Cortes surpreendem o PT, e Dirceu faz críticas
A portas fechadas, ex-ministro condena perfil do ajuste fiscal e afirma que partido não pode ficar refém da agenda traçada ''pela oposição e pela mídia''
Vera Rosa - O Estado de S.Paulo
Surpreendido com o tamanho do ajuste fiscal do governo Dilma Rousseff, na casa dos R$ 50 bilhões, o PT promove hoje um ato político para comemorar seus 31 anos disposto a fazer um "contraponto" à agenda negativa.
Apesar das críticas internas ao corte, a ideia é defender o "legado" do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva - que será homenageado -, bater na tecla da empacada reforma política e culpar a mídia por tentar "criar" divergências entre o ex-presidente e Dilma.
Blecaute.
Um apagão de causa desconhecida atingiu a sede do PT no momento em que os dirigentes discutiam os cortes no Orçamento.
A falta de luz durou cerca de 50 minutos e obrigou todos a sair para almoçar.
Em conversas reservadas, petistas chamaram o ajuste fiscal - que o Planalto batizou de "consolidação fiscal" - de "dois em um".
Motivo: no diagnóstico de integrantes da CNB - a corrente de Lula e de Dirceu, majoritária no partido -, o sacrifício será maior do que o esperado por causa dos gastos dobrados no ano eleitoral de 2010.
Para um secretário do PT, Lula também "meteu o pé na jaca em 2007, ao lançar o PAC" - numa referência às despesas previstas no Programa de Aceleração do Crescimento - e depois foi obrigado a promover ajustes.
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