Imitem Cabral, senhores governadores, e espalhem bandidos!
Vocês também merecem reportagens elogiosas na TV!
Por Reinaldo Azevedo
Eu não sei onde os demais governadores de Estado estão com a cabeça que não seguem o elogiadíssimo modelo “espalha-bandido” de Sérgio Cabral, do Rio, e de seu impressionante secretário de Segurança — cuja candidatura ao Prêmio Nobel da Paz já tem até publicitário contratado.
Eu juro!
Não é brincadeira!
A polícia do Rio, com a ajuda de helicópteros e blindados da Marinha, ocuparam nove favelas da região central da capital.
O anúncio foi feito com antecedência:
“Fujam porque estamos chegando; a gente está indo, hein…”
Homens do Bope foram adiante, destemidos, enfrentando… ninguém!
A bandidagem, que não é burra nem nada, já tinha dado no pé.
Apreendeu-se uma quantidade irrisória de droga.
O Rio caminha a passos largos para legalizar o crime.
Não sou eu que estou dizendo, não!
São suas autoridades.
O que Beltrame chama de “prioritariamente o mais importante” se tornou o objetivo único.
Desde que bandido pare de desfilar com arma pelos becos e vielas, tudo bem, o resto pode.
Com a ajuda da reportagem, que traduz a intenção da polícia, o coronel Mário Sérgio Duarte, comandante da Polícia Militar, explica o que vai acontecer com os bandidos:
“Esses criminosos, quando fogem para outras áreas, se tornam forasteiros.
Então, a própria população se torna hostil à sua presença.
Nós vamos realizar operações nessas áreas, mas principalmente naquelas onde receberão UPP, no futuro, com certeza, nós iremos alcançá-los”.
Ah, bom!
Agora está tudo explicado!
Uma pergunta: onde está aquele exército de bandidos que fugiu da Vila Cruzeiro para o Alemão e, do Alemão, sabe-se lá para onde?
Um estado como São Paulo, que tem 10,47 homicídios por 100 mil habitantes, tem de aprender que a sua mania de prender bandido vai contra os interesses da população.
O certo é adotar a política humanista do Rio, onde há 30 por 100 mil…
Por enquanto, é claro!
No melhor dos mundos, a bandidagem do Rio migra para outros estados.
Beltrame e Sérgio Cabral mereceriam é o Nobel de Marketing!
O interior do Rio e os estados que lhe fazem fronteira que se cuidem.
Como os bandidos das favelas da capital não são presos, eles têm de ir para algum lugar, não?
Cabral vai “pacificar” a cidade para a Copa do Mundo.
Há algo de muito errado nessa história.
O “modelo” Belatrame-Cabral aponta para uma de duas coisas: ou exporta traficante para outros estados ou, então, faz um acordo com eles.
Convenham: há uma boa possibilidade de que não tenham fugido.
Fez-se um pacto de paz e pronto!
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