sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Em 8 anos, mínimo subiu menos que o feijão em 1 ano

Por Álvaro Dias

O projeto do governo Dilma que fixa em R$ 545 o novo valor do salário mínimo para 2011 registra o menor aumento real concedido desde 2003, início do governo Lula.
Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), quando a presidente sancionar o novo mínimo, o trabalhador brasileiro estará recebendo um aumento real de apenas 0,37% acima da inflação.
Conforme o Dieese, o aumento real do salário mínimo foi de 54,25% desde 2003.
Ou seja, em oito anos, o salário teve um ganho real menor do que o aumento total do feijão no ano de 2010.

Descontada a inflação oficial, o preço do feijão aumentou 55% em apenas um ano, e a carne quase isso.
Com o valor de R$ 545, aponta o Dieese, um salário mínimo consegue comprar 2,06 cestas básicas, exatamente o mesmo índice de 2010.
Resumindo: o trabalhador e o aposentado saíram de mãos abanando com o novo salário.

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Vale a pena conferir alguns dados apresentados pela comentarista do blog do Senador AD, Célia Maria, que lembra aos que já esqueceram ou eram muito jovens, que os preços no período do governo FHC eram incomparáveis aos de agora.
E com índices de valorização do salário mínimo não tão distantes dos últimos anos, porém, partindo de um índice negativo, enquanto o governo no poder há quase uma década já pegou o processo em andamento.

Confiram o "Histórico do Salário Mínimo" e algumas comparações de preços citados pela comentarista:

* Um aluguel que correspondia a 100 reais, hoje o aluguel desse mesmo apto custa em média 500 reais;
* Em 2002, um botijão de gás saia por 9 reais e hoje custa 40 reais;
* 1KG de frango, em 2002, custava 1 real, hoje custa 5 reais;
* Carne de segunda custava R$2,30, hoje 8 reais (em alguns lugares chega a 14 reais), e por aí vai.

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