Por Reinaldo Azevedo
Uma reportagem do Estadão de hoje traz os bastidores da escolha de Flávio Decat para presidir Furnas.
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De acordo com participantes de uma reunião entre dirigentes peemedebistas com o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, que começou na noite de quarta-feira e terminou às 2 horas de ontem, o líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), deu berros ao saber que Dilma escolheria Decat para Furnas.
“A Câmara não aceita perder Furnas para o Senado”, disse Henrique Alves, segundo relato de um dos presentes.
Dessa reunião participaram, além de Henrique Alves e Palocci, o líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL), e o vice-presidente Michel Temer.
O encontro foi realizado num apartamento de Temer...
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O trecho é precioso.
Vejam ali Antônio Palocci, o primeiro-ministro em ação.
Notem que ninguém estava num prédio oficial, decidindo os destinos da nação, em horário de expediente.
Era um daqueles arranjos privados da coisa pública, em ambiente também privado, varando a noite.
Tudo pelo bem da pátria.
Fico aqui a imaginar o nobilíssimo Henrique Eduardo Alves (RN), líder do PMDB na Câmara, aos berros.
Por que será que eles fazem tanta questão de “ter” o presidente de Furnas?
A minha pergunta é retórica, leitor.
Quando penso que este é o país que, há três eleições, assiste à satanização das privatizações e quando vejo, como agora, o uso que se faz das empresas estatais, a sensação, obviamente, é de nojo.
Quem ali está querendo servir ao público e quem ali está querendo se servir do bem público?
Por que há tanta corrupção no Brasil?
É evidente que isso se deve ao tamanho do Estado.
Quanto maior, maiores são as chances por motivos que, a esta altura, dispensam explicações.
Uma cena como essa, do ambiente à fala, passando por alguns personagens, é coisa absolutamente asquerosa.
Mas privatização virou um verdadeiro palavrão no Brasil, com a ajuda da imprensa, sim, boa parte dela abduzida ou infiltrada pelo “partido”.
Eis aí: o estatismo defendido pela escória esquerdista é o paraíso para progressistas como Sarney, Eduardo Cunha e Henrique Eduardo Alves.
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