Da coluna de Dora Kramer, no Estadão:
Eis o PSDB: o partido decide apoiar a proposta de um salário mínimo de R$ 600, baseado em promessa de campanha, sustentando que há condições objetivas para tal.
Certa ou errada, foi uma decisão.
Mas uma ala, liderada pelo senador Aécio Neves na última hora abraça a tese de R$ 560 no intuito de se “aproximar das centrais sindicais”, posando ao lado de um dos maiores detratores da candidatura presidencial tucana, Paulo Pereira da Silva.
Considerando que o governo tem os instrumentos que as centrais gostam e está apenas começando, com no mínimo mais quatro anos pela frente e uma identidade indissociável, o PSDB não consegue uma coisa nem outra: não quebra a aliança com os sindicalistas incrustados e dependentes da máquina e perde a chance de unir o partido numa discussão de repercussão nacional.
É assim, privilegiando disputas internas, que se constroem as grandes derrotas.
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