domingo, 20 de fevereiro de 2011

CAI MAIS UMA MÁSCARA - QUE TAL O EFEITO DOMINÓ?

CAI DE NOVO A MÁSCARA DOS PETISTAS:
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO QUER PROGRESSÃO CONTINUADA NO BRASIL INTEIRO;
NA CAMPANHA, PARA ATINGIR SP, DILMA E MERCADANTE ATACARAM MODELO

Por Reinaldo Azevedo

O ministro Fernando Haddad, da Educação, recomenda que se estenda ao Brasil inteiro a progressão continuada.

Os leitores — e eleitores — de São Paulo, onde vigora o modelo, devem estar escandalizados.
Aloizio Mercadante, hoje ministro da Ciência e Tecnologia (Jesus!), candidato ao governo de São Paulo, atacava a progressão com unhas, dentes e bigode — idéias, não, que seria pedir demais!
Ela seria fonte de todos os males da educação no estado.

Em seu primeiro pronunciamento oficial, Dona Dilma Primeira, a Muda, falou sobre educação.
E lá está uma menção oblíqua — e crítica — ao modelo vigente em São Paulo.
Nos debates eleitorais, a então candidata do PT fustigou o sistema.

No governo há menos de dois meses, ficamos sabendo que a prática deve ser estendida a todo país.

A vantagem da progressão está em evitar a repetência numa fase em que o correto é aproximar o aluno da escola.
Pois é…
Por razões puramente políticas, por vigarice partidária, o modelo foi impiedosamente espancado na campanha eleitoral.
Aderindo ao discurso mais bucéfalo, mas atrasado, mais canalha, os petistas passaram a chamá-lo de “aprovação automática”.
Boa parte da imprensa, sempre tão apegada ao “progressismo”, assistiu calada à depredação dos fatos e da verdade.

O mais impressionante é que foi o PT que introduziu o modelo no país: Paulo Freire, então secretário da educação de Luíza Erundina na Prefeitura de São Paulo, implementou a progressão nas escolas municipais.
Outras cidades aderiram.

E então se expõe, mais uma vez, a natureza desse partido: o modelo que ele mesmo abraçou pode ser alvo do ataque mais feroz se for para atingir um adversário.
A lista das “coisas que o PT não pensa” é gigantesca.
O partido vai fazendo escolhas segundo as necessidades da hora.


Haddad vai tentar escapar: a resolução em favor da progressão continuada é do Conselho Nacional de Educação, não dele.
Não tem força de lei.
Trata-se de uma recomendação — RECOMENDAÇÃO ESTA QUE, ATENÇÃO, FOI HOMOLOGADA PELO MINISTRO AINDA NO FIM DO GOVERNO LULA.

Vale dizer: enquanto Mercadante descia o sarrafo na progressão em São Paulo e Dilma fazia o mesmo em rede nacional, o ministro da Educação do PT, referendado no governo Dilma, abraçava a… progressão continuada!

“Ah, mas progressão precisa de programas que estimulem os alunos e professores…”
Pois é!
Justamente o que havia e há ainda em São Paulo: dois professores no primeiro ano da alfabetização, programa de reciclagem de professores, promoção por mérito, premiação para as escolas que atinjam metas…

Fez-se tábula rasa de tudo isso: permitiram que os hunos, especialmente o de bigode, atacassem o modelo da maneira mais primitiva, ignorando-se, inclusive, os números positivos que a reestruturação da educação em São Paulo passou a exibir.

Vejam este vídeo com Mercadante na sabatina da Folha.
Ele promete acabar com a “progressão continuada” que, àquela altura, já havia sido homologada pelo também petista Fernando Haddad.


Mercadante prometia dar o que já existe - aula de reforço.
É claríssimo: poria fim à progressão continuada, mas “sem reprovação, gente!”.
Ah, entendi!

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