Adriana Vasconcelos e Cristiane Jungblut, O Globo
O governo [sofreu] um duro golpe com o pronunciamento feito da tribuna pelo senador Pedro Taques (PDT-MT).
Após passar o dia de [ontem] sob pressão para que votasse a favor do projeto do salário mínimo, o senador admitiu que teria sofrido ameaças por considerar inconstitucional o artigo terceiro do texto, que autoriza que a presidente Dilma Rousseff fixe os novos valores do mínimo por decreto.
Como integrante do Ministério Público, Taques disse que não poderia votar a favor da matéria.
- O artigo terceiro ofende o texto da Constituição, subtraindo um direito do Legislativo. Me disseram que se eu fizesse isso, que eu poderia ser retirado da Comissão de Constituição e Justiça, que eu não teria minhas emendas ao Orçamento liberadas e teria retirado dos cargos de segundo e terceiro escalões indicados para o governo. Mas não serão palavras desta ordem que mudarão minha convicção - disparou Taques, sob o silêncio do plenário.
A revelação feita por Pedro Taques não surprendeu seu colega Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE).
- É o jogo sujo e baixo do governo.
Eu mesmo já fui expurgado da Comissão de Constituição e Justiça pelo PMDB por discordar do governo - observou o senador pernambucano.
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