010) para R$ 719 bilhões.
No seminário, houve também o consenso de, a despeito dos cortes, haverá uma piora nas expectativas de inflação, e dificilmente ela ficará dentro da meta estipulada pela equipe econômica.
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